Como a Manobra Pioneira Que Uniu 2 Satélites em Órbita Pode Transformar as Missões Espaciais
Olá leitor!
Segue um artigo postado dia (27/02) no “Portal TERRA” destacando
que como uma manobra pioneira que uniu 2 satélites em órbita pode transformar
as missões espaciais.
Duda Falcão
CIÊNCIA
Como a Manobra Pioneira Que Uniu 2 Satélites em Órbita
Pode Transformar as Missões Espaciais
Um satélite de telecomunicações quase sem combustível
poderá seguir operando depois de acontecer o acoplamento espacial com outro
satélite, que se carregará de auxiliá-lo em suas funções.
Por Jonathan Amos
Da BBC News
27 fev 2020 - 18h07
Um satélite comercial foi acoplado a um outro que estava
em órbita, em uma demonstração do que muitos acreditam que será um nova e
próspera fronteira na indústria espacial.
Foto: Northrop Grumman / BBC News Brasil
Junção foi feita a mais de 36 mil quilômetros de
altitude.
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Uma das plataformas era um antigo satélite de
comunicações quase sem combustível. A outra é uma unidade auxiliar, que agora
se encarregará de todas as funções de manobra do primeiro.
Isso permitirá a prorrogação por mais cinco anos da vida
útil do satélite (Intelsat-901), que há 19 anos transmite sinais de televisão.
O evento foi descrito como "um grande sucesso"
pelas empresas envolvidas.
A Northrop Grumman, responsável pelo satélite que foi
acoplado, o Missão Veículo de Extensão 1 (MEV-1, por suas siglas em inglês),
afirmou que se trata da primeira vez que dois satélites comerciais se unem
dessa maneira a uma altitude de mais de 36 mil quilômetros.
O MEV-1 agora empurrará o IS-901 até uma posição
equatorial a 27,5 graus oeste, para que ele possa reativar as tarefas de
telecomunicação entre o fim de março e o início de abril deste ano.
Zona Sem Riscos
Empresas de satélite dizem há algum tempo sobre a
possibilidade de fazer serviços em órbita, como recarregar o combustível de
satélites mais antigos ou retirar peças que não funcionam mais.
Foto: Getty Images / BBC News Brasil
Há muitos anos, é estudada a possibilidade de oferecer
serviços em órbita, mas esta é a primeira vez em que uma tentativa dá
resultados.
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Mas, de acordo com os envolvidos no lançamento do Missão
Veículo de Extensão 1, esta é a primeira iniciativa comercial a oferecer
resultados.
O acoplamento dos satélites ocorreu na terça-feira
(25/02), às 7h15, a cerca de 300 quilômetros acima do arco geossíncrono, de
onde a maioria dos satélites de comunicações transmite seus dados.
No momento da junção dos dois satélites, os responsáveis
tomaram cuidado para que nenhuma outra nave espacial estivesse nas
proximidades, para que não fosse comprometida caso algo fugisse do controle.
O veículo acoplado controlará todos os movimentos do
satélite Intelsat-901, incluindo aqueles que o equipamento deve fazer para
manter a telecomunicação com pontos da superfície terrestre.
Quando a missão estendida chegar ao fim, o MEV-1 levará o
Intelsat-901 a uma órbita "cemitério" e logo se dirigirá para outro
satélite que esteja ficando sem combustível e que necessite desse mesmo tipo de
assistência.
Expansão
A Northrop Grumman, que opera esse novo serviço por meio
da subsidiária SpaceLogistics LLC, afirmou que planeja expandir esse serviço
básico oferecido por meio do MEV-1 para poder incluir veículos capazes de fazer
reparos e montagens em órbita.
A empresa já está trabalhando em sistemas que incluirão
não apenas sondas de acoplamento simples, mas também braços robóticos para
pegar satélites.
Foto: Northrop Grumman / BBC News Brasil
Uma equipe de engenheiros ensaiou o acoplamento dos
satélites usando modelos semelhantes
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Outra opção que está sendo desenvolvida são as cápsulas
de combustível, que poderão ser conectadas aos satélites que precisam de
abastecimento.
Tom Wilson, vice-presidente de sistemas espaciais de
Northrop Grumman e presidente da SpaceLogistics LLC, disse que esses serviços
podem ser úteis para a NASA, principalmente quando astronautas são enviados
para longe da Terra.
Segundo Wilson, em suas explorações do sistema solar a NASA
necessita "realizar todo tipo de missões robóticas autônomas", como
"unir veículos, realizar operações de aproximação, fabricar peças ou
componentes que não sabia que necessitaria".
"Toda a tecnologia nos leva a esse tipo de veículos
e serviços", disse Wilson.
Em um ano, a companhia deve lançar um segundo MEV. A
missão deverá dar apoio a outro satélite Intelsat.
Transpondo os Limites
Foto: NASA / BBC News Brasil
Em 1992, astronautas resgataram um satélite Intelsat.
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Stephen Spengler, representante da Intelsat, disse que
sua empresa sempre estimulou o desenvolvimento do conceito de "serviços em
órbita". Ele citou a missão do ônibus espacial que, em 1992, resgatou o
Intelsat-603, que havia encalhado na parte baixa da órbita terrestre.
"Vamos além dos limites do que é possível e
transformamos essas possibilidades em realidade. É por isso que somos
defensores fervorosos da manutenção feita em órbita há muitos anos",
declarou.
"Em termos econômicos, funciona para a gente e faz
muito sentido. Nos permite expandir as receitas e adiar as despesas de capital
um pouco mais."
Fonte: Portal Terra - 27/02/2020 - https://www.terra.com.br
Comentário: Pois é leitor, é pensar que o inovador e
saudoso Dr. Paulo Morais Jr., pouco antes de falecer quando se encontrava próximo
de se aposentar do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), já planejava abrir
uma startup espacial tendo como projeto inicial desenvolver um sistema de acoplagem
espacial para a SARA Orbital, fantástico projeto também idealizado por ele na
década de 90 e abandonado pelo Instituto pouco anos após a sua morte. Enfim...
leitor, este é o Programa Espacial Brasileiro, infelizmente, o mesmo que o Governo
Bolsonaro teima em apoiar indo de encontro ao que se faz mundo afora. Lamentável! Aproveito
para agradecer ao nosso leitor Rui Botelho pelo envio desta notícia.
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