NASA Estuda Conceitos Avançados de Propulsão Espacial
Olá leitor!
Segue abaixo uma matéria postada hoje (25/07) no site
“Inovação Tecnológica” destacando que a NASA está estudando conceitos avançados
de Propulsão Espacial.
Duda Falcão
Espaço
NASA Estuda Conceitos
Avançados de Propulsão Espacial
Redação do
Site Inovação Tecnológica
25/07/2013
Há poucos
dias, a NASA anunciou uma nova rodada de seu Programa de Conceitos Avançados.
Na edição de
2013, estão incluídas tecnologias como animação suspensa de astronautas, sondas
espaciais 2D, transformers espaciais e outras:
Uma categoria
que mereceu uma atenção à parte foi a propulsão espacial, já que os limites da
propulsão química são bem conhecidos, sendo uma tecnologia incapaz de nos levar
além das vizinhanças da Terra.
Os motores
iônicos - a chamada propulsão elétrica - vêm sendo usados com sucesso em naves
espaciais, mas têm limitações quando se fala em missões tripuladas de longa
duração porque aceleram muito lentamente, embora de forma constante.
Veja a seguir
as propostas de conceitos avançados de propulsão espacial que receberão financiamento
da NASA.
[Imagem: Rob Adams/NASA]
Sistema
de Propulsão Pulsada a Fissão Nuclear
Os sistemas
nucleares são usados há décadas no espaço - as sondas Voyager, por
exemplo, os artefatos humanos mais distantes da Terra, assim como o robô Curiosity, que
está em Marte, são alimentados por fontes nucleares.
Mas
o que Rob Adams, do Centro Marshal da NASA, está propondo é diferente.
Ele
quer reativar a chamada Propulsão Pulsada a Plasma, que a própria NASA estudou
nos anos 1960, por meio de um projeto chamado Orion.
Esse
sistema combina densidade de energia e impulso específico elevados - a fraqueza
da propulsão química - com grande empuxo - a fraqueza da propulsão elétrica -,
superando largamente o desempenho de todos os outros sistemas conhecidos.
"O
objetivo deste estudo é investigar a interligação dos aspectos técnicos e de
desempenho das arquiteturas acessíveis a um Sistema de Trânsito Pulsado a
Plasma (PPTS) com sistemas de voo tripulado e robótico," diz o engenheiro.
"Também
vamos estudar as preocupações científicas, técnicas, jurídicas,
político/institucionais e ambientais que os interessados podem ter que poderiam
dificultar a adoção do PPTS," concluiu.
[Imagem:
Nathan Jerred/NASA]
Propulsão Dupla para Explorar
o Sistema Solar
Nathan Jerred, da Associação
de Universidades de Pesquisas Espaciais, está propondo unir dois sistemas de
propulsão já conhecidos e testados para obter o melhor de cada um deles.
A ideia é juntar a propulsão
elétrica - os motores iônicos, que têm energia e impulso específico elevados,
mas baixo empuxo - com a propulsão termal - que tem elevado empuxo, mas gasta
combustível demais.
"A alta capacidade de
empuxo do modo térmico é ideal para um escape rápido da órbita da Terra, para
manobras orbitais drásticas e para inserção orbital. A alta eficiência do modo
elétrico é ideal para viagens interplanetárias," defende Jerred.
O projeto envolve testar o
sistema de propulsão dupla, alimentado por fonte nuclear - um gerador de
radioisótopos -, nos chamados cubesats, satélites artificiais de pequeno
porte.
Se tiver sucesso, o pesquisador afirma que isto transformará os cubesats
em verdadeiros exploradores do Sistema Solar, que poderão ser enviados às
centenas para os mais diversos destinos, já que são uma opção barata e de
desenvolvimento rápido em relação às missões robóticas tradicionais.
[Imagem: Joshua Rovey/NASA]
Propulsão a Força Plasmônica
Joshua
Rovey, da Universidade de Missouri, também vislumbra meios de criar pequenas
espaçonaves rápidas para ampliar os horizontes das pesquisas espaciais para
além da órbita baixa da Terra.
A plasmônica vem sendo largamente pesquisada no campo da
eletrônica e das tecnologias optoeletrônicas.
A
plasmônica funciona com base em ondas superficiais de elétrons chamados plásmons de superfície.
Os
pesquisadores querem usar essas ondas elétricas para criar "campos de
força plasmônica" induzidos por energia solar.
"Nós
vamos comparar nossos resultados com os propulsores estado da arte (por
exemplo, a propulsão elétrica por eletroaspersão) e os geradores de torque (por
exemplo, as rodas de reação). Vamos também avaliar a viabilidade da propulsão
plasmônica para atender e/ou exceder as rigorosas exigências de futuras missões
da NASA, disse Rovey.
Fonte: Site Inovação Tecnológica
Comentário: Pois é leitor, veja uma vez mais como se
conduz um verdadeiro Programa Espacial. E esse exemplo americano não é único,
pois em países sérios (evidentemente cada um de acordo com suas condições financeiras,
logísticas e objetivos estabelecidos) o desenvolvimento espacial e do setor de
ciência e tecnologia como um todo, aliado a educação de qualidade, avança rapidamente por uma simples razão, ou
seja: compromisso. Este exemplificado pela vontade de suas sociedades
representadas pelos seus governos que, realizam com seriedade a busca por
soluções tecnológicas que venham trazer resultados e benefícios para seus povos.
Infelizmente em nosso país, temos na condução desse processo debiloides
irresponsáveis representados por uma classe política ineficiente, corrupta, viciada
e populista, enquanto uma pequena comunidade científica luta a duras penas para
trazer resultados para sociedade brasileira num universo de barreiras quase intransponíveis
criadas por esses debiloides e suas atitudes e leis estúpidas. Nessa área de
Propulsão Espacial temos equipes comandadas por grandes profissionais tentando
desenvolver projetos, como por exemplo: em Propulsão Iônica (Dr. Gilberto
Sandonato do INPE e o Dr. José Leonardo Ferreira da UnB), Propulsão Líquida (Cap.
Cristiane Pagliuco do IAE), Propulsão Nuclear (Dr. Lamartine Guimarães do IEAv),
Propulsão Hipersônica a Ar Aspirado e Propulsão a Laser (Dr. Paulo Gilberto de
Paula Toro do IEAv) e Propulsão Sólida (Dr. Luis Eduardo Loures da Costa do IAE),
mas infelizmente esses profissionais são obrigados a conviver com grandes
dificuldades que aumentam ano a ano capitaneadas que são por esses energúmenos,
sendo o mais recente exemplo disso, o encerramento pelo IAE do projeto do Motor
Foguete de Propulsão Líquida L15 (MPFL L15) por falta de recursos financeiros
adequados. Projeto esse de suma importância para os projetos em curso de
veículos lançadores de satélites do IAE, que já se encontrava em fase final de
desenvolvimento, necessitando apenas de recursos para sua qualificação final em
solo, mas que teve de ser cancelado pelo IAE prejudicando uma vez mais não só o
PEB como o Brasil. Acima na matéria podemos observar as ações de uma sociedade que
pensa em seu próprio futuro e no Brasil, bom, no Brasil infelizmente ainda vivemos de ilusões.
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