Cientistas da NASA Calculam Número de Vítimas e Proporções do Meteorito de Tunguska
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia publicada hoje (27/06) no site
do Sputnik News Brasil, destacando que Cientistas da NASA calculam número de
vítimas e proporções do Meteorito de Tunguska.
Duda Falcão
CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Cientistas da NASA Calculam Número de Vítimas e
Proporções do Meteorito de Tunguska
Sputnik News Brasil
27/06/2019 - 09:11
Atualizado 27/06/2019 - 09:13
© AFP 2019 / Ye Aung Thu
Modelos da NASA mostram que o meteorito de Tunguska era
muito maior do que imaginado, e os depoimentos das testemunhas mostram que
havia no local da queda cerca de 30 pessoas, escrevem cientistas da agência
espacial americana e seus colegas russos na revista Icarus.
No fim de junho, o Evento de Tunguska completa mais um ano. Há 111 anos, um meteorito caiu em uma região despovoada da Sibéria,
destruindo uma área florestal do tamanho de Hong Kong. Trata-se da maior
catástrofe natural causada por um meteorito a ser detalhada.
"Em todo o tempo de existência da humanidade,
conseguimos rastrear um número extremamente pequeno de grandes meteoritos e,
portanto, não sabemos como os asteroides se desintegram na atmosfera e que tipo
de destruição eles podem causar. A queda do meteoro de Chelyabinsk e novos
métodos de cálculo nos ajudaram a aprofundar nossa compreensão do comportamento
deles", afirmou Lorien Wheeler, do Centro de Pesquisa Ames da NASA.
A queda do meteoro de Chelyabinsk em fevereiro de 2013 fez com que
cientistas pensassem no meteorito de Tunguska e começassem a reexaminar as
consequências de sua queda. Estes dados, de acordo com pesquisadores, são
fundamentais para avaliar a frequência de queda de corpos celestes no nosso
planeta.
Modelo Computadorizado do Evento de Tunguska
Uma vez que não houve observações sérias do meteorito de
Tunguska, astrônomos só conseguiam teorizar sobre o tamanho e o local da queda.
Mas, como observou Wheeler, tecnologia moderna pode resolver este problema.
Com base nos depoimentos de testemunhas, na escala de
destruição e na ausência de cratera, cientistas da NASA construíram um modelo
computadorizado do Evento de Tunguska e calcularam 50 milhões de cenários. Os
cálculos foram baseados em um dos últimos modelos matemáticos, que descreve
realisticamente como meteoritos se desintegram e queimam na atmosfera.
Como resultado, astrônomos puderam calcular a
potência aproximada da explosão, a velocidade, o tamanho e a massa do
asteroide, bem como a densidade dele. Acontece que o meteorito de Tunguska era
um pouco maior do que antes estimado – ele tinha uns 75 metros de diâmetro, com
uma potência explosiva próxima das mais poderosas bombas de fusão soviéticas e
americanas, ou seja, mais de 20 megatons.
Muito provavelmente, o meteorito se desintegrou e
explodiu a uma altitude entre 12 e 17 quilômetros, dando à zona afetada um
diâmetro entre cinco e 12 quilômetros. Eventos como esse não ocorrem com
frequência, porém, a raridade é mais do que compensada pela possibilidade
de destruição.
Império Russo Com Queda de Meteorito
De acordo com cientistas do Instituto SETI (EUA) e seus
colegas russos do Instituto de Astronomia e do Instituto da Dinâmica da
Geosfera da Academia de Ciências da Rússia, no caso do meteorito de Tunguska, a
humanidade teve sorte por ter caído em uma área relativamente despovoada do Império
Russo.
Ao mesmo tempo, foi possível calcular o número de pessoas
que poderiam ter sido vítimas da queda do asteroide. Para isso, os cientistas
analisaram todos os registros disponíveis dos depoimentos das testemunhas,
incluindo as histórias dos criadores de renas, registradas por pesquisadores
soviéticos.
Mais de 700 histórias foram analisadas, nas quais foram
mencionados os nomes de quase dois mil habitantes da região da Sibéria
Oriental. Como os cientistas supõem, havia apenas umas 30 pessoas na zona da
queda do meteorito.
Fonte: Site Sputniknews Brasil - http://br.sputniknews.com/
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