Nanonave Que Quer Chegar às Estrelas é Testada na Estratosfera
Olá leitor!
Segue abaixo uma noticia postada ontem (15/05) no site
“Inovação Tecnológica” destacando que Nanonave que pretende chegar às estrelas
foi testada na estratosfera.
Duda Falcão
ESPAÇO
Nanonave Que Quer Chegar às Estrelas é Testada na Estratosfera
Redação do Site Inovação Tecnológica
15/05/2019
Imagem: UCSB]
A "nave-bolacha" e uma das fotos feitas durante
o voo de testes.
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Teste de Nave Interestelar
As nanonaves projetadas para a primeira viagem interestelar cumpriram
mais uma etapa de testes.
A equipe da Universidade de Santa Bárbara, nos EUA, usou
um balão para lançar um protótipo da nave espacial em miniatura, que poderá
eventualmente se tornar a nanonave que os pesquisadores acreditam ser capaz de
atingir velocidades relativísticas, para alcançar sistemas estelares próximos e
exoplanetas, usando propulsão a laser.
"É parte de um processo de construção para o futuro
e, ao longo do caminho, você testa cada parte do sistema para refiná-lo,"
disse o professor Philip Lubin, um dos proponentes da tecnologia. "É parte
de um programa de longo prazo para desenvolver espaçonaves em miniatura para
voos interplanetários e, eventualmente, para voos interestelares."
O protótipo, que a equipe chama de "espaçonave em
escala wafer - wafers são as bolachas de silício usadas
para fabricar processadores e outros chips - cabe na palma da mão. Ele foi
lançado na estratosfera acima do estado da Pensilvânia, a uma altitude de 32
mil metros - três vezes a dos aviões comerciais - para avaliar sua
funcionalidade e desempenho.
"Ela foi projetada para ter muitas das funções de
espaçonaves muito maiores, como captura de imagens, transmissão de dados,
incluindo comunicações a laser, determinação de atitude e detecção de campo
magnético," disse o pesquisador Nic Rupert. "Devido aos rápidos
avanços na microeletrônica, podemos encolher uma espaçonave em um formato muito
menor do que foi feito anteriormente para aplicações especializadas como a
nossa."
O protótipo de nanonave funcionou sem problemas e coletou
mais de 4.000 imagens da Terra, no que Rupert disse ter sido "um excelente
primeiro voo e que evoluirá dramaticamente a partir daqui".
[Imagem: UCSB]
Esquema da nanonave eletrônica.
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Propulsão de Energia Dirigida
O objetivo do projeto é construir uma bolacha de silício
ultraleve (na escala de gramas) com eletrônica embarcada, capaz de ser lançada
ao espaço enquanto retransmite dados para a Terra.
Para a distância que os pesquisadores querem alcançar -
cerca de 40 trilhões de quilômetros, viajando a uma fração significativa da
velocidade da luz - a tecnologia necessária ainda é desafiadora.
Conhecida como propulsão de energia dirigida, a
tecnologia requer a construção de lasers gigantescos na Terra para atuar como a
propulsão à distância. Ou seja, o sistema de propulsão não viaja com a
espaçonave, ele permanece na Terra.
"Se você tiver uma matriz de laser grande o
suficiente, você pode realmente empurrar as bolachas com uma vela a laser para
atingir nosso objetivo de 20% da velocidade da luz," disse Rupert.
"Então você estaria em Alfa Centauro em algo como 20 anos."
Uma viagem prática, contudo, vai durar quase 70 anos porque é necessário prever a frenagem da nave para que ela não passe chispando
pelo alvo.
Recursos Para Viagens Interestelares
Parte de um empreendimento financiado pela NASA
chamado Starlight, o esforço é apoiado também pela Fundação Breakthrough,
onde é conhecido como Starshot.
A Universidade de Santa Bárbara iniciou o projeto em 2009 com recursos do
programa Spacegrant da NASA, recebendo fundos adicionais em
2015 por meio dos Conceitos Avançados da agência espacial.
Em seguida, a equipe abordou a Fundação Breakthrough,
do bilionário de tecnologia Yuri Milner, em 2016, da qual recebeu um aporte de
US$ 100 milhões para validar a ideia.
Fonte: Site Inovação Tecnológica - http://www.inovacaotecnologica.com.br/
Comentário: Pois é leitor, simplesmente espetacular e
trago aqui essa noticia para que todo o setor espacial brasileiro e ai o seu
principal financiador e seus respectivos órgãos estejam antenados com o que
está acontecendo, e principalmente da importância e da urgência de sairmos
definitivamente desta inercia de décadas de promessas não realizadas. Afinal leitor
temos propulsores iônicos para serem testados (poxa), foguetes lançadores que
sequer saem do chão, infraestrutura deficiente que precisa ser aprimorada, missões
que levam anos para serem realizadas, gestões desastrosas e descompromissadas do
bate ponto, quando não corruptas, politicas inadequadas para o setor, descompromisso
politico e logístico do governo, enfim... e no meio disso tudo profissionais
capacitados e preparados dentro das startups brasileiras prontos e motivados para
agir e mostrar em poucos anos como dar um rumo ao programa espacial do país
através de resultados concretos, mas fata a decisão politica. Pois é leitor,
voltamos aquela velha pergunta feita desde a antiga MECB: Queremos ou não um
Programa Espacial? Já eramos para termos respondido esta pergunta e sendo ela positiva, estamos bem longe dessa fase, vide a China e a Índia.
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