O Exoplaneta Mais Tórrido Já Descoberto Tem Valiosas Terras Raras
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada ontem (20/05) no site
português “ZAP.aeiou” destacando que o Exoplaneta mais tórrido já descoberto
tem valiosas Terras Raras.
Duda Falcão
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& Saúde - Destaque - Astronomia - Espaço
O Exoplaneta Mais Tórrido Já Descoberto
Tem Valiosas
Terras Raras
Por SA
ZAP.aeiou
20 maios, 2019
NASA / JPL-Caltech
A 650 anos-luz da Terra, o KELT-9 b, o exoplaneta mais
quente até agora descoberto, tem assinaturas de alguns dos cobiçados minerais
de terras-raras.
Além das assinaturas de ferro gasoso e titânio
encontradas na sua atmosfera, a nova investigação, cujos cujos resultados foram
esta semana publicados na
revista científica Astronomy & Astrophysics, aponta também para assinaturas
de sódio, magnésio, crómio e escândio, bem como ítrio.
KELT-9 localiza-se na constelação de Cygnus. O seu
exoplaneta – KELT-9 b – exemplifica o exemplar mais extremo de um
Júpiter quente, uma vez que orbita muito perto do seu astro, que é
duas vezes mais quente do que o Sol.
Com este calor, todos os elementos acabam por vaporizar
quase por completo e as moléculas são divididas nos seus átomos constituintes,
tal como acontece nas camadas externas das estrelas. Ou seja, a atmosfera deste
mundo não contêm nuvem nem aerossóis, e o céu é claro, principalmente à luz da
sua estrela.
Com esse calor, todos os elementos vaporizam
quase completamente e as moléculas são divididas em seus átomos
constituintes, como nas camadas externas das estrelas. Isso significa que a
atmosfera não contém nuvens ou aerossóis e o céu é claro, transparente na sua
maioria à luz da sua estrela.
Os átomos que compõem o gás na atmosfera absorvem a luz
em cores muito específicas no espectro, e cada átomo tem uma “impressão
digital” única das cores que absorve. Estas impressões digitais podem ser
medidas com um espectrógrafo sensível instalado num telescópio de grandes
dimensões, que permite aos astrónomos estuda a composição química das
atmosferas dos planetas que estão a muitos anos-luz de distância.
Uma equipa de cientistas recorreu agora a esta técnica,
tendo descoberto algo muito interessante: “Recorrendo ao espectrógrafo
HARPS-North no Telescópio Nacional Italiano, na ilha de La Palma, encontramos átomos
de ferro e titânio no ambiente tórrido do KELT-9 b”, explica Kevin
Heng, diretor e professor no Center for Space and Habitabilty (CSH) na
Universidade de Berna, na Suíça, citado em comunicado.
A equipa observou o sistema KELT-9 pela segunda vez no
verão passado, visando confirmar deteções anteriores, mas também procurar
elementos adicionais. O estudo incluiu 73 átomos, alguns quais metais de terras
raras.
Tal como o nome indica, as terras raras são elementos incomuns
na Terra, apesar de serem altamente cobiçados pela sua utilidade em
materiais e dispositivos tecnológicos avançados, podendo ser usadas em baterias
de smartphones ou carros elétricos. Na tabela periódica, estas
“preciosidades” posicionam-se na segunda linha a partir da parte inferior, indo
do elemento com o lantânio ao lutécio, abrangendo ainda o escândio o ítrio
(39).
Os elementos que constituem o grupo das terras raras
foram inicialmente isolados sob a forma de óxidos, recebendo então a designação
de “terras”, à época a denominação genérica dada aos óxidos da maioria dos
elementos metálicos. Por apresentarem propriedades muito similares e por serem
de difícil separação, foram considerados “raros” – tendo daí resultado a
denominação terras raras, ainda hoje utilizada.
“A nossa equipa previu que o espectro deste planeta
poderia funcionar bem, ser um tesouro onde pode ser possível detetar
uma infinidade de compostos que não foram observados na atmosfera de
qualquer outro planeta até então”, afirmou Jens Hoeijmakers, do CSH), outro dos
autores do estudo.
“Com mais observações, muitos mais elementos podem ser
descobertos utilizando a mesma técnica na atmosfera deste planeta no futuro, e
talvez também possamos encontrar estes elementos noutros planetas com
temperaturas igualmente altas”, completou.
Heng completa, considerando que a descoberta pode ser
importante para várias áreas científicas, entre as quais a Astrobiologia.
“As possibilidades de um dia encontrarmos as chamadas bioassinaturas, ou seja,
sinais de vida, num exoplaneta, recorrendo às mesmas técnicas, são boas
(…) Em última análise, queremos usar a nossa pesquisa para entender a origem e
o desenvolvimento do Sistema Solar, bem como a origem da vida”, rematou.
Fonte: Site ZAP.aeiou - https://zap.aeiou.pt
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