'Robô Centopeia' Desenvolvido Por Pesquisadores do 'Instituto de Tecnologia da Geórgia (EUA)', Poderá Futuramente Ajudar Astronautas a Plantar no Espaço
Olá leitores e leitoras do BS!
Pois então, segue uma interessantíssima notícia postada
dia (09/05)
no site ‘Olhar Digital’ destacando que
Robô Centopeia desenvolvido por
pesquisadores do Instituto de Tecnologia
da Geórgia (EUA),
poderá ajudar astronautas no futuro a plantar
no espaço.
Saibam mais pela matéria abaixo.
Brazilian Space
CIÊNCIA E ESPAÇO
Robô Centopeia Pode Plantar no Espaço; Confira
Capaz de atravessar terrenos complexos e acidentados,
robô com muitas pernas pode ajudar humanos em diversas áreas; entenda
Por Pedro Borges Spadoni
Editado por Lucas Soares
09/05/2023 - 10h54
Atualizada em 09/05/2023 - 11h13
Fonte: Com informações de Instituto de Tecnologia da Geórgia
Via: Website Olhar Digital - https://olhardigital.com.br
(Imagem: Instituto de Tecnologia da Geórgia)
Centopéias apressadas inspiram cientistas a criarem robô com muitas pernas, capazes de atravessar paisagens complexas e acidentadas. |
Físicos, engenheiros e matemáticos do Instituto de
Tecnologia da Geórgia (EUA) estavam intrigados para ver se muitos membros – como
se observa em centopeias – poderiam ser úteis para locomoção no “mundo humano”.
Equipe, então, desenvolveu nova teoria de locomoção de várias pernas e criou
modelos robóticos assim. Ou seja, eles criaram versões de robô
centopeia.
Com isso, pesquisadores descobriram que robô com pernas
redundantes consegue se mover por superfícies irregulares sem precisar de
detectores nem tecnologia de controle adicionais. É o que sua nova teoria já
previa.
“Quando você vê uma centopéia correndo, você
está observando um animal que habita um mundo muito diferente do nosso de
movimento. Nosso movimento é amplamente dominado pela inércia. Mas no mundo das
centopéias, se elas pararem de mexer partes e membros do corpo, param de se
mover instantaneamente.”
Daniel Goldman,
professor da Faculdade de Física do Instituto de Tecnologia da Geórgia
O robô centopeia pode se mover em terrenos complexos e
acidentados. E há potencial para usá-los na agricultura, exploração espacial e
até busca e resgate. Pesquisadores apresentaram seus trabalhos em artigos
publicados em revistas científicas – entre elas, a Science.
Robô Centopeia
(Imagem: Alexas_Fotos/Pixabay)
Centopeias se movem de maneira completamente diferente dos humanos – o que serviu de inspiração para cientistas. |
Para artigo da Science, pesquisadores se inspiraram na
teoria da comunicação do matemático Claude Shannon, que demonstra como
transmitir sinais de forma confiável à distância. Isso serviu para entenderem
por que um robô de várias pernas teve tanto sucesso na locomoção. A teoria da
comunicação sugere que uma maneira de garantir que uma mensagem chegue do ponto
A ao ponto B é dividi-la em unidades digitais discretas e repetir essas
unidades com um código apropriado.
“Fomos inspirados por essa teoria e tentamos ver se a
redundância poderia ser útil no transporte de matéria”, disse Baxi Chong,
pesquisador de pós-doutorado em física. “Então, começamos este projeto para ver
o que aconteceria se tivéssemos mais pernas no robô: quatro, seis, oito pernas
e até 16 pernas”, acrescentou.
Uma equipe liderada por Chong desenvolveu uma teoria que
propõe que adicionar pares de pernas ao robô aumenta sua capacidade de se mover
de forma robusta em superfícies desafiadoras. Eles chamaram esse conceito de
redundância espacial. Essa redundância faz com que as pernas do robô tenham
sucesso por conta própria, sem a necessidade de sensores para interpretar o
ambiente.
É assim: se uma perna vacila, a abundância de pernas
mantém movimento independentemente. Com efeito, o robô torna-se um sistema
confiável para transportar a si mesmo e até mesmo uma carga de A para B em
paisagens difíceis ou “ruidosas”.
“Com um robô bípede avançado, normalmente
são necessários muitos sensores para controlá-lo em tempo real. Mas em
aplicações como busca e salvamento, exploração de Marte ou mesmo micro robôs, é
necessário dirigir um robô com detecção limitada. Existem muitas razões para
essa iniciativa sem sensor. Os sensores podem ser caros e frágeis, ou os
ambientes podem mudar tão rápido que não permitem tempo de resposta
sensor-controlador suficiente.”
Baxi Chong, pesquisador de pós-doutorado em
física
Próximos Passos
(Imagem: Instituto de Tecnologia da Geórgia)
Pesquisadores já aplicam suas descobertas na agricultura.
O professor Goldman fundou uma empresa que pretende usar esses robôs para
remover ervas daninhas de terras agrícolas onde herbicidas são ineficazes.
Equipes também querem refinar o robô. Eles sabem por que
a estrutura do robô centopéia é funcional. Mas agora analisam número ideal de
pernas para obter movimento sem detecção de maneira econômica e ainda assim
reter benefícios.
“Neste artigo, perguntamos: ‘Como você prevê o número
mínimo de pernas para realizar essas tarefas?’”, disse Chong. “Atualmente
provamos apenas que existe o número mínimo, mas não sabemos o número exato de
pernas necessárias. Além disso, precisamos entender melhor a troca entre
energia, velocidade, potência e robustez em um sistema tão complexo”, explicou.
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