A Lua Está Encolhendo e Sofrendo Abalos Sísmicos, Revela NASA
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia publicada hoje (14/05) no site da
“Revista VEJA” destacando que segundo a NASA a Lua está encolhendo e sofrendo
abalos sísmicos.
Duda Falcão
CIÊNCIA
A Lua Está Encolhendo e Sofrendo Abalos Sísmicos, Revela
NASA
O satélite natural encolhe e sua superfície ganha
elevações e escarpas; descoberta contraria análise de que corpo celeste estava
inativo
Por Da Redação
Revista Veja
Com EFE
Publicado em 14 maio 2019, 10h13
(NASA/AFP)
Um estudo divulgado pela NASA nesta
segunda-feira 13 revelou que a Lua está
encolhendo devido ao resfriamento do seu interior.
De acordo com o cientista Thomas Watters, do Centro de
Estudos da Terra e Planetas do Museu Nacional do Ar e do Espaço dos Estados
Unidos, o encolhimento faz com que a superfície da Lua ganhe elevações e
escarpas. O efeito também tem causado abalos sísmicos.
Tal como uma uva “se enruga” ao ser tornar uma uva-passa,
escarpas se formam na Lua conforme o satélite natural da Terra diminui,
explicou a Nasa em uma nota divulgada.
Mas, ao contrário da casca da uva, que é flexível, a
crosta da Lua é rígida e se quebra quando seu tamanho diminui, formando falhas
onde um segmento é empurrado para cima de outro.
“Nossa análise revela as primeiras provas de que essas
falhas permanecem ativas e provavelmente produzem abalos sísmicos ainda hoje,
enquanto a Lua continua esfriando e diminuindo”, afirmou Watters.
You've heard of earthquakes. But what about moonquakes? Like a wrinkled grape drying out to a raisin, the Moon is shrinking as its interior cools causing wrinkles or faults to form on its brittle surface. When enough stress builds, it releases the quakes: https://t.co/H3ixgywT1p pic.twitter.com/OxNrVveAQk— NASA (@NASA) 13 de maio de 2019
As escarpas, similares às falhas geológicas provocadas
pelos movimentos tectônicos na Terra, se apresentam como cordilheiras
escalonadas de várias dezenas de metros de altura e se estendem por vários
quilômetros.
De acordo com a NASA, os astronautas Eugene Cernan e
Harrison Smith tiveram que ziguezaguear com o seu veículo lunar para atravessar
a falha Lee Lincoln durante a missão Apolo 17 em 1972.
Watters é o autor principal de um estudo que analisou os
dados fornecidos por quatro sismógrafos colocados na Lua pelos astronautas
durante as missões Apolo 11, 12, 14, 15 e 16, usando um algoritmo desenvolvido
para identificar os lugares de tremores detectados por uma rede de sensores.
Entre 1969 e 1977, os sismógrafos registraram 28 sismos
superficiais com magnitudes entre 2 e 5 na escala Richter. A equipe
determinou que oito dos 28 movimentos ocorreram dentro de aproximadamente 30
quilômetros de distância de falhas visíveis nas imagens lunares.
(NASA/AFP)
Visão do vale Taurus-Littrow, explorado em 1972 pelos
astronautas da missão Apollo 17.
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A Lua não é o único corpo no sistema solar que diminui
com a idade. Segundo a NASA, Mercúrio tem “enormes falhas” de até 1.000
quilômetros de comprimento e 3 quilômetros de altura, “significativamente
maiores, em relação ao tamanho do planeta, do que as da Lua”.
O satélite natural tem um raio que corresponde a pouco
mais de um quarto do raio da Terra.
Seu tamanho diminuto levou os cientistas a acreditarem
que todo seu calor interno havia escapado para o espaço há muito tempo.
Como resultado, toda a sua atividade geológica teria se
desligado. As novas evidências, contudo, sugerem o contrário.
Segundo Watters, a descoberta “se afasta do conhecimento
convencional sobre como os corpos rochosos se resfriam” e sugere que a Lua
ainda está “tectonicamente ativa”.
(GSFC/Arizona State University/Smithsonian/NASA)
Esta escarpa é uma das muitas descobertas pelas imagens
capturadas pelo Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO) da NASA.
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Fonte: Site da Revista VEJA - 14/05/2019
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