Operação MAPHEUS-4
DESCRIÇÃO DA CAMPANHA
Operação: Mapheus-4
Foguete: VS-30 V10
Numero do vôo do foguete: 10
Data de lançamento: 15/07/2013
Horário: 5h53 (horário local)
Apogeu do vôo: Aproximadamente 151 km
Alcance do voo: 60 km
Peso da Carga Útil: Não divulgado
Tempo de vôo: Não divulgado
Tempo de Microgravidade: Perto de 4 minutos
Local: Esrange Space Center (SSC) –
Kiruna – Suécia
Objetivo: lançar ao espaço dois experimentos da carga útil Mapheus-4
Resultado: Sucesso Total
Carga Últil
Embarcada
Modulo MIDAS-M
- Experimento “Measuring
Interdiffusion in Alloys and Semiconductors (MIDAS)”
Modulo MEGraMA-M
- Experimento “Magnetically
Excited Granular Matter (MEGraMA)
Modulo do Sistema de Recuperação
(Recovery System)
Instituições Envolvidas
DLR MORABA - Centro Aeroespacial Alemão
SSC - Swedish Space Corporation (Suécia)
DLR/IMPS - DLR Institute of Materials Physics in Space (Alemanha)
Participação Indireta
AEB - Agência Espacial Brasileira
IAE - Instituto de
Aeronáutica e Espaço
DCTA - Departamento de Ciências e Tecnologia Aeroespacial
VS-30 é Lançado com Sucesso da Suécia
Foi lançado com sucesso às 5h53 (horário local) do dia 15/07/2013, do Esrange Space Center, em
Kiruna, na Suécia, o foguete brasileiro ‘VS-30 VO 10’ da “Operação Mapheus-4”,
tendo a bordo dois experimentos da carga útil Mapheus-4 do Instituto de Física de Materiais no Espaço (Institute
of Materials Physics in Space) do Centro Aeroespacial Alemão (DLR).
O VS-30 VO 10 atingiu aproximadamente
o apogeu de 151 km e o alcance de 60 Km. O desempenho do motor S30 foi nominal
e o voo perfeito, sendo a carga útil recuperada pouco tempo depois e colocada à
disposição dos pesquisadores para ser analisada.
Vale dizer que esse Experimento Mapheus-4 foi o quarto
a ser lançado do Programa Mapheus (Material Physics under Microgravity Conditions) que agora passa a utilizar o foguete VS-30 em seus lançamentos, constituindo
assim, mais uma vitória do Programa Brasileiro de Foguetes de Sondagem (PBFS) desenvolvido pelos pesquisadores do
nosso valoroso Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE).
Além disso, o
foguete brasileiro VS-30 é um foguete de sondagem mono-estágio, estabilizado
por empenas, que utiliza uma massa de propelente sólido na ordem de 860 kg,
sendo este o décimo voo desse
foguete desde que foi desenvolvido, e a quarta vez que o mesmo foi lançado da
Europa.
Fotos da Campanha
Fontes: Swedish
Space Corporation (SSC) e Centro Aeroespacial Alemão (DLR)
Caro Duda, estou com uma dúvida aqui... por favor, corrija-me se eu estiver errado.
ResponderExcluirNossos foguetes de sondagem realizam apenas voos suborbitais, certo (nesta parte que a dúvida é maior)? Por que este VS-30 V10 atingiu um apogeu de ~151km, entrando em órbita?
Caro Hugo!
ExcluirO VS-30 VO 10 não entrou em órbita, ele sim atingiu um apogeu (altura) de aproximadamente 151 km. O VS-30 é um foguete suborbital e não tem capacidade de atingir a órbita terrestre. Isso só é feito por veículos lançadores de satélites. É preciso que as pessoas entendam que a órbita não tem nada haver com a altura que o foguete ou o satélite alcançam e sim com a sua velocidade. Foguetes como VS-40 por exemplo alcançam alturas (apogeu) maiores por exemplo que a Estação Espacial Internacional (ISS), mas como não tem a velocidade de escape (velocidade orbital) que é 28.000 km são imediatamente puxados para baixo pela gravidade da terra, entende? Em resumo, para você entrar em órbita após Linha de Kármán, ou seja 100 km (onde é considerado a fim da atmosfera terrestre) independente da altura o objeto tem de está a uma velocidade de 28.000 km horários e assim se manter em órbita anulando a força da gravidade, entende? Isso é facilmente observado nessas feiras de ciências onde eles usam um funil de metal grande e uma bolinha para explicar esse fenômeno. Enquanto a bolinha tem uma velocidade constante ela fica colada a borda de cima do funil. A partir do momento em que a bolinha começa perder a velocidade ela começa a ser puxada para baixo até cair no funil. E é assim que funciona também no espaço, e é por isso que os satélites usam motores foguetes estabilizadores, para voltarem a posição e velocidade corretas, e assim se estabilizarem novamente em órbita, já que com o tempo a velocidade diminui e o satélite começa a ser puxado para baixo pela gravidade da Terra. Tá ok Hugo?
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Ficou muito claro, Duda. Percebo que troquei o conceito de fim da atmosfera terrestre pelo de órbita terrestre, assim como confundi o conceito de voo suborbital.
ExcluirMuito obrigado!
Olá Hugo!
ExcluirNão tem de que amigo, é uma prazer ajudar.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)