Governo Promulga Acordo com EUA Para Base de Alcântara; Ministro Prevê Testes em 2021

Olá leitor!

Segue abaixo uma notícia postada ontem (05/02) no site “G1” do globo.com, destacando que o governo promulgou o Acordo com EUA para Base de Alcântara e o Ministro Marcos Pontes previu testes em 2021.

Duda Falcão

POLÍTICA

Governo Promulga Acordo com EUA Para Base de Alcântara; Ministro Prevê Testes em 2021

Operação comercial só deve começar em 2022, diz Marcos Pontes. Acordo permitirá que EUA lancem foguetes e satélites da base de Alcântara, no Maranhão.

Por Guilherme Mazui e Luiz Felipe Barbiéri
G1 Brasília
05/02/2020 - 20h45
Atualizado há 20 horas

Foto Arquivo
Estrutura da Base de Alcântara, no Maranhão, em imagem de arquivo.

O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta quarta-feira (5) o decreto de promulgação do acordo entre Brasil e EUA para o uso da base de Alcântara, no Maranhão.

Segundo o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, “com certeza”, no próximo ano serão realizados lançamentos de teste na base militar. A operação comercial, no entanto, só deve começar em 2022.

O acordo de salvaguardas tecnológicas foi assinado por Jair Bolsonaro e Donald Trump em março de 2019, durante a viagem oficial do presidente brasileiro aos EUA, e aprovado pelo Congresso brasileiro no fim doano passado.

O texto permite o uso comercial da base de Alcântara. Em troca, o Brasil receberá recursos para investir no desenvolvimento e no aperfeiçoamento do Programa Espacial Brasileiro.

Questionado, no Palácio do Planalto, sobre a possibilidade de lançamentos de foguetes ou satélites comerciais a partir de 2021 do centro de lançamento de Alcântara, o ministro Marcos Pontes disse que seria “mais realista’ esperar a operação comercial da base a partir de 2022.

De acordo com o ministro, porém, no próximo ano já serão feitos lançamentos de testes para treinamento das equipes.

“2021 seria uma expectativa muito otimista, 2022 eu diria que é mais realista Mas, em 2021, com certeza a gente vai ter lançamentos de teste”, declarou Pontes.
Veja o vídeo acima

O ministro disse que o governo pretende fazer, ainda em 2020, melhorias de infraestrutura na região da base, com estradas, e elaborar um “plano de negócios” para o uso do centro.

O plano, diz Pontes, ouvirá comunidades da região, prefeitura, governo do estado e empresas, que serão chamadas a atuar no entorno da base.

“O acordo de salvaguardas foi aprovado pelo Congresso, e agora esse decreto coloca uma base, um meio do que é o acordo o que pode utilizar ao longo das operações do centro. As operações do centro vão acontecer antes depois das mudanças de infraestrutura e o plano de negócios”, afirmou o ministro.

“O acordo simplesmente diz o seguinte: os Estados Unidos concordam que o Brasil lance foguetes e satélites de quaisquer países que contenham qualquer componente americano desde que o Brasil se comprometa a proteger essa tecnologia americana”, explicou.

Salvaguardas Tecnológicas 

Segundo o texto promulgado, o território onde a base esta localizada permanece sob jurisdição do governo brasileiro.

O Acordo de Salvaguardas Tecnológicas proíbe o lançamento de mísseis da base de Alcântara, assim como a produção, a compra e o teste desses. Será permitido somente o lançamento de equipamentos civis de países signatários do Regime de Controle de Tecnologia de Mísseis (MCTR).

O MCTR busca limitar a proliferação de mísseis e de tecnologia para fabricação. Portanto, não só os EUA estarão aptos a operar na base. Países que utilizam a tecnologia norte-americana têm a possibilidade de aderir ao acordo.

Cibersegurança

Durante o ato no Planalto, Bolsonaro também assinou um decreto que aprova a estratégia nacional de segurança cibernética. 

Segundo a subchefe de Articulação e Monitoramento da Casa civil, Verônica Sanches, a estratégia foi montada pelo GSI como um instrumento para enfrentar ataques digitais.

“Esse decreto, foi coordenado pelo GSI, com o objetivo de ter uma estratégia para lidar com ataques frequentes no mundo digital para manter a segurança. Dados que são relevantes para segurança nacional e como um todo para o Brasil”, afirmou.


Fonte: Site G1 do Globo.com - http://g1.globo.com

Comentário: Primeiramente quero neste momento parabenizar ao GSI e ao Governo Bolsonaro por estabelecer essa Estratégia Nacional de Segurança Cibernética. É isso aí, precisamos mesmo fechar o cerco e ampliar todo o sistema de segurança para combater toda e qualquer ameaça que venha surgir, seja ela no ambiente cibernético ou em outro ambiente qualquer. Dito isso leitor, falando agora sobre o tema central da matéria acima, eu diria que pouco ou quase nada foi acrescentado ao que já se sabia. Pelo que parece o Governo Brasileiro já vem negociando com alguém para poder lançar cargas úteis a partir de 2022 do CLA, mas pra que isso aconteça o foguete do primeiro locatário do centro terá de ser compatível com a torre de lançamento do antigo VLS-1, torre esta que já foi adaptada para o tal VLM-1. Afinal não haveria tempo para se construir uma outra plataforma visando cumprir este objetivo. Diante disto leitor, e devido à similaridade do projeto do VLM-1 com o ‘Shavit’ israelense, e também pela grande proximidade atual entre os dois governos, o meu palpite é que se um foguete orbital realmente for lançado em 2022 do CLA , este foguete será uma versão do ‘Shavit’, mas é só uma aposta. Quanto ao que ministro disse sobre lançamentos testes para 2021 do CLA, muito provavelmente ele está se referido a ‘Operação Hexafly’ já citada aqui várias vezes e as repetitivas operações de foguetes de treinamento. O engraçado leitor é que o ministro não citou a “Operação Cruzeiro” do programa do veículo hipersônico 14X, operação muito importante para a FAB e que está prevista para outubro deste ano. Hummmmm, ele esqueceu leitor, ou será que com a saída do Cel. Lester do IEAv, vão puxar o tapete do projeto? Vamos aguardar.

Comentários

  1. Acompanhamos o Blog há anos na esperança de ver um dia um lançamento de foguete orbital, mas que agora como passs de mágica diz que existe uma possibilidade de testes em 2021 e lançamentos comercial para 2022 , como somos 60tões e 50tões , vemos que essa data de 2022 para o nosso PEB , só existe uma certeza! , que são as Eleições para Presidente do BRASIL, o resto é apenas Sonhos de Ministro Astronáuta de foguete Rússo , com segurança Estadunidense.

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  2. Mais fácil eles adotarem o foguete israelense e o VLM alemão para usarem em Alcântara e o nosso patinho feio continuar dentro do ovo.

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  3. Só quero lembrar, que tinha outra plataforma de lançamento, que estava sendo construída pela odebrecht, para o projeto do Cyclone urcraniano, com o fim do acordo com a Ucrânia, a plataforma foi abandonada...no esqueleto...então, por que não reaproveita-la e termina-la adaptada para um outro lançador mais poderoso ????

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    1. Olá Ricardo!

      Sim é verdade amigo, mas eu creio que essas estruturas abandonadas serão sim aproveitadas (não faria sentido se assim não fossem). mas em uma fase posterior. Nesse momento para 2022 só temos mesmo a TMI (Torre Móvel de Integração) e a sua plataforma de lançamento, enfim...

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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