Grupo 'GIL 1/ 2019' Discute Atividades da Área Espacial no Centro de Lançamento de Alcântara
Olá leitor!
Segue abaixo a nota postada ontem (06/05) no site da
Agência Espacial Brasileira (AEB) destacando que o Grupo de Interfaces
de Lançamento (GIL 1/ 2019) discute desde ontem atividades da área espacial no Centro de
Lançamento de Alcântara (CLA).
Duda Falcão
NOTÍCIAS
Grupo Discute Atividades da Área Espacial no Centro de
Lançamento de Alcântara
Fonte: CLA
Publicado em: 06/05/2019 - 19h36
Última modificação: 06/05/2019 - 19h46
Foto: CLA
Começou na segunda-feira (06.05), no Centro de Lançamento
de Alcântara (CLA) a primeira reunião do Grupo de Interfaces de Lançamento (GIL
1/ 2019). Os integrantes do Grupo se reúnem com a finalidade de tratar, de
forma sistemática e permanente, as questões relacionadas com as interfaces de
lançamento das operações espaciais realizadas ou a serem realizadas nos Centros
de Lançamento do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA),
visando ao aprimoramento contínuo dos meios e à preparação eficaz para
operações de lançamento e rastreio de veículos espaciais, tendo em vista as
prerrogativas do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE).
Além do efetivo de operações espaciais do CLA, participam
do GIL 1/2019, integrantes do DCTA, Agência Espacial Brasileira (AEB), Comissão
de Coordenação e Implantação de Sistemas Espaciais (CCISE), Instituto de
Aeronáutica e Espaço (IAE), Instituto de Estudos Avançados (IEAv), Instituto de
Fomento e Coordenação Industrial (IFI) e do Centro de Lançamento da Barreira do
Inferno (CLBI).
Ao longo da semana serão discutidos o cronograma de
lançamentos do DCTA no Brasil e exterior para 2019 e nos próximos anos, as
perspectivas orçamentárias atuais e futuras da AEB, situação para realização da
Operação Igaratá no CLA, situação dos projetos VS-50 e VLM-1, 14-X S, Hexafly,
da Plataforma Suborbital de Microgravidade (PSM), do processo de transferência
de tecnologia do VSB-30 para a indústria e das atividades do Grupo de Trabalho
de Propulsão Líquida derivado do projeto VL-X.
O IFI deve apresentar um estudo com as certificações
desejáveis ou adequadas para o CLA apresentar a clientes privados. A CCISE ao
longo da semana deve apresentar o modelo de utilização comercial do CLA
envolvendo parceiros, benefícios e necessidades de preparação do Centro e um
resumo do andamento das atividades dos Grupos de Trabalho do Comitê de
Desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro (CDPEB). Tanto o CLA quanto o
CLBI devem ainda apresentar a situação operacional atual dos centros para os
próximos lançamentos.
Em paralelo, também ocorre no CLA a Reunião de
Acompanhamento de Interface (RAI) da Operação Igaratá, a qual equipes do IAE e
do Centro. A Operação Igaratá deve ocorrer no segundo semestre em Alcântara com
o lançamento de um foguete VSB-30 carregado com experimentos científicos e
tecnológicos da carga útil denominada Microg2. “É fundamental para o DCTA estar
reunido com todas as organizações envolvidas diretamente com as atividades de
lançamento espacial no País. Assim, podemos traçar um diagnóstico da área,
alinhar estratégias e definir ações futuras conjuntas em prol do Programa
Espacial Brasileiro”, explica o Chefe do Subdepartamento Técnico do DCTA,
Brigadeiro Engenheiro Augusto Luiz de Castro Otero.
A reunião do GIL é regulada pela Instrução do Comando da
Aeronáutica (ICA) 60-1 “Grupo de Interfaces de Lançamento”, de 19 de dezembro
de 2018. O Grupo se reúne periodicamente nos centros de lançamentos brasileiros
pelo menos duas vezes ao ano, com duração definida em agenda contendo apresentações,
discussões e visitas às instalações operacionais da unidade que sedia a
atividade.
Fonte: Site da Agência Espacial Brasileira (AEB)
Comentário: Bom leitor, essa nota da AEB trás informações
muito interessantes e dão aparentemente ainda mais sustentação a uma suspeita do
Blog que remota a 2010, isto é, caso o voo de qualificação VS-50, previsto
anteriormente para o segundo semestre deste ano, não venha se confirmar, como parece
indicar a nota acima. Acontece que, se
esse voo não foi transferido para ocorrer do CLBI e o mesmo não for realizado
em 2019, isso atrasará em mais um ano o primeiro voo de do VLM-1, jogando-o
para 2022, e assim por coincidência ou não, confirmando o que foi dito em 2010
por um alto servidor do segundo governo do presidiário de nove dedos. Foi dito
naquela época (veja aqui):
“O Programa Espacial Brasileiro faz parte do Plano Brasil
2022, e define como meta a colocação em órbita de dois satélites
geoestacionários brasileiros e o lançamento do primeiro veículo lançador de
satélites (VLS) até o ano 2022, quando o país completa o bicentenário de sua
independência.
Samuel Pinheiro Guimarães
Ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE)
21/07/2010”
Pois então leitor, isso parece demonstrar que desde
aquela época já era um plano alcançar a nossa autossuficiência espacial somente
a partir de 2022, e toda aquela divulgação estabelecendo para sociedade prazos atrás
de prazos durante esses anos todos, não passaram de conversa fiada para se ganhar
tempo. E se assim for, fica a questão, porquê? O que em nome de Deus (plagiando
os religiosos de plantão) justificaria essa ideia de jerico de atrasar deliberadamente
o desenvolvimento espacial brasileiro? Tem coisa ai, e pode ter sido mais um
dos legados nefastos deixados pelos vermelhos.
Dito isso, a nota também fala dos novos planos para o CLA,
como o lançamento no segundo semestre de 2019, de um foguete VSB-30 que usará mais
uma vez uma plataforma alemã (Microg2) para atender as necessidades da “Operação
Igaratá”, e assim cumprir o que foi dito pelo Ministro Pontes no inicio de sua gestão,
bem como voltar a realizar a frequência de um voo por ano, o mínimo leitor que poderíamos
aceitar para o PEB, mesmo este sendo ainda um voo suborbital.
A nota também fala sobre os projetos hipersônicos 14-X S
e Hexafly (internacional), o que explica a participação do IEAv nesta reunião,
bem como da Plataforma Suborbital de Microgravidade (PSM), plataforma esta que
visa substituir as plataformas alemães usadas pelo foguetes VS-30 e VSB-30, mas que
acabou se tornado uma novela interminável.
Para finalizar leitor, a nota também cita outras noticias
com relação ao processo de transferência de tecnologia do foguete VSB-30 para a
indústria (muito positiva e que já deveria ter ocorrido), as atividades em curso do Grupo de Trabalho de Propulsão Líquida
derivado do projeto VL-X, um estudo que deve ser apresentado em breve pelo IFI com
as certificações desejáveis ou adequadas para o CLA apresentar a clientes
privados, e que a CCISE ao longo da semana deverá apresentar o modelo de
utilização comercial do CLA envolvendo parceiros, benefícios e necessidades de
preparação do Centro e um resumo do andamento das atividades dos Grupos de
Trabalho do Comitê de Desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro (CDPEB),
o que é muito bom, né, mas todas essas ações precisam ser melhor esclarecidas pela FAB.
Comentários
Postar um comentário