Raupp Apresenta Ações Para Atender a Áreas Estratégicas

Olá leitor!

Segue abaixo uma nota postada hoje (22/07) no site do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) destacando que o Ministro Marco Antônio Raupp apresentou hoje uma serie de ações elaboradas pelo ministério para fazer frente a necessidades de desenvolvimento em áreas consideradas (chamadas) estratégicas pelo Governo Federal.

Duda Falcão

Raupp Apresenta Ações Para
Atender a Áreas Estratégicas

Rodrigo PdGuerra
Ascom do MCTI
22/07/2013 - 16:59

Foto: Daniela Nader
Raupp confere palestra magna na reunião da SBPC

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, anunciou nesta segunda-feira (22) uma serie de ações elaboradas pelo ministério para fazer frente a necessidades de desenvolvimento em áreas consideradas estratégicas pelo governo federal, como oceanográfica, espacial e de infraestrutura de laboratórios.

“A ciência tem capacidade de preencher requisitos do crescimento econômico por meio da inovação, ao conferir competitividade às empresas, e da sustentabilidade ambiental, uma vez que, para interferir nos ecossistemas, é preciso conhecer efetivamente os processos que lá se desenvolvem”, disse, em palestra magna da 65ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que acontece em Recife até sexta-feira (26).

Durante a conferência, o ministro reforçou a importância de se compartilhar o conhecimento, colocando-o “a serviço das instituições e em benefício da sociedade”.

Inpoh

Nesta terça-feira (23), às 16h30, na ExpoT&C, Raupp irá detalhar o projeto do Instituto Nacional de Pesquisas Oceanográficas e Hidroviárias (Inpoh), que prevê estudos multidisciplinares nas porções sul e tropical do Atlântico.

“O Inpoh vai dispor de um laboratório flutuante, que é um navio de pesquisa, no valor de US$ 80 milhões, comprado em parceria com a Marinha, a Petrobras e a Vale”, disse.

CsF

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI) anuncia, também durante a 65ª SBPC, um edital do programa Ciência sem Fronteiras (CsF) voltado especialmente para a área espacial.

Ao tratar sobre o tema, o ministro informou que os satélites sino-brasileiros Cbers-3 e Cbers-4 devem ser lançados em 2013 e 2015, respectivamente.

Infraestrutura e Laboratórios

O MCTI e o CNPq têm discutido o fortalecimento de laboratórios de característica multiusuária, ou seja, cujo uso é compartilhado entre centros de pesquisa e empresas.
Luz síncroton, nanotecnologia, biotecnologia e tecnologias da informação e comunicação (TICs), definidas pelo ministro como “portadoras de futuro”, são alguns dos campos em foco.
De acordo com o ministro, a Iniciativa Brasileira em Nanotecnologia (IBN), coordenada pela pasta, tem lançamento previsto para agosto.

O anúncio inclui a formalização do Sistema Nacional de Laboratórios em Nanotecnologia (Sisnano) e outras ações de fomento à pesquisa, formação de recursos humanos, cooperação internacional, além de um marco legal específico para a área.

Paralelamente, o MCTI elabora a Iniciativa Brasileira em Biotecnologia, visando gerar inovação tecnológica e ampliar a competitividade da bioindústria nacional, e um programa de ciberinfraestrutura, a fim de formar uma rede de pesquisa com alta velocidade para transmissão de dados e alta capacidade de processamento e de armazenamento. “Em breve, anunciaremos um centro nacional de computação petaflópica”, adiantou o ministro.

Iniciativas Regionais

O ministério prepara ainda ações para ajudar o país a superar desigualdades socioeconômicas regionais, a exemplo do Plano Amazônia, a ser lançado ainda este ano. A iniciativa busca o desenvolvimento sustentado em torno da floresta, especialmente por meio da utilização de seus recursos naturais. “O próximo plano seria para o Semiárido nordestino”, antecipou Raupp.

Ele também destacou o lançamento do edital Inova Mobilidade, inserido no Plano Inova Empresa. Segundo o ministro, a chamada pública, vinculada à sustentabilidade socioambiental, deve oferecer R$ 2,1 bilhões para projetos de mobilidade urbana, eficiência energética e tecnologias alternativas para o transporte urbano, dentre outros.

Acompanhe a participação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) na reunião anual da SBPC.

Acesse o site do evento.

Veja a apresentação do ministro clicando aqui


Fonte: Site do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)

Comentário: Depois de olhar o arquivo PDF da apresentação do Raupp eu queria chamar a atenção do leitor e do Comando da Aeronáutica para o que esse documento chama de "Nova Política Espacial". Notem quais são os objetivos estabelecidos por essa nova Politica. Notem que em momento algum é citado o verdadeiro programa de veículos lançadores do país, ao passo que essa política prevê a capitalização da mal engenhada empresa Alcântara Cyclone Space (ACS) de US$ 490 milhões para US$ 1 bilhão. Volto a insistir, é preciso que alguém com atitude dentro do Comando da Aeronáutica tome a frente comprando essa briga, pois está claro que a atual intenção desse governo é sucatear as verdadeiras ações brasileiras nessa área em prol desse desastroso acordo com a Ucrânia, e o caso do motor-foguete L15 parece ser já uma ação nesse sentido. Isso é um absurdo, e alguém tem que dar uma basta nesse desatino. Quanto ao CBERS-3, agora é oficial, o mesmo será lançado ainda em 2013 segundo esse documento. Deus nos ajude.

