Astrônomos Descobrem Uma Misteriosa “Ponte Intergaláctica” Gigante
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada hoje (18/06) no site
português “ZAP.aeiou” destacando que uma Equipe Internacional de Astrônomos descobriram uma misteriosa "Ponte Intergaláctica Gigante".
Duda Falcão
Notícias - Ciência
& Saúde - Destaque
Astrónomos Descobrem Uma Misteriosa
“Ponte Intergaláctica” Gigante
Por ZAP
ZAP.aeiou
18 de
Junho de 2019
Fonte: INAF
Uma equipa internacional de astrónomos descobriu uma
“ponte intergaláctica”, uma misteriosa corrente de ondas de rádio que abrange
dez milhões de anos-luz e conecta dois aglomerados de galáxias que estão em
processo de colisão lenta.
No Universo, a matéria é distribuída na forma de uma
“teia cósmica”, que consiste de estruturas filamentosas cujas interseções
formam concentrações colossais de milhares de galáxias chamadas aglomerados.
Os investigadores, liderados por Federica Govoni,
do Instituto Nacional de Astrofísica de Cagliari, em Itália, estudaram dois
grupos denominados Abell 0399 e Abell 0401, usando a rede de radiotelescópios
LoFar.
Os aglomerados de galáxias são os maiores objetos ligados
gravitacionalmente no universo. Estes aumentam lentamente em massa, capturando
gás nas proximidades e fundindo-se com outros aglomerados. Estão em pontos
cruciais da distribuição de matéria no universo.
Observações anteriores descobriram um filamento que
ligava as enormes concentrações de galáxias. O novo estudo, publicado na
revista Science, determinou pela primeira vez que este filamento
tem um campo magnético.
Os dois aglomerados localizam-se a cerca de 330 milhões
de anos-luz da Terra. Um filamento de gás que conecta os dois aglomerados
contém partículas carregadas eletricamente aceleradas, emitindo radiação
sincrotrão e produzindo um sinal de rádio caracteristicamente difuso (muitas
vezes chamado de halo). Os próprios aglomerados de galáxias possuem esses
halos.
“Normalmente observamos esse mecanismo de emissão em ação
em galáxias individuaise até mesmo em aglomerados de galáxias, mas
nunca antes foi observada uma emissão de rádio a conectar dois desses
sistemas”, explicou Matteo Murgia, do Instituto Nacional de Astrofísica,
em comunicado.
“A presença desse filamento despertou a nossa curiosidade
e levou-nos a investigar se o campo magnético poderia estender-se além do
centro dos aglomerados, permeando o filamento da matéria que os conecta. Com
grande satisfação, a imagem obtida com o radiotelescópio LOFAR confirmou
a nossa intuição, mostrando o que pode ser definido como uma espécie de
“aurora” em escalas cósmicas”, continuou Govoni.
Agora, o objetivo é entender “se esse filamento
magnetizador é um fenómeno comum na rede cósmica”.
Fonte: Site ZAP.aeiou - https://zap.aeiou.pt
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