Um dos Principais Estudiosos de Detritos Orbitais Publica Informações Que Corroboram Trabalho Brasileiro Sobre os Detritos Gerados Pelo Míssil Antissatélite Indiano

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O renomado Pesquisado Senior do Centro de Padrões e Inovação para o Espaço (Center for Space Standards and Innovation - CSSI) e criador do portal Celestrack, T. S. Kelso, publicou no último dia 10 de maio um post na sua conta do Twitter com informações que corroboram as projeções apresentadas no artigo "Estudo do Problema da Geração de Detritos Orbitais Com a Destruição do Satélite Microsat-R pelo Míssil Antissatélite Indiano PDV MK II", de autoria de Rui Botelho, publicado com exclusividade no BRAZILIAN SPACE em 03 de maio (veja aqui).


A publicação do pesquisador americano se deu 45 dias após a destruição do Satélite Microssat-R pelo Míssil ASAT PDV Mk II da Índia, pois, segundo Kelso, "apesar das afirmações do governo indiano que em 45 dias todos os detritos já teriam decaído, dos 93 objetos grandes (maiores que 10 cm de diâmetro) detectados até então, 59 objetos ainda continuam em órbita, sendo estes somente os objetos grandes o suficiente para seres rastreados".

Com isso, fica claro que do 60 a 70 objetos inicialmente detectados, assim como previsto no trabalho de Rui Botelho, novas fragmentações internas geraram mais detritos grande, chegando a 93 até então, o que se aproxima da previsão de 100 detritos ou mais indicados pelo trabalho brasileiro.

A publicação de Kelso também segue a linha de pensamento que, baseado-se nos detritos rastreáveis, a projeção de permanência em orbita de detritos menores também deve ser bem maior que a divulgada pelo governo da Índia (de 1 a 2 anos), muito graças ao efeito do período do mínimo solar, apontado no trabalho de Botelho.

Duda Falcão

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