Agência Espacial Europeia Prepara Nova Missão Para Pesquisar Cometas
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada ontem (21/06) no site
“G1” do globo.com, destacando que Agência
Espacial Europeia (ESA) está preparando nova missão para pesquisar cometas.
Duda Falcão
CIÊNCIA E SAÚDE
Blog do Cássio Barbosa
Agência Espacial Europeia Prepara Nova Missão Para
Pesquisar Cometas
Ideia é fazer desde o desenho da nave até o lançamento,
programado para ocorrer em 8 anos.
Por Cassio Barbosa, G1
21/06/2019 06h00
Atualizado há um dia
Foto: ESA
Núcleo do cometa Halley visto pela sonda Giotto.
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A Agência
Espacial Europeia (ESA) está preparando uma missão para pesquisar
cometas em uma nova classe de missões, a classe F. Qual o cometa vai ser
estudado? Não sei. Ninguém sabe, o cometa ainda vai ser descoberto.
Confuso? Só parece, olha só.
A ideia da ESA é montar uma missão completa, desde o
desenho da nave, até o seu lançamento em 8 anos. Daí vem a classe F, de rápida
em inglês. A sonda, ou as sondas dependendo do caso, não devem passar de uma
tonelada de massa, para aproveitar um lançamento já programado de outra missão.
A sonda vai ser colocada em órbita da Terra, numa posição especial chamada
"L2", ou o segundo ponto Lagrangeano do sistema Terra-Sol.
O ponto L2 fica em oposição ao Sol, ou "atrás"
da Terra se você estiver na posição do Sol olhando para o nosso planeta. Esse
ponto está a 1,5 milhões de km da Terra, umas 5 vezes a distância Terra-Lua, e
é especial porque nele as forças gravitacionais do Sol e da Terra e a força
centrípeta da órbita se equilibram. Assim, um corpo colocado nesse ponto tende
a permanecer estável e se for preciso removê-lo de lá não será preciso grandes
somas de energia. Uma vez lançada, a sonda será estacionada no ponto L2 à
espera de um cometa para chamar de seu.
E aí que a coisa tem ares de ficção científica.
A ideia por trás do projeto é usar o interceptador de
cometas em um cometa primitivo, um que nunca tenha passado pelo Sistema Solar
ainda. Esses cometas são originários da Nuvem de Oort, por exemplo, e fazem
apenas uma passagem pelas proximidades do Sol. São os chamados cometas de longo
período, bem mais longos que 200 anos.
Foto: ESA
Núcleo do cometa Churyumov-Gerasimenko visto pela Rosetta.
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A ESA tem um bom histórico de missões cometárias, como a
sonda Giotto que visitou o cometa Halley em 1986 e a inesquecível Rosetta que
orbitou o cometa Churiumov-Gerasimenko por mais de 1 ano lançando o módulo de pouso
Philae. Nestes dois casos os cometas são de curto período, o Halley com uns 76
anos e o Chury tem 6,5 anos de período. Isso significa que eles já passaram
incontáveis vezes pelas proximidades do Sol, o que altera as características
originais do material cometário, por meio da ação do vento solar e
principalmente pela ação dos raios ultravioleta.
Um cometa primitivo, desses advindos da Nuvem de Oort,
vai passar pelo Sistema Solar interior pela primeira vez e o material em seu
núcleo é praticamente o mesmo desde sua formação, lá nos primórdios do Sistema
Solar há 5 bilhões de anos. O alvo da missão da ESA, então, nem foi descoberto
ainda. Cometas dessa categoria são descobertos de vez em quando, mas por causa
da sua origem, passam uma única vez pelo Sistema Solar em milênios. Na maioria
dos casos até acabam mergulhando no Sol e evaporam.
Então a missão pretende jogar a sonda no ponto L2 e para
aguardar a descoberta de um cometa dessa categoria. Depois de estudar sua
órbita, a sonda parte do ponto de espera para interceptar seu alvo. Espera-se
que o lançamento seja em 2028, pegando carona na missão para estudo de
Exoplanetas Ariel e congrega vários países, não só da União Europeia, mas
também EUA, Canadá, Índia e vários outros. Brasil não...
Encontrar um cometa assim não é problema, atualmente o
projeto PAN-STARRS é o mais prolífico descobridor de cometas em sua missão de
monitorar os céus para mapear os asteroides perigosos. Até o lançamento da
sonda, estará em operação o LSST, um telescópio de 8,4 metros de diâmetro que
pretende mapear o céu todo (a parte vista do Chile) a cada 5 dias, produzindo
15 terabytes de dados toda noite! Espera-se que em seus 10 anos de operação, o
LSST descubra vários milhões de objetos como cometas e asteroides no Sistema
Solar.
Outro aspecto legal desse tipo de missão é poder estudar
visitantes interplanetários eventuais. Lembra do caso do Oumuamua,
aquele asteroide que veio de fora do Sistema Solar? Pois então, muita
gente se questionou se não daria para montar uma missão às pressas nem que
fosse apenas para fotografa-lo de perto. Não dava. Com a missão de
interceptação de cometas funcionando como a ESA quer daria. Bastaria ter o alvo
escolhido e mandar tirar a sonda o ponto L2.
Ah, o ponto L2 não é exatamente um ponto. Em outras
palavras, é uma região do espaço que cabem várias naves. Seria possível manter
um verdadeiro estacionamento de sondas leves assim, prontas para a ação. Não é
demais?
Fonte: Site “G1” do globo.com - 21/06/2019
Comentário: Veja como são as coisas leitor. Não é que
essa ideia de posicionar sondas espaciais em standby nesses pontos Lagrangeano
do sistema Solar já havia sido levantada pelo nosso Blog desde as primeiras
noticias que surgiram na mídia sobre o misterioso objeto interestelar Oumuamua?
Pois então leitor, parece que alguém mais na ESA teve a mesma ideia, rsrsrsrsrsrsrs
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