Pesquisadores Revelam Novidades Sobre o Objeto Espacial Ultima Thule

Olá leitor!

Segue abaixo uma notícia postada hoje (17/05) no site da Revista Galileu destacando que Pesquisadores revelam novidades sobre o objeto espacial Ultima Thule.

Duda Falcão

GALILEU - CIÊNCIA - CIÊNCIA

Pesquisadores Revelam Novidades Sobre
o Objeto Espacial Ultima Thule

Esse é o objeto mais distante do Sistema Solar que já estudado por astrônomos

Por Redação Galileu
17/05/2019 - 14h31
Atualizado 14h31

Foto: NASA
A Ultima Thule é o objeto mais distante da Terra.

Logo no começo de 2019, a sonda New Horizons da NASA chegou ao objeto mais distante do Sistema Solar já explorado: a 2014 MU69, também conhecida como Ultima Thule. Localizado no Cinturão de Kuiper, o objeto fica a uma distância média de 6,7 bilhões de quilômetros da Terra com um período orbital de 293 anos. A New Horizons foi lançada em janeiro de 2006 e levou 13 anos para chegar até onde está a MU69.

Agora, um estudo publicado na Revista Science revela algumas características da Ultima Thule por meio dos dados enviados pela New Horizons, que mostra algumas características que coincidem com os modelos estudados para a formação do Universo. Pela distância do Sol, acredita-se que objetos com uma órbita estável como o MU69 permaneceram praticamente inalterados desde a formação do Sistema Solar, já que não há muita radiação solar que penetre naqueles pontos mais distantes, então eles são menos afetados pelo calor.

Os pesquisadores acreditam que o MU69 foi formado por uma colisão relativamente suave de dois corpos, conhecida como binário de contato. Acredita-se que muitos desses objetos semelhantes existam no Sistema Solar, mas esta é a primeira vez que é possível estudar um.

"As principais descobertas são, primeiramente, que o objeto é um binário de contato", diz Alan Stern, do Southwest Research Institute, principal pesquisador da New Horizons e principal autor do estudo. “Em segundo lugar, a forma achatada, que foi completamente inesperada. Em terceiro lugar, a falta de crateras na superfície."

Também foi revelado que a órbita do MU69 provavelmente não mudou desde essa fusão. Crateras de impacto na superfície do objeto são mínimas e, embora características geológicas individuais tenham sido identificadas, sua cor e composição são majoritariamente uniformes. Além disso, a forma achatada do objeto também não era algo esperado pelos cientistas — que ainda não sabem explicar o motivo por essa característica. 

Um material brilhante parece conectar os dois corpos da Ultima Thule: entretanto, parece que esse "pescoço" conector é, na verdade, um terceiro objeto. "O pescoço é um mistério", diz Stern. Não está claro se o material do pescoço apareceu no momento da fusão, ou algum tempo depois.

O objeto também não tem luas, aneis, uma atmosfera transitória, nem emissão de gás ou poeira, ou seja, nada que indique uma perturbação relativamente recente. Isso significa que provavelmente entrou em contato com poucos outros objetos desde a fusão — isso se teve algum contato. O estudo se baseou nos dados iniciais coletados pela New Horizons, e é esperado que a sonda termine de enviar o restante das informações em algum momento de 2020. Estamos ansiosos!


Fonte: site da Revista Galileu - 17/05/2019 - http://revistagalileu.globo.com

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