Rússia e Europa Se Unem Para Buscar Agua Congelada na Lua Com a Missão Luna-27
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada ontem (06/02) no site “Canaltech”
destacando que a Rússia e Europa se uniram para buscar Água Congelada
na Lua com a Missão Luna-27.
Duda Falcão
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Rússia e Europa Se Unem Para Buscar Agua Congelada na Lua
Com a Missão Luna-27
Por Fidel Forato
Canaltech
Fonte: ESA
06 de Fevereiro de 2020 às 09h42
Programada para ser lançada em 2025, a missão russa
Luna-27 enviará uma sonda ao polo sul da Lua para investigar mais profundamente
a presença de água congelada na Bacia do Polo Sul-Aitken. Para isso, a agência
espacial russa (Roscosmos) está trabalhando com a agência espacial europeia
(ESA) no desenvolvimento do maquinário — especificamente, uma broca robótica
chamada Prospect, que penetrará o solo lunar em pelo menos um metro de
profundidade em busca dessa água preciosa.
Além da broca lunar, a missão levará um mini-laboratório
espacial com uma variedade de instrumentos científicos para analisar as
amostras coletadas pela broca, com o objetivo geral de investigar o potencial
uso de recursos naturais da Lua e, assim, alavancar a exploração espacial.
Dessa maneira, futuros lançamentos poderão produzir coisas como combustível em
território lunar, sem a necessidade de transportar essa carga daqui da Terra —
o que deixará os lançamentos mais econômicos e, portanto, permitirá uma
quantidade ainda maior de voos em um menor intervalo de tempo. Com isso, a Rússia
considera, a longo prazo, construir uma base tripulada em nosso satélite
natural, o que poderá trazer benefícios tanto científicos, quanto comerciais.
(Imagem: ESA)
De olho na água congelada da Lua, pesquisadores estimam
regiões prováveis onde há maior concentração desta riqueza espacial.
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Impacto de Possíveis Descobertas
Ainda há diversas regiões praticamente inexploradas na
Lua, áreas que podem render importantes descobertas na visão de pesquisadores
espaciais. Responder perguntas como a quantidade de água presente na Lua e sua
acessibilidade ajudarão no planejamento de próximas missões, envolvendo o uso
de recursos locais.
Nesse contexto, "o Prospect permitirá que os
cientistas compreendam melhor o terreno e preparem missões nas quais o solo
lunar possa ser usado para criar
oxigênio ou combustível, por exemplo", explica David Parker, diretor
de exploração humana e robótica da ESA. Esse mesmo equipamento europeu
"faz parte de uma nova onda pioneira de ciência e exploração lunar",
comenta Richard Fisackerly, gerente de projetos do Prospect, após a conclusão
das fases preliminares do desenvolvimento.
Além disso, a Luna-27 também pousará na Lua com o auxílio
de um sistema europeu chamado Pilot, conectado ao sistema de navegação. Seu
funcionamento deve garantir um pouso de alta precisão com prevenção de riscos.
Equipamento Lunar
(Imagem: ESA)
Com broca especial, pesquisadores esperam perfurar solo
lunar em busca de água.
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Para resistir às inóspitas condições lunares, os testes
com o equipamento europeu foram realizados em temperaturas muito baixas,
semelhantes às esperadas no subsolo da Lua — cerca de -150 ° C —, também sob
baixa pressão e com simulador lunar. Nessas condições, a broca foi testada nos
últimos meses para coletar amostras e transferi-las para análise no laboratório
a bordo da missão.
Enquanto os testes de perfuração despedaçavam rochas
congeladas, o laboratório (chamado ProSPA) treinava suas análises com
meteoritos reais, que fizeram o papel de amostras simuladas. O ProSPA contém
equipamentos semelhantes aos encontrados em um laboratório na Terra, e é
especializado no estudo de amostras lunares ou de meteoritos. "A diferença
aqui é que o laboratório é levado para a amostra, e não o contrário",
esclarece Simeon Barber, líder do projeto ProSPA na The Open University, no
Reino Unido. "Adotamos técnicas analíticas de ponta e as agrupamos em um
laboratório miniaturizado automatizado para fornecer aos cientistas e
engenheiros uma ferramenta incrível que eles podem usar para estudar amostras
lunares frescas coletadas pela broca", completa Barber.
O Grande Desafio
O sucesso da missão depende não apenas dos instrumentos
científicos de ponta, mas também do local de pouso. Por isso o sistema Pilot é
tão importante, já que deve evitar que a nave aterrisse em áreas do polo sul
lunar que são iluminadas pelo Sol por cerca de quatro semanas. A ideia é que a
nave pouse em áreas que recebem menos luz solar, onde estima-se haver maior
quantidade de água congelada (como, por exemplo, em regiões com sombra, dentro
de crateras). No momento, as equipes envolvidas com a missão procuram
selecionar um local de pouso ideal, que seja sombreado e cientificamente
atraente para a Luna-27.
Fonte: Site Canaltech -
https://canaltech.com.br
Comentário: Pois é leitor, parece-me que o caminho adotado
pelos russos para viabilizar as suas missões é a parceria internacional, e isto
deve aumentar a eficiência das mesmas. Enfim... tá aí a notícia.
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