Mourão Vê de Perto Detalhes do Programa Espacial Chinês
Olá leitor!
Segue abaixo uma
matéria publicada dia (21/05) no site do jornal “Folha de São Paulo” tendo
como tema a visita do vice-presidente brasileiro, Hamilton Mourão, a sede da Academia
Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST) em Pequim.
Duda Falcão
MERCADO
Mourão Vê de Perto Detalhes do Programa Espacial Chinês
Vice-presidente
visitou instalações e áreas de testes em Pequim
Por Luiza
Duarte
Folha de São
Paulo
21 mai 2019 às
19h16
PEQUIM – China e
Brasil completaram em 2018 três décadas de parceria no setor espacial, no
entanto, o governo brasileiro assinou recentemente um acordo autorizando os Estados
Unidos a utilizar a base de Alcântara, no Maranhão, para lançamentos desatélites.
“Cada um escolhe
os parceiros por alguma razão. Eu não me
importo se alguém está cooperando com os Estados Unidos. A China está aberta ao
mundo, isso inclui os Estados Unidos e a NASA”, assegurou a vice-diretora do
departamento de cooperação internacional da Agência Espacial Chinesa, Yu qi.
“Temos 42
acordos de cooperações internacionais, incluindo na América latina”, afirmou. A
China tem uma estação terrestre na Patagônia, na Argentina, desde 2018.
Foto: Luiza
Duarte / Folhapress
Mourão visitou a Academia Chinesa de Tecnologia Espacial,
em Pequim.
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O programa
espacial chinês é conduzido por militares e ganhou novo folego nos últimos anos.
Em janeiro, o país abriu mais um capitulo na exploração lunar com o sucesso do
primeiro pouso de uma sonda espacial no “lado oculto” da lua.
O Brasil assinou
recentemente um acordo com americanos para lançamentos de satélites na base de Alcântara,
localizada a apenas 250 quilômetros da Linha do Equador, A posição geográfica
representa uma considerável economia de combustível em cada lançamento.
“ O local de um
lançamento é muito importante. A China tem quatro. A base no brasil é muito boa
pela distancia do equador, mas é muito longe para transferir o equipamento da
China para o Brasil, por isso não é comercialmente interessante”, explicou Yu.
A cooperação
espacial sino-brasileira para o desenvolvimento e lançamento de satélites, CBERS
(sigla em inglês para Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres), lançou
nas últimas décadas quatro satélites bem-sucedidos, capazes de produzir imagens
para diversas instituições nacionais como EMBRAPA, centro de pesquisa do
agronegócio, e IBGE, principal instituto de estatísticas do país.
O satélite
CBERS-4A deve ser lançado em dezembro deste ano no centro de lançamento de
Taiyuan, no norte da China.
Desde o final
dos anos de 1980 até agora, os programas espaciais dos dois países se
desenvolveram em velocidades diferentes.
A China iniciou
a construção da sua própria estação espacial, e Pequim tem planos de enviar
humanos para lua em um futuro próximo. Os chineses desenvolveram o “Beidou”, sistema
de posicionamento nos mesmos moldes do americano GPS. O orçamento anual do
programa espacial chinês tem mais de US$ 8 bilhões (cerca de R$ 32 bilhões), um
investimento alto, mas que ainda fica atrás do gasto americano nesse setor.
Yu reforço que
teve uma boa conversa com o novo presidente da Agencia Espacial Brasileira na
segunda-feira (20), mas comentou que chefias das instituições brasileiras estão
sempre mudando enquanto interlocutores do lado chinês são trocados com muito
menos frequência.
O
vice-presidente Hamilton Mourão visitou instalações e locais de testes da
Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST) nesta terça-feira (21), em
Pequim. Ele foi recebido pelo presidente e CEO da Academia Chinesa de
Tecnologia Espacial , Zhang Hongtai, e pelo vice-presidente da Agencia espacial
Chinesa, Wu Yanhua.
Em seguida, o
vice-presidente teve um encontro com um pequeno grupo de especialistas
estrangeiros em China na Embaixada brasileira.
Fonte: Site do Jornal
Folha de São Paulo – 21/05/2019
Comentário: Pois
é leitor, a questão do uso da Base de Alcântara pela China não parece ser viável
e nem interessante para os chineses, além do que existe ainda a questão do
Regime de Controle de Tecnologia de Misseis (MTCR), ao qual o Brasil é signatário
e a China não, o que inviabiliza esta parceria. Entretanto, diversos outros interessantes
acordos podem ser assinados com os Chineses, basta ter visão, identificar
pontos comuns e meter a mão na massa, afinal leitor a China está aberta negociações.
Detalhe Dra. Yu qi, a senhora está certa quando reclama que as chefias das instituições
brasileiras estão sempre mudando enquanto interlocutores do lado chinês são trocados
com muito menos frequência, porem é preciso dizer que no que diz respeito a
troca da nova chefia da AEB, ela era necessária, e a esperança atualmente da
Comunidade Espacial Brasileira é de que tenha sido para melhor, pois a presidência
da agencia era ocupada anteriormente por um completo incompetente além de suspeito
de ter cometido desatinos conhecidos como “COELHADAS”, se é que a honorável
doutora me entende.
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