Cinco Projetos de Inovação Tecnológica Desenvolvidos na UNILA
Olá
leitor!
Um interessante notícia foi postada hoje (17/06) no site “H2Foz”
destacando que a "Universidade Federal da Integração Latino-Americana
(UNILA)” desenvolveu cinco projetos de inovação tecnológica e entre eles a do primeiro
motor-foguete a propelente líquido impresso em 3D na América Latina.
Duda
Falcão
EDUCAÇÃO
Cinco Projetos de Inovação Tecnológica Desenvolvidos na UNILA
Por UNILA
17/06/2019
Foto: Divulgação
Estudos com Nanocelulose são mantidos por Samara Silva de
Souza, uma das primeiras pós-doutorandas da UNILA.
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As pesquisas realizadas nas universidades públicas
rendem muito mais do que trabalhos de conclusão e artigos científicos. "Estudos
realizados por professores e estudantes são cruciais para o desenvolvimento de
novas ferramentas e tecnologias que buscam resolver problemas concretos da
sociedade.
Em Foz do Iguaçu, na Universidade Federal da Integração
Latino-Americana (UNILA), a inovação tecnológica está cada vez mais presente no
meio acadêmico. Os projetos surgem de demandas do próprio setor produtivo ou de
organizações sem fins lucrativos do Oeste do Paraná, que se aproximam da
universidade em busca de alternativas tecnológicas e troca de conhecimentos.
“De modo geral, a inovação tecnológica é toda novidade
implantada por meio de pesquisa e que aumenta a eficiência de algum processo.
Inovação pressupõe que o resultado da pesquisa chegue ao usuário final, gerando
desenvolvimento econômico e social”, afirma o professor de Engenharia de
Energia da UNILA Oswaldo "Hideo Ando Júnior.
Na reportagem, cinco projetos de inovação tecnológica
desenvolvidos na UNILA:
1 - Primeiro Motor-Foguete Impresso em 3D da América
Latina Será Testado na UNILA
Nos próximos dias, pesquisadores da UNILA "farão
testes no primeiro motor-foguete a propelente líquido impresso em 3D na América
Latina. O dispositivo foi modelado pela estudante Isabella Francelino, sob a
orientação do professor Oswaldo Barbosa Loureda, como parte de uma atividade da
disciplina de Processo de Fabricação, do curso de Engenharia Física da UNILA.
Depois, a câmara foi impressa na Inglaterra por uma empresa especializada na
fabricação de equipamentos, através da impressão 3D.
“O dispositivo é um motor com propulsão química. Foi
desenvolvido para queimar propelentes, ou seja, a soma de oxidante com
combustível, no estado líquido ou gasoso”, explica o docente. O equipamento é
utilizado, normalmente, para impulsionar foguetes, satélites, mísseis e
estações espaciais.
A modelagem do motor-foguete faz parte de uma pesquisa
que testa diferentes compostos propelentes, materiais de fabricação e técnicas de sintetização, visando à
construção de propulsores de baixo impacto ambiental. Os estudos envolvem
várias do conhecimento, como química orgânica, ciência dos materiais,
termodinâmica e combustão. “O projeto propõe uma forma muito mais barata de
fabricação de dispositivos aeroespaciais. Ainda estamos em uma fase inicial,
mas é uma pesquisa que tem o potencial de colocar o Brasil no seleto grupo de países
capazes de colocar satélites em órbitas por meios próprios”, acrescenta Oswaldo
Barbosa Loureda.
Foto: Divulgação
O motor-foguete foi modelado pela estudante Isabella
Francelino, do curso de Engenharia Física.
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2 - Pesquisadores da UNILA e UNIOESTE Desenvolvem Telha
Solar Fotovoltaica
Um grupo de pesquisadores da UNILA e da "Universidade
Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) trabalha, de maneira conjunta, no
desenvolvimento de uma telha solar fotovoltaica. O objetivo dos pesquisadores é
desenvolver uma telha de baixo custo, que seja capaz de converter a luz solar
em energia elétrica e que seja adaptada às condições climáticas da região.
O projeto surgiu da demanda de um empresário do ramo de
telhas de concreto da cidade de Cascavel. “A proposta de nossa pesquisa é
desenvolver uma alternativa tecnológica aos sistemas de geração fotovoltaica
convencionais de sobreposição ao telhado, desenvolvendo uma telha, de concreto
ou polímero, que já possua células fotovoltaicas incorporada na própria telha.
As exigências de durabilidade, proteção e resistência são bastante criteriosas,
principalmente porque "o produto será usado na região Sul do Brasil, onde
são comuns ocorrências de chuvas, ventos fortes e granizo”, salienta "o
professor da UNILA Oswaldo Hideo Ando Júnior. A telha que está sendo
desenvolvida também será mais leve e terá uma uma estrutura mais simples do que
as já comercializadas.
O projeto está sendo realizado no Centro de
Desenvolvimento "e Difusão Tecnológico em Energias Renováveis (CDTER), um
espaço voltado para a pesquisa e busca de soluções inovadoras "que possam
auxiliar no desenvolvimento tecnológico sustentável das indústrias do Oeste do
Paraná. Os estudos para o desenvolvimento da telha fotovoltaica tiveram início
em novembro de 2016. Desde então, os professores da UNILA e da UNIOESTE trabalham
na concepção de modelos conceituais que são testados pela empresa de Cascavel,
para comprovar a viabilidade técnica e industrial do projeto.
Foto: Divulgação
Projeto de desenvolvimento de telha solar surgiu da
demanda de um empresário de Cascavel.
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3 - Professor Desenvolve Impressora 3D Para Aplicações de
Ensino, Pesquisa e Extensão.