Comentários

  1. Duda, tenho acompanhando o seu site e gostado muito mas desculpe o desconhecimento da área, mas Duda, o Comando da Aeronáutica não é do Ministério da Defesa? Não é no âmbito do COMAer que os veículos lançadores nacionais são desenvolvidos? Então ele não precisa tomar a frente e comprar essa briga com o Raupp com mas sim com o Celso Amorim, certo?

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    1. Olá Anônimo!

      Tens razão amigo, realmente o Comando da Aeronáutica (COMAER) é subordinado ao Ministério da Defesa. Entretanto, no Ministério da Defesa temos um banana a frente da pasta e não se pode esperar nada dele. Mesmo no COMAER temos um comandante (Juniti Saito) que é omisso e parece deslumbrado com o poder, pois só diz amém. Assim sendo, estou apelando para os outros oficiais do COMAER que cobrem do Saito um posição enérgica e inegociável, primeiramente junto ao banana do Amorim e num segundo momento junto a presidência da república, entende? Pressão militar é algo que esses energúmenos temem muito, principalmente se ela for colocado de forma inegociável, coisa que infelizmente ainda não foi feita pelo Juniti Saito até hoje, pois se assim fosse, certamente a situação seria outra. Em resumo, o COMAER permitiu que a situação chegar-se a esse ponto e o resultado não poderia ser diferente. Veja como exemplo os Programas Nuclear e PROANTAR do Comando da Marinha que se encontram em uma situação completamente diferente, mesmo a Base da Antárctica sendo destruída a pouco tempo, já foi montada uma provisória e já foi escolhido o projeto da nova base e tudo isso em menos de dois anos. Já o Programa Nuclear nem precisa citar, já que é notório o grande avanço que o mesmo teve desde 2008, e encontra-se a todo vapor. Infelizmente amigo falta atitude no COMAER.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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  2. Entendi, mas se o Comando não dá a mínima para o Programa Espacial, o programa de veículos lançadores não deveria sair da mão deles?

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    1. Olá Anônimo!

      E ir para onde? Não existe competência e nem experiência para isso fora do IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço). Caro anônimo, o que precisa é que oficiais ligados ao COMAER cobrem do seu Comandante atitude como ocorreu no Comando da Marinha, nesse caso pela própria iniciativa do seu comandante. O Juniti Saito precisa ser cobrado energicamente pelos seus mais diretos assessores e servidores, para que assim o mesmo se mexa, mas no momento isso não acontece. O cara parece uma mosca morta, sem qualquer atitude, veja o caso dos aviões de combate. É uma vergonha e acredite, a Dilma vai embora e esse caso dos aviões não vai ser resolvido.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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  3. Duda, acho que você tem razão, mas eles não poderiam passar a tecnologia para a indústria como é comum nos outros países?
    Se não me engano, aquele novo foguete acho que de microssatelites não vai ser feito na indústria? Penso que seja uma boa estratégia.

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    1. Olá Anônimo!

      Isso já é feito em parte, pois todos os foguetes brasileiros são fabricados com a participação da indústria, esse é o caso dos foguetes de sondagem e do VLS-1. Inclusive o VLM-1 está sendo desenvolvido desde o início com a participação da indústria. Agora o IAE não pode passar o que não tem, pois desenvolvimento de um produto exige um esforço herculano e contínuo dos pesquisadores, mas está sendo prejudicado pelo Governo DILMA ROUSSEFF. Veja o caso do cancelamento do motor-foguete líquido L15 pelo IAE por falta de recursos financeiros adequados. Isso foi um crime, sendo caso de policia. A presidentA e sua trupe de energúmenos deveriam estar na cadeia, mas infelizmente isso é Brasil.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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  4. Sobre o debate em relação as atitudes (ou falta delas), do pessoal do Comando da Aeronáutica, cabe lembrar a todos que essas pessoas são primeiramente militares, e nessa condição existem coisas chamadas hierarquia e subordinação que são levadas muito a sério e ao extremo. Portanto, não caba esperar nada de diferente de um tácito "amém" dessas pessoas.

    Quanto ao fato de não haver alternativa ao IAE na competência e experiência no desenvolvimento de foguetes, esse é mais um dos inúmeros problemas que precisam ser enfrentados, pois o desenvolvimento de foguetes para finalidades civis no Brasil, estranhamente está entregue aos militares. Os centros de lançamento, idem. Enquanto isso perdurar, também não sairemos do lugar nessa área.

    Todos esses paradigmas, precisam ser quebrados, mas se preferem ter fé que mantida essa estrutura, algum dia ela vai funcionar por mágica...

    Continuo firme na opinião de que a única saída viável é um programa espacial totalmente civil e com participação fortíssima de empresas privadas absorvendo tecnologias necessárias, tudo acompanhado de uma legislação que garanta incentivos assim como restrições ao controle acionário dessas empresas. Uma legislação que incentive e até obrigue as universidades privadas a manter centros de pesquisa.

    É isso: sem quebrar ovos, não tem omelete. E estamos a muito tempo, comendo ovos cozidos que "passaram do ponto" e sem sal.

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  5. Sobre a apresentação do Raupp, depois de examiná-la, senti uma certa "vergonha alheia". Só se fala de bolsas de estudo e planos mirabolantes, ciência e tecnologia de forma concreta e transparente que é bom, nada. O populismo realmente está se alastrando!

    O dado da apresentação que mais me chamou a atenção foi o fato de que os alemães devem estar incomodados com o terceiro lugar em contribuição de trabalhos científicos com METADE dos trabalhos da China !!!

    Em suma é uma apresentação de como brincar de fazer ciência e tecnologia num país subgovernado (ia dizer subdesenvolvido, mas acho que SUBGOVERNADO, é mais adequado).

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