Agora, a Corrida Espacial é Privada e Multinacional: O Que Podemos Esperar?
Olá leitor!
Segue abaixo um interessante artigo notícia postado dia (08/06)
no site “Olhar Digital” tendo como destaque a nova corrida espacial privada e
multinacional.
Duda Falcão
ESPAÇO
Agora, a Corrida Espacial é Privada e Multinacional: O Que
Podemos Esperar?
Na minha opinião, as evoluções tecnológicas estão em
velocidade exponencial e não tendem a diminuir o seu ritmo.
Por Wagner Sanches*
08/06/2019 - 10h00
“Em 20 de julho de 1969, sob os olhares de mais de um
bilhão de pessoas, o astronauta americano Neil Armstrong pisou pela primeira
vez na Lua”. Esta manchete de jornal destaca um dos maiores feitos tecnológicos
da humanidade e está completando 50 anos. A primeira pegada humana lunar
desacelerou uma competição entre americanos e russos que nos deixou um legado
de muitas descobertas tecnológicas que usamos até hoje, pois se transformaram
em produtos e serviços muito úteis.
Dentre várias facilidades, podemos citar: detecção de
doenças cardiovasculares, tomografia computadorizada, ferramentas sem fio,
filtros de água, isolamento térmico, câmeras de celular, joysticks,
estabilização de vídeos, pasta de dente comestível, telecomunicações por
satélite, papinha de bebês, navegação por satélite, grooving em pistas de
aeroporto, capacete, parapentes, kits para aferição da pressão sanguínea e até
óculos de sol.
Todas estas praticidades foram frutos de uma corrida
entre duas nações objetivando mostrar ao mundo quem era a mais poderosa na
época. Deixando de lado todas as questões políticas e ideológicas, ficamos com
um grande legado tecnológico para que pudéssemos desenvolver soluções incríveis
para ajudar pessoas e empresas. Faz 50 anos que usufruímos de descobertas
provenientes da corrida espacial entre americanos e russos.
E na atual corrida espacial? Por quanto tempo iremos
consumir as pesquisas realizadas atualmente? Por mais 50 anos? Por mais 5 anos?
Qual o legado que será deixado?
Na minha opinião, as evoluções tecnológicas estão em
velocidade exponencial e não tendem a diminuir o seu ritmo. Mas uma coisa
podemos afirmar: as inovações nunca mais vão acontecer de forma tão lenta como
hoje.
Mas, voltando à atual corrida espacial, temos um cenário
diferente em relação aquele da década de 60. O momento nos leva a ter uma visão
de futuro muito mais disruptiva que há 50 anos. As diferenças começam pela
quantidade de países na atual corrida, pois temos pelo menos três vezes mais
nações envolvidas. Além dos EUA e da Rússia, temos Índia, Japão, China, Israel.
Unindo-se ou competindo com estes países, encontramos
inúmeras empresas buscando este mercado que se mostra muito promissor. À frente
destas organizações, estão bilionários do setor de tecnologia, tais como: Bill
Gates (Microsoft), Mark Zuckerberg (Facebook), Larry Page (Google), Sergey Brin
(Google), Eric Schmidt (Google) e Richard Branson (Virgin) que juntos somam um
patrimônio líquido de mais de US$ 500 bilhões de dólares em investimentos na
indústria espacial. Com este cenário, arrisco-me a concluir que as nossas
evoluções tecnológicas vão acelerar ainda mais!
Imagine que você já pode fazer uma reserva em um hotel de
luxo que ficará na órbita terrestre baixa (LEO). Para tanto, bastará investir
US$ 9,5 milhões e você terá direito a 12 diárias. Você poderá contemplar 288
pores do sol, pois a cada 24 horas o hotel dará em média 16 voltas na Terra.
Porém, antes de desfrutar de tudo isto, é preciso entrar na lista vip dos
primeiros hóspedes - isto irá custar US$ 80 mil para fazer a reserva, mas vale
ressaltar que o valor é reembolsável, caso algum imprevisto ocorra. Mais
informações em: https://www.orionspan.com/
Outro exemplo interessante desta nova corrida espacial é
o caso da empresa Blue Origin do bilionário Jeff Bezos, CEO da Amazon.com. Ele
afirma categoricamente que irá levar civis para um passeio no espaço ainda em
2019, quem sabe no dia 20 de julho? ( https://www.blueorigin.com/).
Um pouco mais mórbido, temos o caso da empresa Elysium
Space, que oferece a opção de transportar um grama das cinzas do seu ente
querido para descansar em paz na Lua em uma caixa de metal, com direito a uma
mensagem gravada, tudo isto por cerca de US$ 12.000,00 ( http://elysiumspace.com/ ).
As pesquisas avançam fortemente em todas as áreas,
incluindo a Medicina. A empresa Techshot está enviando células-troncos para a
Estação Espacial Internacional com o objetivo de entender o comportamento de
nossas células no espaço sem gravidade, bem como avançar com os estudos de
criação de órgão a partir de embriões. Até porque em uma possível colonização
espacial não vamos ter tanto doadores disponíveis por lá ( https://techshot.com/).
A atual corrida espacial é multinacional e também
privada! Somente nos últimos meses, 22 novas empresas voltadas para o turismo
espacial se instalaram no Kennedy Space Center, todas elas investindo
fortemente em tecnologias exponenciais e espaciais.
Além da glória de vencer esta corrida espacial, alguns
investidores justificam seus investimentos em uma causa maior que é a
sobrevivência da raça humana. Dizem que precisamos encontrar novos habitats
extraterrestres, pois o atual sistema que nos mantém vivos entrará em colapso,
em algum momento, por conta do aumento populacional e pelos danos ao meio
ambiente que causamos dia a dia, ou seja, precisamos deixar as nossas pegadas
em outro planeta ou mudar radicalmente os nossos costumes para que possamos
sobreviver por mais 50 anos.
* Prof. Dr. Wagner Sanchez é Diretor Acadêmico da FIAP,
doutor em Engenharia Biomédica, Psicopedagogo e Pós-graduado em Engenharia de
Software. Possui mais de vinte anos de experiência em consultoria e docência
nas áreas de Tecnologia, Educação e Inovação.
Fonte: Site Olhar Digital - https://olhardigital.com.br
Comentário: “Na minha opinião, as evoluções tecnológicas
estão em velocidade exponencial e não tendem a diminuir o seu ritmo”, disse em seu artigo o Prof. Wagner Sanchez e eu concordo em gênero, número e grau.
Justamente por isso a minha preocupação com a velocidade e os rumos que estão dando
ao PEB e a sua agencia espacial desprestigiada, cada vez mais engessada e sem qualquer
força politica. Estamos em um caminho que trará consequenciais ainda mais
danosas ao já cambaleante e desprestigiado Programa Espacial. Ou se muda a visão
e as atitudes passam a ser eficientes e verdadeiramente antenadas ao que está
acontecendo, ou ficaremos fora desta grande fronteira dizendo amém até para países
com menos potencial que o nosso, fora a questão política que poderá complicar
as nossas pretensões e negociações futuras. O mundo caminha para o espaço e vocês
precisam entender que só se estabelece quem tem competência e comprometimento,
ponto.
Comentários
Postar um comentário