Cometa Investigado Pela Sonda Rosetta Mudou de Cor ao Se Aproximar do Sol
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada ontem (11/02) no site “Canaltech”
destacando que o Cometa investigado pela Sonda Rosetta mudou de
cor ao se aproximar do Sol.
Duda Falcão
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Cometa Investigado Pela Sonda
Rosetta Mudou de Cor ao Se Aproximar do Sol
Por Daniele Cavalcante
Canaltech
Fonte: Live Science
11 de Fevereiro de 2020 às 23h40
O cometa 67P/Churyumov–Gerasimenko, mais conhecido por
ter sido o primeiro a receber uma sonda pousando em sua superfície,
mudou de cor gradualmente enquanto se movia no espaço nos últimos meses da
missão Rosetta. As mudanças, descritas em um artigo na última semana, ocorreram
entre janeiro de 2015 e agosto de 2016.
Rosetta foi uma sonda espacial construída e lançada pela
Agência Espacial Europeia (ESA) para estudar o cometa 67P, que viaja entre as
órbitas da Terra e de Júpiter. Em agosto de 2014, ela se tornou a primeira
sonda espacial na história a acompanhar a órbita de um cometa e, em 12 de
novembro do mesmo ano, o módulo robótico Philae se separou da nave, pousando no
67P e, assim, tornando-se o primeiro objeto artificial a tocar a superfície de
um cometa.
A partir de então, os estudos foram conduzidos até agosto
de 2015, momento em que o 67P chegaria o mais perto possível do Sol, o que
derreteria boa parte de sua estrutura congelada. Em 30 de setembro de 2016 a missão foi finalizada com uma colisão da sonda na região
do cometa conhecida como Ma'at.
(Foto: ESA/Rosetta/NAVCAM)
Módulo Philae, no centro da imagem, mergulha na
superfície do cometa para seu pouso histórico.
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Foi nesse período entre 2015 e meados de 2016 que o
objeto espacial apresentou mudanças de cor. Essa alteração aconteceu por causa
do ciclo da água presente no cometa. É que, quando o corpo celeste se aproximou
do Sol e cruzou o limite da “linha do gelo” (a distância orbital no Sistema
Solar onde a mudança de temperatura é brusca), a água congelada na superfície
começou a entrar no processo de sublimação - ou seja, transformou-se em vapor
sem antes passar pelo estado líquido.
Quando isso aconteceu, uma camada externa de gelo sujo na
superfície do cometa, cheia de poeira avermelhada, foi removida, expondo uma
camada de gelo mais limpo e azul que estava logo abaixo. Isso fez com que a
coloração do cometa parecesse bem diferente. No entanto, a região nebulosa ao
redor do núcleo, conhecida como “coma”, ficou mais vermelha. Isso se deve aos
grãos feitos de material orgânico e ao carbono amorfo presentes no coma.
Ou seja, todos os grãos microscópicos de poeira rica em
carbono que derreteram na superfície do cometa pararam de avermelhar a
superfície e começaram a avermelhar o coma. Quando o 67P se afastou do
Sol, seu núcleo sólido ficou novamente avermelhado, pois essa poeira se
assentou novamente.
(Imagem: ESA)
Diagrama ilustra as "fases" coloridas do cometa
de acordo com sua aproximação do Sol.
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Essas mudanças de cor não seriam visíveis da Terra, de
acordo com os pesquisadores, pois os telescópios terrestres não conseguem
distinguir com precisão o núcleo e o coma de um cometa distante. Felizmente,
graças à observação da sonda Rosetta, foi possível uma análise mais profunda
das diferentes "estações" coloridas deste objeto espacial.
Embora a missão Rosetta tenha terminado, os pesquisadores
afirmam que ainda há muitos dados a serem analisados, e mais descobertas
desse tipo provavelmente serão reveladas a qualquer momento.
Fonte: Site Canaltech -
https://canaltech.com.br
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