O professor Aref Kalilo Lima Kzam coordena uma pesquisa
que propõe a construção de máquinas, como Fresadora CNC projetada pelo
professor Aref Kzam impressoras 3D e fresadoras, para utilização em atividades
de iniciação tecnológica nos mais variados temas, desde as ciências básicas até
a inclusão socioambiental. Um dos planos é reproduzir uma maquete em 3D do
relevo da região de Foz do Iguaçu. Construída em parceria com docentes e alunos
da área de Geografia, a maquete será feita com embalagens plásticas de etiqueta
PEAD, um material que pode ser facilmente reciclado a partir da exposição a
altas temperaturas.
"Aref Kzam explica que, para isso, serão
desenvolvidas outras ferramentas, “como uma máquina trituradora e uma extrusora
de plástico reciclado. São
máquinas que podem ser compradas, mas, como nosso objetivo é ‘meter a mão na
massa’, vamos construir do zero”. Depois de construir as máquinas e montar a
maquete, a miniatura ainda será marcada com QR-Code, " o que possibilita a
reprodução de informações geográficas do território em realidade aumentada por
meio de celular ou tablet.
Dentro da mesma pesquisa, ainda há outra iniciativa, com
os cursos de Química – Licenciatura e Engenharia "Química, que é o
desenvolvimento de um plástico biodegradável, feito à base de amido de milho e
celulose. O projeto foi aprovado, recentemente, para a segunda fase do “Sinapse
de Inovação no Paraná”, um evento de incubação organizado pela Fundação
Araucária.
“Eu entendo que esses projetos possuem uma
transdisciplinaridade absurda. Nós estamos desenvolvendo conceitos de
sustentabilidade, robótica, premissas do movimento maker (Do it yourself),
compartilhamento colaborativo do tipo Do it with others (DIWO), automação,
educação 4.0, empreendedorismo, entre outros. E temos, ainda, o fato de que
áreas distintas da universidade estão trabalhando em um mesmo propósito. Com
isso, ganha a Universidade e a sociedade”, comemora Aref Kalilo Lima Kzam. Os
projetos contam com a participação de estudantes da UNILA, por meio do programa
de Iniciação Científica, e um aluno de escola pública, selecionado pelo edital
de Iniciação Científica para o Ensino Médio.
Foto: Divulgação
Fresadora CNC projetada pelo professor Aref Kzam.
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4 – Novos biomateriais poderão ser usados para captação
de energia
A nanocelulose é considerada o material do futuro. Por
conta de suas características, esse material – produzido a partir de matéria
biológica – tem um grande número de aplicações, que vai desde a produção de
embalagens sustentáveis até o uso de pele artificial para o tratamento de
queimaduras. Na UNILA, pesquisas tentam demonstrar que esse biomaterial pode
ter mais uma funcionalidade: a captação de energia.
"A responsável pelos estudos é Samara Silva de
Souza, doutora em Engenharia Química (UFSC) e uma das primeiras pós-doutorandas
da universidade. “Na UNILA, nós já estamos produzindo a nanocelulose
bacteriana, um dos biomateriais que tem ganhado espaço na pesquisa devido a suas propriedades
específicas, como alta resistência mecânica, biodegradabilidade, grande capacidade
de retenção de água, elasticidade, durabilidade e flexibilidade de produção.
Nosso objetivo é, por meio de novas tecnologias e incorporações de outros
componentes, desenvolver novos materiais que possam ter um leque de utilização,
como células fotovoltaicas e dispositivos eletrônicos”, explica Samara, que
teve seu projeto aprovado na Chamada Pública para Pós-Doutorado Empresarial no
CNPq. No Brasil, apenas nove bolsas como essa foram aprovadas em 2019.
O estudo está correlacionado ao projeto de pesquisa sobre
Coleta de Energia (Energy Harvest) coordenado pelo professor Oswaldo Hideo Ando
Júnior e que recebeu a Bolsa de Produtividade em Desenvolvimento Tecnológico e
Extensão Inovadora "do CNPq.
5 - Projeto Propõe o Aproveitamento de Resíduos do
Turismo Para o Desenvolvimento de Casas de Interesse Social
No ano de 2016, os turistas que visitaram Foz do Iguaçu
jogaram no lixo três milhões de garrafas PET que foram utilizadas para consumo
de água e outras bebidas. O levantamento foi feito pelo professor da UNILA
Walfrido Pippo, como parte de uma pesquisa que estuda o reaproveitamento das
garrafas PET geradas pela indústria turística da cidade e que, atualmente, são
descartadas nos aterros sanitários. A proposta é utilizar o material para o
desenvolvimento de casas populares no município.
Conforme o docente, as garrafas PET podem ser usadas como
elementos de preenchimento e vedação. “Um cálculo preliminar indica que uma
habitação de interesse social, de 43m², das que são financiadas pela Caixa
Econômica Federal, poderia usar de 30 a 40 mil garrafas. O que demonstra que
existe a potencialidade de construir 100 habitações de interesse social por ano
a partir desse material”, defende Pippo, na apresentação do projeto. Atualmente,
12 mil famílias estão cadastradas na lista de espera por habitação em Foz do
Iguaçu.
O projeto ainda está em fase inicial e aguarda a
liberação de recursos para iniciar os ensaios. Participam professores dos
cursos de Engenharia Civil e Engenharia de Energia e do mestrado de Engenharia
Civil.
Fonte:
Site do H2FOZ - https://www.h2foz.com.br
Comentário:
Olha aí, parabéns a UNILA e aos seus professores e alunos, a inovação é realmente
uma das chaves para mudarmos o futuro deste país, mas sem educação cidadã, de
nada ou pouco adianta na construção de uma nação de verdade. Tomara mesmo que na UNILA essa seja uma das preocupações básicas, ou seja, a boa formação cidadã, ética e moral de seus alunos. Enfim...
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