Raupp Diz Que Faltam Verbas Para os Grandes Projetos
Olá leitor!
Segue abaixo uma
matéria publicada hoje (24/07) na no site do jornal “Folha de São Paulo” destacando
que segundo o Ministro Marco Antônio Raupp faltam verbas para os grandes
projetos.
Duda Falcão
CIÊNCIA
Ministro da Ciência Diz Que Faltam
Verbas Para Grandes Projetos
SABINE RIGHETTI
ENVIADA ESPECIAL AO RECIFE
Colaboraram GIULIANA MIRANDA,
RAFAEL GARCIA e ALEXANDRE
DALL'ARA, de São Paulo
24/07/2013 – 03h01
A novela sobre a participação brasileira nos
maiores centros de pesquisa em astronomia e física do mundo --o ESO (Observatório
Europeu do Sul) e o CERN (Centro Europeu para Pesquisa Nuclear)-- ainda está
longe de um final feliz.
Segundo o ministro Marco Antonio Raupp (Ciência), o
governo quer tocar as iniciativas, mas faltam recursos.
"Não posso tirar dinheiro dos outros projetos
para colocar no ESO e no CERN", disse à Folha durante a reunião anual da
SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), em Recife.
A entrada do Brasil no ESO está em tramitação no
Congresso há mais de um ano.
"Quando se aprova um acordo de cooperação
internacional, é preciso dar uma sustentação orçamentária. Senão é colocar uma
batata quente no nosso colo", diz.
Para usar as instalações do ESO --incluindo o maior
e mais avançado telescópio terrestre do mundo, em construção em solo chileno,--
o Brasil teria de desembolsar, segundo o ministro, cerca de R$ 1 bilhão ao
longo de dez anos.
Hoje, o orçamento anual da pasta é de R$ 3,8
bilhões, sendo que R$ 1,4 bilhão é para bolsas de pesquisa.
Se o projeto de entrada do Brasil no ESO for
aprovado no Congresso, um recurso extraorçamentário deve ser repassado ao
ministério.
Conforme a Folha apurou, no entanto, a
tendência do governo é enxugar o que for extraorçamentário.
Anteontem, a presidente Dilma Rousseff anunciou um
corte de R$ 10 bilhões e há a previsão de outros.
"As atividades no ESO contribuem para o
desenvolvimento científico em todas as áreas", diz Adriana Válio,
presidente da SAB (Sociedade Astronômica Brasileira).
Ela pretende ir ao Congresso com um grupo de
cientistas para falar com deputados sobre a importância do projeto para a
ciência nacional.
O acordo, no entanto, não é unanimidade entre a
comunidade científica brasileira.
"O Brasil vai subsidiar a
ciência europeia com o dinheiro do contribuinte. O ministério que assina esse
tipo de acordo é irresponsável", diz João Steiner, professor do IAG
(departamento de astronomia) da USP.
Editoria de
Arte/Folhapress
IMBRÓGLIO
O atraso na
liberação das verbas para o ESO, três anos após a assinatura do contrato de
adesão, tem prejudicado também a participação do país no maior acelerador de
partículas do mundo.
O conselho
superior do CERN, na Suíça, ainda não ratificou o pedido de associação do
Brasil. O laboratório só costuma aprovar países nos quais o poder executivo
tenha dado sinal claro de que há interesse (e dinheiro).
Desde o início
das negociações, a ideia é que fosse aprovada verba extra, sem onerar o
orçamento do MCTI. Sergio Novaes, da UNESP, um dos físicos articuladores da
parceria Brasil-CERN, lamenta que haja risco de retrocesso.
"Hoje que
se fala tanto em internacionalização e no Ciência Sem Fronteiras, o Brasil se
tornar membro do CERN seria algo na direção que a presidente quer dar para a
ciência e a tecnologia", diz.
A associação
permitiria ao país participar de licitações para construir peças de
aceleradores de partículas, ampliar o intercâmbio de cientistas que já vem
sendo feito e concorrer a alguns cargos de gestão no laboratório.
Fonte: Site do Jornal
Folha de São Paulo - 24/07/2013
Comentário:
Pois é leitor e segue a novela, já no PEB, os recursos descem pelo ralo entregues a ACS.
É como eu digo. Projetos científicos entregues ao "poder público" nesse Brasil que conhecemos, nunca, jamais, em tempo algum, vão prosperar.
ResponderExcluirQuando leio que a definiçao para o Brasil participar de um projeto científico que demandará investimento de 1 bilhão ao longo de dez anos está no congresso a mais de uma ano, fico feliz em saber que para "REFORMAR" os estádios de futebol de Brasília e do Rio, gastando só nesses dois cerca de 3 BILHÕES !!! A verba surge como que num passe de mágica.
Cadê o meu kit palhaço?