NASA Anuncia Novas Missões Para Pesquisar o Sol e Estudar Lua de Saturno
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada ontem (28/06) no site
“G1” do globo.com, destacando que a NASA
anuncia novas missões para pesquisar o Sol e estudar lua de Saturno.
Duda Falcão
CIÊNCIA E SAÚDE
Blog do Cássio Barbosa
NASA Anuncia Novas Missões Para Pesquisar o Sol e Estudar
Lua de Saturno
Em semana 'agitada', agência espacial anunciou a PUNCH e
a Dragonfly.
Por Cassio Barbosa, G1
28/06/2019 06h00
Atualizado há um dia
Foto: NASA
Ilustração da missão solar PUNCH da NASA.
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Essa semana a agência espacial norte
americana (NASA) decidiu que vai tirar do papel duas propostas
para suas novas missões. Uma com objetivo de compreender
melhor o Sol e a outra
para estudar Titã.
A missão de estudo do Sol será relativamente barata, 150
milhões de dólares incluindo o preço do lançamento. Ela se constitui de quatro
microssatélites que deverão orbitar a Terra a uma altitude de 500 km. Os quatro
satélites estarão posicionados de tal maneira que o Sol será monitorado 24h por
dia e, com a combinação das imagens de cada satélite, todo o disco solar será
observado ao mesmo tempo.
Cada satélite irá carregar instrumentos específicos para
medir a velocidade das partículas que o Sol emite, o vento solar, câmeras que
enxergam a luz polarizada e a cora solar. Os microssatélites vão trabalhar em
conjunto com a sonda Parker, a mais próxima a se aproximar do Sol e o orbitador
solar da agência espacial europeia a ser lançado em 2020. Tudo isso irá fazer com
que seja possível estudar e acompanhar o comportamento do Sol ao longo do seu
ciclo com mapas em 3 dimensões, em lugar dos usuais mapas 2D.
E Para Que Tudo Isso?
Tudo isso visa melhorar a compreensão do Sol e melhorar
as previsões de tempestades solares, por exemplo. Atividade solar intensa afeta
satélites, comunicações e até mesmo a transmissão de energia elétrica na Terra.
É de fundamental importância saber prever com antecedência tempestades que
possam causar danos em nosso planeta.
A outra missão aprovada pela NASA e anunciada na tarde de
ontem chama-se Drangonfly, ou libélula em inglês, e tem um objetivo ambicioso:
estudar Titã.
Foto: NASA/JHU-APL
Ilustração mostra robô Dragonfly em aproximação da lua
Titã.
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Titã é a maior lua do sistema de Saturno, é tão grande
quanto um planeta e sua massa é suficiente para manter uma atmosfera densa. Sua
atmosfera é composta majoritariamente por nitrogênio e um pouco de gás metano,
além de frações minúsculas de hidrogênio e outros gases. Essa composição é
muito parecida com o que se teoriza para a composição química da atmosfera
terrestre no início do desenvolvimento da vida, quando ainda não havia
oxigênio.
Além desse atrativo, a atmosfera densa faz com que seja
possível manter o metano em forma líquida. Inclusive a sonda Cassini conseguiu
imagens de lagos e mares de metano e, muito provavelmente, de etano também. O
interessante disso é que há vários estudos mostrando que metano e etano
líquidos são propícios para desenvolvimento de vida. Uma vida bem diferente da
que estamos acostumados, que tem a água como meio de desenvolvimento.
Essas condições fazem de Titã um bom candidato a possuir
vida, mas com uma temperatura da ordem de -175 graus Celsius não dá para
esperar nenhuma estrutura complexa. As similaridades com o ambiente terrestre
antigo e a existência de um meio aquoso, como os lagos de metano, fazem de Titã
um alvo muito interessante para a astrobiologia.
Por isso a NASA escolheu a missão Dragonfly em uma
concorrência acirrada que se encerrou nesta quinta. A Drangonfly deve custar
algo em torno de 1 bilhão de dólares, o valor de missões da classe Novas
Fronteiras. Missões anteriores da mesma classe foram a New Horizons que visitou
Júpiter a caminho de Plutão e a Osiris-REx que está atualmente em órbita do
asteroide Bennu, mas que deve voltar à Terra com uma amostra dele.
A missão é muito interessante também do ponto de vista
operacional, não apenas científico, pois a Dragonfly vai literalmente voar.
A sonda será na verdade um quadrucóptero, ou seja, um
drone autônomo com 4 rotores. O drone irá chegar protegido por um escudo
térmico, desacelerar por meio de paraquedas até ser lançado em sua atmosfera. É
isso mesmo, o drone nem sequer chegará a pousar para começar sua missão. Voando
desde a separação do módulo de entrada, o drone irá procurar um local propício
para pouso.
A missão deve durar dois anos e meio, pelo menos, e deve
cobrir centenas de quilômetros da superfície de Titã. Cada voo da Dragonfly
terá autonomia de até 8 km. A ideia é decolar, procurar um local adequado e
interessante cientificamente e pousar para estuda-lo. Não achou nada
interessante? Volta para o ponto anterior e depois decola em outra direção.
A Dragonfly derrotou a missão CAESAR que propunha pousar no
núcleo do cometa Churyumov-Gerasimenko, o mesmo visitado pela sonda Rosetta e o
módulo de pouso Philae da agência espacial europeia ESA em 2014, para trazer
uma amostra dele para estudos na Terra. Se tudo der certo, a Dragonfly deve ser
lançada em 2026.
Fonte: Site “G1” do globo.com - 28/06/2019
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