Astrônomos Eliminam Inconsistência na Teoria do Big Bang
Olá leitor!
Segue abaixo uma matéria postada hoje (15/07) no site
“Inovação Tecnológica” destacando que uma equipe internacional de astrônomos
formada também por brasileiros, consegue derrubar a Inconsistência da Teoria do
Big Bang.
Duda Falcão
Espaço
Astrônomos Eliminam
Inconsistência na Teoria do Big Bang
Com informações da Agência USP
15/07/2013
[Imagem: Karin Lind/Davide De Martin]
Incoerências do Big Bang
Uma equipe
internacional, incluindo astrônomos brasileiros, conseguiu derrubar a principal
discrepância acerca dos primeiros minutos após o Big Bang - a grande explosão
que se acredita ter originado o Universo.
As observações
eliminaram uma incoerência entre teoria e dados observados, considerada um dos
principais problemas cosmológicos da atualidade.
Um dos
indícios da teoria do Big Bang é a proporção de elementos químicos mais simples
produzidos nos primeiros instantes do Universo.
A proporção
dos diferentes isótopos mais leves, como os isótopos 6 e 7 do lítio (Li-6 e
Li-7), pode ser calculada com precisão pelo modelo de nucleossíntese do Big Bang,
e essas previsões podem ser verificadas usando observações de objetos
quimicamente mais "primitivos", como estrelas muito pobres em metais,
formadas logo após o Big Bang.
A previsão
teórica é que apenas uma quantidade desprezível de Li-6 foi criada, tão pouco
que seria impossível detectar Li-6 nessas estrelas.
Mas não era
isso o que vinha ocorrendo na prática.
"Observações
anteriores de estrelas muito antigas sugeriram que a quantidade de lítio-6
(Li-6) teria sido 200 vezes maior que o produzido nos primeiros minutos após a
grande explosão, e que o lítio-7 (Li-7) entre três e cinco vezes menor que o
calculado por cosmólogos e físicos teóricos", conta o professor Jorge
Meléndez, da Universidade de São Paulo (USP).
Lítio em
Estrelas Antigas
Portanto, essas
detecções - até 200 vezes mais Li-6 em estrelas do que o predito pelo Big Bang
- eram alarmantes, e muitos cosmólogos e físicos teóricos têm tentado explicar
a discrepância usando teorias alternativas que incluem física exótica.
Usando dados
obtidos com o telescópio de 10 metros (o maior do mundo) do observatório Keck,
localizado em Mauna Kea, no Havaí (EUA), o grupo de astrônomos eliminou a
incoerência.
Eles
constataram que não existe Li-6 nas estrelas mais antigas de nossa galáxia.
"A
descoberta da não existência de Li-6 em estrelas pobres em metais é de grande
importância, pois reconcilia as previsões teóricas do Big Bang com as recentes
observações em estrelas", afirma Meléndez.
Segundo Karin
Lind, da Universidade de Cambridge, Inglaterra, a teoria do Big Bang agora
repousa sobre bases mais firmes: "Além disso, compreender o nascimento do
nosso Universo é fundamental para a compreensão da posterior formação de todos
os seus componentes, incluindo nós mesmos", é o que declara a cientista em
nota divulgada no site do Observatório Keck.
Agora será
necessário esperar a análise e a crítica dos dados por outras equipes, além de
novos dados de mesma qualidade obtidos a partir de um número maior de estrelas
- o estudo agora publicado estudou apenas quatro delas.
Bibliografia:
The lithium isotopic ratio in very metal-poor stars
Karin Lind, Jorge Meléndez, Martin Asplund, Remo Collet, Zazralt Magic
Astronomy and Astrophysics
Vol.: 554 - A96
DOI: 10.1051/0004-6361/201321406
Fonte: Site Inovação Tecnológica
Comentários
Postar um comentário