Em Pequim, Mourão Diz Que Laços Com EUA Não Descartam Cooperação Espacial Com China

Olá leitor!

Segue abaixo uma notícia postada hoje (21/05) no site do jornal “O Globo” destacando que segundo o Vice-Presidente Hamilton Mourão, em visita oficial a China, os laços com os EUA não descartam a Cooperação Espacial com os chineses.

Duda Falcão

MUNDO

Em Pequim, Mourão Diz Que Laços Com EUA Não Descartam Cooperação Espacial Com China

Sexto satélite da parceria sino-brasileira será lançado em dezembro; Brasil assinou
acordo que prevê uso pelos Estados Unidos da base de Alcântara

Por Marcelo Ninio,
especial para O Globo
21/05/2019 - 08:32
Atualizado em 21/05/2019 - 08:55

Foto: Marcelo Ninio
Mourão durante visita à Academia Chinesa de Tecnologia Espacial, em Pequim.

PEQUIM —  O vice-presidente Hamilton Mourão visitou nesta terça-feira a Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (Cast, na sigla em inglês), em meio à celebração dos 30 anos da parceria entre Brasil e China na área espacial, que já resultou na fabricação e no lançamento de cinco satélites. O evento ocorreu dois meses após a assinatura do acordo que prevê o uso pelos Estados Unidos do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão.

China e EUA, que atualmente travam uma guerra comercial, também são rivais na área espacial, mas Mourão disse que o Brasil não terá problemas em conciliar as parcerias que mantém com os dois países.

—  Tranquilamente. Essa cooperação (com Pequim) já vem de há muito tempo. A China tem o seu próprio sítio de lançamento, são coisas distintas, e nós podemos continuar muito essa cooperação —  disse Mourão ao Globo, ao lado do presidente da agência espacial chinesa, Wu Yanhua.

A possibilidade de a base de Alcântara vir a ser utilizada para o lançamento de satélites chineses foi um dos temas levantados na segunda-feira, em conversa com o presidente da Agência Espacial Brasileira, em Pequim.

Segundo Yu Qi, vice-diretora da agência espacial chinesa, embora a base brasileira tenha uma localização privilegiada para o lançamento de satélites, por estar perto da linha do Equador e permitir a economia de combustível, a distância torna seu custo excessivo para a China. Além disso, os EUA não permitiriam que satélites chineses fossem lançados de foguetes americanos, disse Yu. 

—  De nossa parte, não há problema, mas depende da política americana. Mesmo que o lançamento seja feito no Brasil, se o foguete for americano, os EUA proíbem lançar satélites chineses —  afirmou Yu. —  Entretanto, a política espacial chinesa está sempre aberta à cooperação com o mundo, incluindo os EUA.


Fonte: Site do Jornal o Globo - http://oglobo.globo.com

Comentário: Pois é leitor, toda e qualquer cooperação espacial com outros países deve ser recebida de braços abertos, independente de quem quer que seja o parceiro escolhido (sempre defendemos isto aqui), porém desde que a parceria seja feita igualitariamente em prol de uma tecnologia não disponível em ambos os países, e que não venha entrar em choque com as iniciativas já em curso no Brasil. Por exemplo, o desenvolvimento de um sistema propulsivo inovador em médio prazo, para que assim possa ser usado no espaço em satélites e sondas espaciais, ou mesmo uma pareceria para que o Brasil venha usar as instalações da futura Estação Espacial Chinesa, entre outras parceria significativas, bastando para isso ter vontade política, visão, determinação, ousadia, atitude e comprometimento com o futuro, como alias os chineses demonstram ter e foi endossado pelo convite claro da vice-diretora da Agência Espacial Chinesa, Yu Qi, no final desta notícia.

Comentários

  1. Mourão tem bom senso e pensa no interesse do país.

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  2. Quem imaginaria que um Militar de alta patente em 1961 iria para a China para tratar de política comercio etc. , que diga a família do Ex. presidente, João Belchior Marques Goulart, que faltou pouco para que as forças armadas do Brasil abatesse o avião que votara ao Brasil da viagem à China.

    é ! , o BRASIl , por mais atrasado que seja, a sua elite é bem informada e muda de opinião com as novas imposições política e também pela economia global.

    por esse motivo e as novas mudanças que virão , surge uma certa esperança de evoluçao cultural à sociedade brasilleira.

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  3. toda Cooperação Espacial com a Índia , Rússia , Europa , Japão , Israel , Nova Zelândia, Argentina , etc. sempre é bem vindo ao Brasil, temos CLA que pode futuramente se transformar no CEA e com isso transformar Alcântara em um novo Centro Espacial de Kourou a baixo da linha do equador

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  4. Parece que Gal. Mourão não leu o acordo pois no Artigo III, item 1B está escrito
    "Em conformidade com a participação do Brasil no Regime de Controle de Tecnologia
    de Mísseis (MTCR, na sigla em inglês) e outros arranjos e acordos internacionais e
    multilaterais sobre não-proliferação dos quais a República Federativa do Brasil seja parte,
    não permitir o ingresso significativo, quantitativa ou qualitativamente, de equipamentos,
    tecnologias, mão-de-obra ou recursos financeiros no Centro Espacial de Alcântara, oriundos
    de países que não sejam Parceiros (membros) do MTCR, exceto se de outro modo
    acordado entre as Partes.
    Ou seja, não haverá possibilidade de cooperação com a China visto que ela não faz parte do MTCR. Ou alguém é inocente o suficiente pra acreditar que os EUA vão estar de acordo com uma parceira nossa com a China na área espacial depois do AST ser aprovado no congresso?

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