Sociedade Planetária Lançou Vela Solar Com Dinheiro de Doações
Olá leitor!
Segue abaixo uma noticia postada ontem (25/06) no site
“Inovação Tecnológica” destacando que a ONG "The Planetary Society" lançou uma vela solar com
dinheiro de doações.
Duda Falcão
ESPAÇO
Sociedade Planetária Lança Vela Solar Com Dinheiro de Doações
Redação do Site Inovação Tecnológica
25/06/2019
[Imagem: The Planetary Society]
Vela Solar
O foguete Falcon Heavy que decolou na madrugada desta
terça-feira levou ao espaço um experimento que é uma espécie de mascote dos
aficionados em exploração espacial e de grande parte da comunidade científica.
A vela solar LightSail 2 - "veleiro
da luz", em tradução livre - é o segundo experimento de demonstração desta
tecnologia feita pela Sociedade Planetária (The Planetary Society), uma
ONG fundada por Carl Sagan em 1980 para realizar projetos de pesquisa
relacionados à astronomia, ciência planetária e exploração espacial.
Todo o projeto e construção da vela solar foram bancados
com dinheiro de doações através de uma campanha de fundos coletivos - a
sociedade tem mais de 50.000 membros em 100 países.
Um "veleiro solar" é basicamente uma nave sem
motor, impulsionada pela luz solar. Os fótons, as partículas-ondas fundamentais
da luz, não têm massa, mas têm momento, ou seja, são capazes de empurrar os
objetos sobre os quais incidem. A força é minúscula, mas no espaço, sem a
competição das moléculas presentes na atmosfera, ela é suficiente para gerar
uma aceleração contínua, impulsionando uma espaçonave a velocidades
significativas.
[Imagem: The Planetary Society]
Veleiro da Luz 2
A LightSail 2 consiste em um
nanossatélite pesando 5 kg e medindo 11,3 x 11,3 x 48,7 centímetros. O tamanho
da nave dobrará quando suas laterais, que são painéis solares, se estenderem
para cima.
Do seu interior emergirá então a vela solar de 32 metros
quadrados e apenas 4,5 micrômetros de espessura, sustentada por quatro fitas
telescópicas, parecidas com trenas, feitas de uma liga de cobalto. Motores
estenderão as fitas que, por sua vez, abrirão a vela, feita de uma película de
poliéster altamente reflexiva.
Para diminuir o arrasto e alcançar a aceleração esperada,
de 0,058 mm/s2, a LightSail 2 será lançada em uma
órbita alta, cerca de 720 km, mais do que o dobro da altitude da Estação
Espacial Internacional.
Como o nanossatélite foi ao espaço juntamente com 23
outras naves, cada uma será liberada paulatinamente na órbita, para garantir um
espaçamento seguro. A LightSail 2 deverá ser liberada para
voar por conta própria no dia 2 de Julho.
Velas Solares
A Sociedade Planetária foi a primeira entidade a fazer
uma tentativa de colocar uma vela solar em órbita, em 2005, mas a tentativa falhou.
Em 2010, a agência espacial japonesa colocou a primeira vela solar no
espaço. A NASA lançou sua versão, a NanoSail-D, em 2010.
A LightSail 1 era uma versão de teste,
que foi lançada em órbita baixa em 2015. Embora tenha conseguido abrir a vela
solar, o sucesso foi parcial devido a problemas nas baterias e no software de
controle, erros que foram corrigidos para a missão que começa agora.
Fonte: Site Inovação Tecnológica - http://www.inovacaotecnologica.com.br/
Comentário: Bom
leitor eu não compartilho da ideia de que essa tecnologia (mesmo que funcione)
seja pratica nem para sondas espaciais e muito menos para naves tripuladas. Afinal
não obstante o tempo que seria necessário para acelerar uma sonda para
percorrer, por exemplo, a distancia entre a Terra e o Planeta Marte (hoje com a tecnologia de propulsão e métodos existentes uma Sonda faz esse percurso em pouco mais de um ano, e se estima que uma nave tripulada faça esse percurso em 6 a 7 meses, ou seja, precisamos de tecnologias de propulsão que diminuam o tempo de viagem e não o contrário, portanto não me parece uma tecnologia viável), até mesmo
a constate aceleração teria limites no espaço interestelar por razões óbvias. Ou
seja, não é uma tecnologia que traga resultados práticos. Entretanto, mesmo achando que a "The Planetary
Society" poderia ter investido seu tempo e seus recursos com mais sapiência, o fato positivo
nessa notícia é a própria existência dessa ONG que desenvolve tecnologias
espaciais com dinheiro de doações, tendo inclusive mais de 50.000 membros em
100 países. Fica a pergunta leitor, será
que uma ONG como essa seria possível no Brasil??? Eu particularmente não
acredito, já que necessitaria um nível de comprometimento e responsabilidade não
existentes em nossa Sociedade Egocêntrica e Pirata. Algo a se pensar. Aproveito
para agradecer ao nosso leitor Rui Botelho pelo envio desta notícia.
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