Turismo Espacial | Como Ficará a Saúde dos Candidatos a Viajantes Siderais?
Olá leitor!
Segue abaixo um artigo postado ontem (22/05) no site do
“Canaltech” destacando como ficará a saúde dos candidatos a viajantes do
Turismo Espacial?
Duda Falcão
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Turismo Espacial | Como Ficará a Saúde dos Candidatos a
Viajantes Siderais?
Por Natalie Rosa
Canaltech
Fonte: Space
22 de Maio de 2019 às 16h52
Desde que a humanidade começou a se aventurar em viagens
espaciais, há muita preocupação e debates sobre o impacto dessas experiências
na saúde dos astronautas. E, muito em breve, endinheirados poderão viajar ao
espaço, fazendo as vezes de astronautas, graças ao iminente mercado do turismo
espacial — e, por isso, a medicina espacial precisa evoluir.
Em um artigo recente, escrito por três especialistas em
medicina espacial, alguns aspectos críticos são avaliados para que médicos
fiquem mais alertas na hora de cuidar de um paciente que está planejando ir ao
espaço.
"Historicamente, a medicina espacial era a
competência de médicos que cuidavam de populações altamente selecionadas de
astronautas — indivíduos excepcionalmente saudáveis, aptos e tolerantes ao estresse,
sem nenhuma condição médica de qualquer tipo", conta Jan Stepanek, autor
principal do estudo e prestes a se tornar especialista em medicina espacial
pela Mayo Clinic. Mas para o turismo espacial, a exigência não é tanta assim, o
que pode ser preocupante.
(Imagem: Reprodução/SpaceX)
Foguete Falcon 9, da SpaceX.
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A estratégia da NASA é
deixar em terra qualquer um de seus candidatos a astronautas que,
possivelmente, não conseguiriam lidar com viagens espaciais, seja física ou
psicologicamente. Para Richard Scheuring, cirurgião no Johnson Space Center da
NASA, isso é o certo a se fazer.
No entanto, no caso de turistas espaciais, o processo não
é o mesmo. Ashley Shew, especialista em estudos de deficiência e interseção de
ciência, tecnologia e sociedade da Virginia Tech, comenta a prática atual que
diz que organismos que não estão de acordo com certos ideais são problemáticos,
quando deveriam ser considerados apenas diferentes.
Shew conta ainda que a medicina espacial não costuma
visar os benefícios de organismos diferentes, muito pelo contrário. "Os
organismos que sempre escolhemos são os que consideramos os melhores, mas esses
não são os melhores para o espaço em geral", disse a cientista.
Centenas de Pessoas Já Visitaram o Espaço
Até então, quase 600 pessoas já tiveram a oportunidade de
viajar pelo espaço, mas apenas sete delas foram clientes pagantes. Milhares já
estão esperando pela sua vez, enquanto empresas como SpaceX,
Virgin Galactic e Blue Origin planejam transformar o turismo espacial em uma
tendência.
Médicos e cientistas ainda têm dúvidas sobre como esses
voos afetam o corpo humano, até porque pouquíssimos astronautas passaram muito
tempo no espaço, até então. No máximo, três pessoas ficaram mais de 200 dias
seguidos em órbita, rumo à quarta, Christina Koch, que foi lançada para a ISS
em 14 de março e teve
sua missão prolongada justamente para que a NASA tenha mais chances de
estudar os efeitos da longa exposição à microgravidade ao organismo.
Stepanek e os outros autores do estudo analisaram as
diferentes reações e desafios que alguns tipos de voos podem trazer. No caso de
voos suborbitais, por exemplo, as consequências podem ser sensações de
ansiedade e enjoo, além de terem de lidar com ruídos altos, pequenos espaços e
a mudança na sensação da força da gravidade. Segundo três estudos citados no
artigo, realizados pela FAA (Administração Federal de Aviação), quatro a cada
cinco pessoas com idades entre 19 e 89 anos podem tolerar a força da gravidade
associada a voos suborbitais.
Até o momento, não existem regras que exijam que as
empresas de turismo espacial estabeleçam ou atendam a qualquer critério de
saúde para selecionar passageiros; os interessados precisam apenas assinar uma
declaração dizendo que entendem os riscos, além de, claro, ter muito dinheiro.
"Eu não acho que nenhum dos praticantes do espaço comercial vão assumir
riscos excessivos com as pessoas", completa Scheuring.
O artigo completo e com mais abordagens sobre o tema está
disponível para consulta online.
Fonte: Site do Canaltech - https://canaltech.com.br
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