Pela Primeira Vez, um Foguete Construído Por Estudantes Atingiu o Espaço

Olá leitor

Segue abaixo uma interessante notícia para os fogueteiros brasileiros, publicado que foi ontem (24/05) no site “HypeScience”, destacando que alunos da Universidade do Sul da Califórnia (EUA) lançaram pela primeira vez um foguete que voou acima da Linha de Kármán.

Duda Falcão

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Pela Primeira Vez, um Foguete Construído Por Estudantes Atingiu o Espaço

Por Natasha Romanzoti,
HypeScience
24/05/2019


Uma equipe de estudantes da Universidade do Sul da Califórnia (EUA) lançou um foguete para além da linha de Kármán – a altitude de 100 quilômetros amplamente considerada como a fronteira entre a atmosfera da Terra e o espaço – com sucesso.

Esta é a primeira vez que qualquer veículo construído e desenvolvido por alunos alcança esse feito.


Corrida Espacial Estudantil

Diversos estudantes nos Estados Unidos e na Europa estavam engajados em uma espécie de “corrida espacial” para enviar um foguete acima da linha de Kármán.

Durante a maior parte da história do voo espacial, lançar um foguete ao espaço exigia mobilização de recursos em escala nacional. O foguete V-2 alemão, o primeiro a chegar ao espaço em 1942, levou mais de uma década para ser desenvolvido e custou uma fortuna.

Nas oito décadas seguintes, no entanto, dezenas de outros países (além de alguns bilionários) produziram seus próprios foguetes capazes de voar suborbitalmente.

E várias equipes de estudantes, incluindo algumas das principais universidades aeroespaciais dos EUA (Princeton, MIT, UC Berkeley, Universidade de Boston), tentaram mostrar que também poderiam fazê-lo. Agora, o pessoal do Laboratório de Propulsão de Foguetes da Universidade do Sul da Califórnia finalmente cruzou essa linha.


Traveler IV

O foguete, nomeado Traveler IV, atingiu uma altitude de 103.571 metros e alcançou uma velocidade máxima de 5.449 km/h, retornando à Terra em seguida desacelerado por um conjunto de paraquedas.

Os estudantes americanos o recuperaram a 20 quilômetros de distância do local onde haviam sido lançadas. Para um objeto que tinha acabado de viajar a cinco vezes a velocidade do som, estava em boa forma.


Quando a equipe analisou os dados de voo, concluiu com um bom grau de certeza que o foguete havia ultrapassado a linha de Kármán. Isso tornou o grupo o segundo amador a lançar um foguete ao espaço – a Equipe Civil de Exploração Espacial foi o primeiro.

O lançamento, apesar de bem-sucedido, não foi perfeito. A equipe notou “defeitos na trajetória do voo” logo após a decolagem, provavelmente devido a danos no interior do bocal.
Próximos passos

Para o próximo lançamento, os estudantes querem testar novos designs de foguete, com combustível líquido, para maior carga útil e potência.

A pesquisa do Laboratório de Propulsão de Foguetes começou em 2013, quando uma equipe tentou lançar seu primeiro foguete, o Traveler I, que explodiu apenas alguns segundos após o lançamento. Um destino semelhante aconteceu ao Traveler II, lançado no ano seguinte.

Em setembro de 2018, a equipe lançou o Traveler III, que pode ter sido o primeiro foguete feito por estudantes a chegar ao espaço. Contudo, por um erro simples, nenhum dos dados de voo foi registrado. Para evitar uma gafe semelhante, os estudantes repassaram cuidadosamente seus procedimentos operacionais antes do lançamento do Traveler IV.

Agora, a Universidade do Sul da Califórnia vai atrás de quebrar outro recorde: a equipe quer reivindicar o título de maior lançamento de foguetes amadores da história. Isso significa adicionar outros 15.240 metros à sua altitude. [Futurism, Wired]


Fonte: Site HypeScience - https://hypescience.com

Comentário: Olha é galera, os alunos da Universidade do Sul da Califórnia provaram ser possível este objetivo. É claro que no Brasil os grupos de fogueteiros universitários, bem como os grupos amadores são prejudicados pela não existência de uma regulamentação especifica para o Espaçomodelismo junto ao Exército e a Força Aérea, de modo a se prover a segurança jurídica e parâmetros legais de sua atuação, inclusive, determinando áreas e condições específicas para o exercício dos lançamentos, e aquisição / fabrico controlado de propelentes, analogamente ao que foi feito recentemente com a regulamentação das atividades com drones no Brasil. A falta dessa regulamentação prejudica e muito os fogueteiros brasileiros e deveria ser uma meta do nosso presidente e ministro, como bem colocada pela Comunidade Espacial na Carta de Foz do Iguaçu. Os fogueteiros brasileiros continua esperando uma solução para este problema e conta com a ajuda do nosso Ministro Marcos Pontes para solucionar definitivamente esta questão.

Comentários

  1. A legalização da atividade e a regulamentação de como atuar é extremamente importante, há 43 anos atrás eu pesquisava minifoguetes chegando Inclusive a registrar uma patente de um kit de foguete educativo em meu nome e comercializei mais de três mil unidades na época, mas abandonei a atividade devido a uma falta de regulamentação no setor, correndo risco inclusive de ser preso por alguma autoridade que desconhecia a utilidade dessa pesquisa para o desenvolvimento do país

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