Estudo Pode Enfim Ter Explicado Como é Possível Existir Água na Lua
Olá leitor!
Segue uma notícia postada ontem (20/05) no site “Canaltech” destacando que um
estudo de pesquisadores da Universidade do Havaí (EUA) pode enfim ter explicado
como é possível existir água na Lua.
Duda Falcão
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Estudo Pode Enfim Ter Explicado Como é Possível Existir Água
na Lua
Por Patrícia Gnipper
Canaltech
Fonte: Space.com
20 de Maio de 2019 às 22h50
Há décadas a ciência se questiona como é possível existir
água congelada na Lua e, agora, um novo estudo pode enfim ter dado uma
explicação real. O estudo em questão, elaborado por cientistas da Universidade
do Havaí, acaba de ser publicado
na revista Proceedings of National Academy of Sciences.
Os autores sugerem que o vento solar e micrometeoritos
que se acumulam na superfície lunar acabam reagindo com os minerais ali
presentes, e o resultado seria justamente a formação de água. Os pesquisadores
simularam essa interação em laboratório, e descobriram que as rochas lunares
formavam "poças" cheias de água, que se abrem quando a pressão
interna aumenta. Então, a água recém-formada "espirrou" como um gás,
parecendo o vapor liberado em uma panela de pressão.
A origem da água na Lua ainda é um mistério, com alguns
teorizando que a água lunar teria chegado ali por meio de impactos de cometas e
asteroides, enquanto outros imaginaram que a água lunar teria sido resultado de
explosões vulcânicas antigas. Recentemente, foi sugerido que o vento solar
poderia reagir com o oxigênio contido no regolito lunar e em suas rochas para
gerar água, mas, até então, todos os experimentos que tentaram testar essa
ideia se mostraram frustrados, pois faltava ali um ingrediente-chave: uma explosão
intensa de calor como a causada por um impacto de micrometeorito.
"Os impactos de micrometeoritos aquecem a amostra.
Esse aquecimento leva à formação de água a partir de precursores e à liberação
subsequente", explica Ralf Kaiser, diretor do laboratório na Universidade
do Havaí onde o estudo foi conduzido. Kaiser e sua equipe observaram a reação
química acontecer e adicionaram ali um substituto comum para o material lunar —
a olivina mineral —, tudo isso em uma câmara cilíndrica que recriou o ambiente
de baixa pressão da Lua.
Ao usar um laser para imitar o impacto de micrometeorito,
os cientistas elevaram a temperatura do experimento para mais de 700 graus
Celsius, quando a olivina então pulverizou níveis detectáveis de "água
pesada" (feita com hidrogênio pesado). O material ficou preso aos íons até
que uma súbita onda de calor permitiu que a reação continuasse progredindo.
"O método que esta equipe empregou combina processos
físicos e químicos que ocorrem no ambiente lunar, mas é muito difícil de
recriar em um ambiente de laboratório, e muito menos para se fundir em um único
experimento. Os resultados deste estudo confirmam a antiga crença de que a
sinergia entre a implementação de prótons solares e o impacto dos
micrometeoritos fornece um caminho importante para a síntese de água no
regolito", disse Mehdi Benna, cientista planetário da NASA.
Fonte: Site Canaltech - https://canaltech.com.br
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