Astrônomos Poderiam Desvendar Mistério de Pirâmide em Planeta Anão
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia publicada hoje (13/06) no site
do Sputnik News Brasil destacando que Astrônomos poderiam desvendar Mistério de Pirâmide em Planeta Anão.
Duda Falcão
CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Astrônomos Poderiam Desvendar Mistério de Pirâmide em Planeta Anão
Sputnik News Brasil
13/06/2019 - 09:32
Atualizado 13/06/2019 – 09:38
© Foto: NASA/JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA
Anteriormente, a sonda Dawn da NASA captou as primeiras
imagens do planeta anão Ceres, revelando pontos brilhantes refletivos na
cratera de Okkator, além de vestígios de uma espessa "salmoura" e a
pirâmide incomum Ahuna Mons, de quatro quilômetros de altura.
A misteriosa pirâmide que se ergue sobre a superfície do
planeta anão Ceres, localizado no cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter,
revelou ser não somente um vulcão de gelo extinto, como seu primo de “lama” com
uma história incomum, afirma uma equipe de cientistas em seu artigo publicado
na revista Nature Geoscience.
"Em um determinado momento, nas profundezas de
Ceres, sob a montanha de Ahuna, se formou uma espécie de 'bolha', consistindo
de salmoura, argila e diversas rochas. As rochas nesta região do planeta não
eram sólidas, mas móveis e líquidas. Sendo assim, isso subiu à superfície,
congelou e formou um vulcão de lama gigante", afirmou Wladimir Neumann, da
Universidade de Munster, na Alemanha.
As primeiras imagens de Ceres foram captadas pela sonda
Dawn da NASA, que foi enviada ao planeta anão de 940 quilômetros de diâmetro em
2015.
Esse planeta anão, predominantemente composto por
silicatos e gelo de água, revelou uma visão incomum de misteriosos pontos
brancos refletivos na cratera de Okkator, vestígios de uma espessa
"salmoura" e a estrutura incomum em forma de pirâmide de Ahuna Mons,
com aproximadamente quatro quilômetros de altura.
Posteriormente, os cientistas descobriram que Ahuna Mons
era um antigo e já “extinto” criovulcão e as manchas brancas eram a fonte da
atmosfera temporária de Ceres, que consistia de vapor de água.
Além disso, em outros pontos do planeta foram encontrados
depósitos de gelo "puro", indicando que a superfície de Ceres está em
constante regeneração, já que o gelo deveria ter evaporado no espaço há muito
tempo.
Com essas descobertas, alguns cientistas sugeriram que as
profundezas de Ceres poderiam esconder um oceano subglacial, congelado ou ainda
existente, cheio de uma espécie de "salmoura" ou água aquecida por
uma fonte ainda desconhecida.
Dessa forma, os cientistas passaram a debater sobre a
razão para o vulcão de Ceres ainda não se ter "autodispersado" pela
superfície.
Dados da sonda revelaram uma anomalia gravitacional
bastante grande sob Ahuna Mons, determinando que a estrutura subsuperficial
inclui uma elevação regional do manto, interpretada como uma pluma, o que
explicaria os mistérios do planeta.
A julgar pela forma da anomalia, ela surgiu como
resultado de que parte do manto, composto de gelo e rochas, "se
separou", derreteu e começou a subir até à superfície de Ceres.
Esse fenômeno é semelhante ao que acontece frequentemente
nas profundezas da Terra, quando nelas se formam plumas, com fluxos verticais
de lava quente subindo rapidamente à superfície.
Sendo assim, seu papel foi desempenhado por uma mistura
de água, argila e rochas, derretidas pelo calor do núcleo de Ceres.
Grande parte da "bolha de lama" congelou antes
de chegar à superfície, sendo que a parte mais leve e quente chegou até ela,
formando a Ahuna Mons.
Os cientistas acreditam que um vulcão de argila possa
surgir em Ceres no futuro, considerando que recentemente já houve um no planeta
anão.
Fonte: Site Sputniknews Brasil - http://br.sputniknews.com
Comentário: Pois é leitor, continuo achando esse planeta-anão
Ceres um tremendo e grande desafio/alvo para a Comunidade Astronômica Brasileira
que, de forma solo, ou em parceria com outro ou outros países (minha sugestão seria
em uma parceria tripartite com a Argentina e o Chile) poderia desenvolver uma missão
espacial para este fascinante e misterioso planeta-anão. Seria uma missão que
colocaria a América do Sul em pauta a nível mundial. Vale dizer que tendo a Comunidade
Astronômica Brasileira e o seu Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA) atingido
o nível de desenvolvimento que atingiu nos últimos anos, aliado a um
desenvolvimento semelhante alcançado pelas Comunidades Astronômicas desses dois
países, não só este é um objetivo possível, como também seria muito
interessante científica e tecnologicamente falando para esses três países e seus
pesquisadores.
Comentários
Postar um comentário