Sonda Europeia Mars Express Verificará Declarações da NASA Sobre Vestígio de Vida em Marte
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia publicada hoje (24/06) no site
do Sputnik News Brasil destacando que Sonda Europeia Mars Express verificará declarações
da NASA sobre Vestígio de Vida em Marte.
Duda Falcão
CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Sonda Europeia Verificará Declarações da NASA Sobre
Vestígio de Vida em Marte
Sputnik News Brasil
24/06/2019 - 08:07
CC0 / Pixabay
A sonda Mars Express estava observando a cratera de Gale
quando ocorreu uma nova liberação de metano no seu território. Cientistas estão
analisando dados na esperança de confirmar que a onda de metano em Marte é
real.
Nos últimos anos, geólogos, astrobiólogos e outros
especialistas têm discutido ativamente a existência de reservas orgânicas ou
microbianas nas camadas próximas à superfície do solo marciano, em que há água
em estado líquido, onde os raios cósmicos dificilmente penetram e onde ela é
relativamente quente.
Quando o rover Curiosity analisou a composição do ar e do solo em
Marte em 2012 e 2013, cientistas não conseguiram encontrar nenhum vestígio de
metano. No entanto, apenas alguns meses depois, os sensores do rover
registraram várias explosões na concentração de metano.
"O dispositivo PFS [Espectrômetro Planetário
de Fourier] realizou observações regulares pela cratera de Gale no mesmo dia em
que o Curiosity registou um novo pico de metano. Agora a equipe do PFS está
analisando os dados, e estamos muito interessados em saber se ele viu metano",
afirmou Dmitry Titov, diretor científico da missão à Sputnik.
Há um ano, após longos argumentos e repetidos testes
relacionados à contaminação do laboratório químico do rover de Marte, o aparelho da NASA confirmou suas medições iniciais e fez uma
descoberta impressionante ao descobrir um organismo "antigo" nas espessas rochas
sedimentares no fundo de um lago seco.
As observações foram recentemente confirmadas por colegas
europeus que trabalham com os dados recolhidos pela sonda Mars Express.
Analisando as medições do dispositivo PFS, que correspondem ao mesmo período em
que o rover Curiosity registrou uma das explosões de metano, astrônomos
confirmaram que a liberação de gás realmente ocorreu, e estimaram sua massa
aproximada.
Conclusão da Missão Russo-Europeia
Ao mesmo tempo, colegas da missão russo-europeia ExoMars
Trace Gas Orbiter chegaram a uma conclusão diferente: nem o dispositivo russo
ACS, nem o europeu NOMAD conseguiram encontrar qualquer vestígio de metano na
atmosfera de Marte em seis meses de observação. Estas diferenças tornaram o
mistério do "metano marciano" ainda mais interessante.
Recentemente, astrônomos ganharam a oportunidade
única de verificar todas estas afirmações. Nesse fim de semana, a equipe do
rover Curiosity anunciou a descoberta de uma nova e poderosa emissão de metano,
a uma escala ainda maior do que a acontecida em junho de 2013.
Em contraste com a penúltima explosão, que Mars Express
não conseguiu checar, cientistas russos e europeus estavam prontos para o
evento e conseguiram recolher todos os dados necessários para verificar as
observações do rover americano.
Origem de Emissões
Como salientado por cientistas europeus e americanos,
mesmo que estas medições confirmem que as explosões foram reais, a sua
descoberta não significa necessariamente que estas emissões tenham dado origem
a micróbios marcianos.
Eles poderiam ser produzidos tanto por processos
geoquímicos "inanimados" quanto pelo derretimento dos chamados
clatratos, depósitos congelados de metano. Estes depósitos podem derreter ou
mesmo explodir durante o verão marciano e liberar grandes quantidades de gás na
atmosfera.
Essa natureza "periódica" de liberação de
metano, segundo cientistas, explica por que o rover Curiosity passou tanto
tempo sem conseguir registrar vestígios na atmosfera marciana, por que sua
quantidade era anormalmente alta em julho e dezembro de 2013 e por que ExoMars
Trace Gas Orbiter não encontrou nenhum vestígio de metano.
"Em abril, a equipe científica do dispositivo
publicou um artigo no qual afirmava que, há alguns anos, o PFS registrou um
pico com o rover. Veremos o que vai acontecer agora", concluiu Dmitry
Titov.
Fonte: Site Sputniknews Brasil - http://br.sputniknews.com
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