Irã Fracassou em Pôr Satélite em Órbita
Olá leitor!
Segue abaixo uma matéria postada ontem (09/02) no site da
revista “ISTOÉ” destacando que fracassou a tentativa iraniana de colocar em órbita
um satélite.
Duda Falcão
TECNOLOGIA & MEIO AMBIENTE
Irã Fracassa em Pôr Satélite em Órbita
Por AFP
09/02/20 - 12h16
Atualizado em 10/02/20 - 00h56
RANIAN DEFENCE MINISTRY/AFP/Arquivos
Foto distribuída pelo Ministério da Defesa iraniano de
foguete com satélite, em 27 de julho de 2017.
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O Irã lançou neste domingo um satélite no espaço “com
sucesso”, mas não conseguiu colocá-lo em órbita, em um revés por seu programa
espacial que os Estados Unidos acusam de encobrir o desenvolvimento de seus
mísseis.
“O Simorgh (foguete) lançou com sucesso o satélite Zafar
no espaço, mas o lançador não atingiu velocidade suficiente para colocar o
satélite na órbita desejada”, disse Ahmad Hoseini, porta-voz do Ministério da
Defesa, segundo uma fonte de televisão.
O ministro iraniano de telecomunicações Mohamad Javad
Azari Jahromi admitiu no Twitter que o lançamento “falhou”.
“Mas somos IMPARÁVEIS! Temos outros grandes satélites
iranianos por vir!”, acrescentou.
O satélite foi lançado às 19h15 (horário local, 12h45
horário de Brasília) e cumpria os planejados “90% de sua trajetória”, com 540
km de altura, disse Hoseini.
“Com a ajuda de Deus e as melhorias que faremos nos próximos
lançamentos, essa parte da missão também se desenvolverá bem”, disse .
“Atingimos a maioria dos objetivos que tínhamos e
adquirimos dados e, em um futuro próximo, analisando esses dados,
prosseguiremos para as próximas etapas”, afirmou Hoseini.
– Provocação –
Esse lançamento, que os Estados Unidos chamaram de
“provocação”, ocorreu em um contexto de tensões entre Teerã e Washington,
depois que os Estados Unidos se retiraram unilateralmente de um acordo sobre o
programa nuclear iraniano em maio de 2018, e restabeleceram uma série de
sanções contra a República Islâmica.
Os Estados Unidos acusam o Irã de violar a resolução 2231
do Conselho de Segurança da ONU, que determina que “não se realize nenhuma
atividade ligada a mísseis balísticos projetados para transportar cargas
nucleares, o que inclui disparos de projéteis que utilizam a tecnologia desses
mísseis”.
O programa de satélites da República Islâmica preocupa os
ocidentais, mas o chefe da agência espacial nacional, Morteza Berari, afirmou
que o Irã defende o “uso pacífico do espaço”.
“Todas as nossas atividades no campo espacial são
transparentes”, afirmou.
O satélite lançado pesava 113 quilos e deveria ser capaz
de fazer 15 voltas completas por dia em torno da Terra. Ele deveria ser
colocado em órbita a 530 km da Terra pelo lançador Simorgh, que não conseguiu
atingir a velocidade necessária para fazê-lo.
Sua “missão principal” era “coletar imagens”, em
particular para estudar e prevenir terremotos, “prevenir desastres naturais” e
desenvolver a agricultura.
O chefe da agência espacial iraniana também indicou que
sua organização planeja concluir a construção de “cinco outros satélites antes
do final do ano [iraniano] de 1399”, ou seja, março de 2021.
– Novo Míssil Balístico –
Neste domingo, a Guarda Revolucionária, o exército
ideológico do regime, também lançou um míssil balístico de curto alcance que,
segundo ela, poderia ser impulsionado por um reator de “nova geração” projetado
para colocar satélites em órbita.
“As conquistas reveladas hoje são a nossa chave para
entrar no espaço”, disse o general Hossein Salami, chefe da Guarda, revelando o
míssil e o novo reator, equipado com um “bico móvel” permitindo
“manobrabilidade além da atmosfera”.
Em janeiro de 2019, Teerã fracassou em colocar em órbita
seu satélite Payam, que as autoridades disseram ter como objetivo coletar dados
ambientais.
Neste domingo, respondendo a um tuíte perguntando o que o
Irã faria se o lançamento de Zafar falhar, o ministro Jahromi disse: “Vamos
tentar novamente”.
O lançamento de Zafar acontece dois dias antes do 41º
aniversário da Revolução Islâmica e quase duas semanas antes das eleições
legislativas.
Fonte: Site da Revista ISTOÉ - 09/02/2020
Comentário: Pois é, os iranianos estão tendo seus
problemas e eu não duvido nada que tenha interferência americana nesta
história. Porém leitor, o que é relevante aqui para nós é a perseverança deles
em continuar tentando, enquanto certa Republica das Bananas sul-americana simplesmente
permanece (neste setor) vendendo há décadas fantasias ao seu povo. Lamentável! Aproveito aqui para agradecer publicamente ao nosso leitor Rui Botelho pelo envio dessa notícia.
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