O Universo Tem “Memória” Graças às Ondas Gravitacionais
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada hoje (13/05) no site
português “ZAP.aeiou” destacando que segundo uma equipe internacional de
físicos o Universo tem “Memória” graças às Ondas Gravitacionais.
Duda Falcão
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O Universo Tem “Memória” Graças às Ondas Gravitacionais
Por SA
ZAP.aeiou
13 Maio, 2019
C. Henze / NASA Ames Research Center
Uma equipa internacional de físicos estudou as ondas
gravitacionais e descobriu que o Universo tem “memória” da sua passagem, uma
vez que estas deixam alterações persistentes nas partículas pelas quais passam
– no fundo, é como se as ondas gravitacionais deixassem “rugas” no tecido
espaço-tempo.
Previstas pela primeira vez em 1916 por Albert Einstein,
as ondas gravitacionais são ondulações extremamente rápidas na curvatura
espaço-tempo que viajam à velocidade da luz desde a sua fonte para o exterior.
Foram necessárias várias décadas para comprovar a sua existência, mas desde a
primeira observação científica direta, em setembro
de 2015, as descobertas sobre estas ondas correm a bom ritmo. Cada vez
mais, as ondas gravitacionais afirmam-se como uma janela científica para o
Universo.
As “ondas gravitacionais persistentes observáveis” são
ainda mais fracas do que as próprias ondas, mas os seus efeitos são
mais extensos e os objetos pela ondas afetadas podem ser levemente
deslocados, escreveram os cientistas na nova publicação, cujos resultados foram
esta semana publicados na revista científica Physical
Review D.
Noutra palavras, os cientistas concluíram que as ondas
gravitacional alteram permanentemente as propriedades das partículas pelas
quais passam, deixando assim o seu rasto. Tratam-se de alterações – ou “rugas”
no tecido do espaço-tempo.
A investigação contou uma equipa internacional de físicos
e matemáticos e foi liderada pela cientista Eanna Flanagan, da
universidade norte-americana de Cornell, em Nova Iorque.
Apesar de a equipa estar a braços com pequeníssimas
mudanças causadas pelas ondas gravitacionais no Universo, os cientistas foram
capazes de detetar os seus movimentos, exemplificando que uma colisão massiva,
entre uma estrela de neutrões e um buraco negro, por exemplo, pode gerar este
tipo de ondas e, consequentemente, modificar o espaço-tempo com ondas de
choque.
De acordo com Flanagan, a deformação é duradoura,
uma vez que os objetos e partículas afetados não retomam imediatamente à sua
posição normal e é exatamente este lag entre a passagem das
ondas e retomar de posição que permite a sua deteção.
Na publicação, os cientistas explicam que para medir
estas alterações tiveram que recorrer a um sólido arcabouço matemático, a
partir do qual conseguiram detalhar mudanças subtis na aceleração, velocidade e
rotação das partículas.
A investigação liderada por Flanagan corrobora os
dados já avançados pelo Observatório de Ondas Gravitacionais por
Interferómetro Laser (LIGO), que tinha já detetado uma mudança permanente nas
partículas afetadas pelas ondas gravitacionais.
O detetor LIGO é um projeto muito importante no mundo das
ondas gravitacionais. Logo depois de ter começado a sua atividade, registou
cinco novas deteções no espaço de uma semana. Desde então, as descobertas
continuam a um ritmo alucinante, mas o futuro do estudo das ondas
gravitacionais é ainda promissor.
Os cientistas esperam que, à medida que sejam detetadas
mais colisões entre titãs do Universo, possam ser acumulados mais dados para
ser possível medir o impacto real e as consequências da
passagem das ondas gravitacionais no espaço-tempo.
À semelhança da deformação causada pelas ondas
gravitacionais, a Teoria da Relatividade Geral perdura e continua a ser mote de
várias investigações volvidos mais de 100 anos desde a sua criação – e os seus
“estragos” continuam a alimentar a Ciência.
Fonte: Site ZAP.aeiou - https://zap.aeiou.pt
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