Segundo Astrônomos, a 'Supergigante Estrela Vermelha Betelgeuse' Voltou a se Comportar de Modo Estranho em 2023

Olá leitores e leitoras do BS!
 
Segue agora uma notícia publicada ontem (23/05) no site ‘Canaltech’, destacando que gigantesca estrela vermelha ‘Betelgeuse’ voltou a se comportar de modo estranho em 2023, chamando a atenção dos astrônomos outra vez. Saibam mais sobre esta história pela matéria abaixo.
 
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Betelgeuse Está Brilhando Muito Mais Que o Normal. Será Que Vai Explodir?
 
Por Daniele Cavalcante
Editado por Patricia Gnipper
23 de Maio de 2023 às 17h27
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
 
Foto: ESO/L. Calçada

A Betelgeuse voltou a se comportar de modo estranho em 2023, chamando a atenção dos astrônomos para si outra vez. Em meados de maio, a estrela tornou- se 142% mais brilhante que o usual, ultrapassando a luminosidade de Achernar, Procyon e Rigel. Agora, todos se perguntam: será que vai finalmente explodir em supernova?
 
Em 2019, as expectativas para a explosão da Betelgeuse vieram devido à perda de boa parte de seu brilho. Na ocasião, diversos estudos tentaram explicar o fenômeno, incluindo até mesmo a hipótese da ação de um buraco negro.
 
Contudo, no ano seguinte, a estrela voltou ao seu brilho normal e os astrônomos descobriram o que havia acontecido: ela perdeu uma parte de sua superfície visível durante uma explosão e produziu uma nuvem espessa de material, que bloqueou parcialmente sua luminosidade. Nessa "brincadeira", a Betelgeuse perdeu massa equivalente a várias luas.
 
(Imagem: Reprodução/NASA/ESA/Elizabeth Wheatley (STScI))
As mudanças no brilho da Betelgeuse após a ejeção de massa em 2019.
 
Segundo astrônomos, a quantidade de massa perdida provavelmente afetou a evolução da estrela e a tornou imprevisível, mas uma explosão de supernova não deve ocorrer tão cedo. A expectativa realista, baseada nos modelos de evolução estelar mais refinados, é que uma supernova ocorra dentro dos próximos 100 mil anos.
 
A Betelgeuse é uma supergigante vermelha com cerca de 8 a 10 milhões de anos — bem jovem, se compararmos com estrelas classe G como o nosso Sol, que podem viver até 10 bilhões de anos. Mesmo assim, Betelgeuse está em seu estágio evolutivo final, fundindo carbono, neon e oxigênio em seu núcleo.
 
Enquanto isso, suas camadas externas variam em tamanho, temperatura e brilho, dentro de ciclos relativamente previsíveis. No entanto, desde abril deste ano suas alterações estiveram além dessas previsões, alterando suas características em intervalos muito menores do que o esperado. O gráfico abaixo descreve seu brilho incomum nesse período, com 142% de seu normal.
 

Parece que as mudanças de “humor” no interior da Betelgeuse estão relacionadas à inevitável explosão em supernova, momento em que ela atingirá um brilho máximo de 10.000.000.000 de sóis antes de se tornar uma estrela de nêutrons. Uma das maneiras de prever a explosão com um pouco de antecedência é por meio de detectores de neutrinos.
 
Sim, as expectativas são grandes, mas a confiança de que nós, que estamos vivos, veremos a explosão é baixa. É bem mais provável que as futuras gerações tenham a sorte de testemunhar este evento espetacular. Mesmo assim, muitos cientistas afirmam: ela pode explodir a qualquer momento, entre hoje e os próximos 100 mil anos.

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