Japonesa JAXA Quer Enviar Primeiro Rover à Lua Marciana Fobos
Olá leitor!
Segue uma notícia postada ontem (20/06) no site “Canaltech” destacando que a Agência
Espacial Japonesa (JAXA) quer enviar primeiro rover à lua marciana Fobos.
Duda Falcão
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Japonesa JAXA Quer Enviar Primeiro Rover à Lua Marciana
Fobos
Por Patrícia Gnipper
Canaltech
Fonte: New Scientist
20 de Junho de 2019 às 18h00
A agência espacial japonesa JAXA está pensando em visitar
as luas marcianas Phobos (ou Fobos, em português) e Deimos — algo que
aconteceria pela primeira vez na história. Ambas já foram sobrevoadas por
sondas orbitais e fotografadas, mas nunca uma missão pousou por lá.
A missão se chama Martian Moons eXploration (MMX), deverá
ser lançada em 2024 e, na verdade, levará consigo um orbitador e um rover.
Então, a agência espacial ainda precisa escolher qual das duas luas gêmeas
receberá o explorador robótico. É provável que a lua escolhida seja Phobos, por
ser maior e ter uma atração gravitacional mais intensa. De qualquer maneira, a
nave orbital da missão estudará ambas.
O plano é entrar na órbita de Marte em 2025, para depois
fazer o pouso e colher amostras da lua escolhida, trazendo o material à Terra
em 2029. O rover será construído em parceria com agências espaciais da Alemanha
e da França.
Com a missão, a ideia é entender melhor como foi que
Fobos se formou. Duas teorias principais são aceitas hoje em dia: ou Fobos foi
criada quando um impactador atingiu o Planeta Vermelho, ou a lua poderia ser um
asteroide capturado pela força gravitacional do planeta. É que, ao fazer uma
espectroscopia, é possível ver que o satélite natural é recoberto por material
semelhante à condrita carbonosa de um asteroide. Ainda, seu formato que lembra
uma batata é condizente com alguns asteroides conhecidos. Contudo, detalhes da
órbita de Fobos são tão peculiares que seria praticamente impossível que o
objeto tenha vindo do Cinturão de Asteroides.
(Foto: NASA)
A lua Fobos. |
Então, "um rover poderia testar as rochas e nos
dizer de que a superfície é feita; se tem minerais que são semelhantes à crosta
marciana, ou se tem minerais mais próximos de condritos carbonáceos", explica
Tim Glotch da Stony Brook University nos Estados Unidos. Além disso, estudar
Fobos também é importante para os planos de a humanidade chegar a Marte:
"Em alguns dos planos em potencial de enviar humanos a Marte, Phobos é uma
estação de caminho. Se ela acabar sendo rica em voláteis, significa que
poderíamos extrair água para combustível, o que poderia potencialmente suportar
expedições humanas a Marte", diz Glotch.
Fonte: Site Canaltech - https://canaltech.com.br
Comentário: Pois é, simplesmente maravilhoso e que foto fantástica essa de Fobos, né verdade?. Note leitor duas coisas importantes nesta missão, ou seja, o ineditismo da iniciativa japonesa
(ninguém pensou nisso ainda) e a decisão em fazê-la em cooperação com os dois países
lideres da ESA (Alemanha e França), países estes com grande experiência em missões
com sondas espaciais de espaço profundo. Pois então leitor, fico aqui me perguntando
se a Comunidade Astronômica Brasileira, principalmente com o grande desenvolvimento
alcançado na UNESP na área de trajetória espacial, e em outras universidades brasileiras
como a USP, neste caso em outras áreas necessárias a uma missão como esta,
aliado ao desenvolvimento robótico já alcançado no país, não poderíamos em parceria
com parceiros sul-americanos (Argentina e Chile por exemplo) desenvolver uma missão
semelhante (orbital/rover) para ser enviada ao Planeta-Anão Ceres? Imagine leitor se fossemos
os primeiros a conseguir pousar um rover na cratera onde se encontra aquelas
anomalias brancas que se acredita atualmente sejam formadas por sal? Imaginem o
impacto disto em nível, científico, tecnológico e geo-politico para toda a América
Latina e especialmente para os países envolvidos? Duda você tá louco? Não,
estou sim dando um verdadeiro desafio e um verdadeiro proposito aos grupos astronômicos
e de outras áreas já existentes no país capazes de desenvolver uma missão como
essa de forma solo ou em parceria. Fazer um veículo lançador de satélites deixou
de ser um desafio para comunidade espacial brasileira há muito tempo, pois hoje
é só uma questão de decisão política e de atitude (não mais um desfio tecnológico), seja
do governo ou mesmo da iniciativa privada, porém uma missão como esta é sem
dúvida nenhuma um desafio espetacular em todos os sentidos, desafio este que nos
levaria a um patamar cientifico e tecnológico de grande respeitabilidade
internacional. E antes que me esqueça, parabéns aos japoneses pela iniciativa.
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