Estação Espacial Internacional Vai Ganhar um Módulo Comercial Habitável
Olá leitor!
Segue abaixo mais informações sobre o módulo comercial
habitável da startup Axiom Space, empresa escolhida recentemente pela NASA para
ter num futuro próximo este modulo acoplado na Estação Espacial Internacional
(ISS), matéria esta postada dia (30/01) no site “Canaltech”.
Duda Falcão
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Estação Espacial Internacional Vai Ganhar um Módulo Comercial
Habitável
Por Patrícia Gnipper
Canaltech
Fonte: NASA
30 de Janeiro de 2020 às 08h40
A NASA anunciou que a Axiom Space foi a
empresa selecionada para construir ao menos um módulo
comercial habitável na Estação Espacial Internacional (ISS), que será
anexado ao laboratório orbital. Viabilizar destinos comerciais na órbita baixa
da Terra faz parte dos planos da agência espacial de abrir a ISS a novas
oportunidades para além do uso científico. A agência escolheu a Axiom entre
12 empresas privadas que se candidataram para tal.
Além de receber visitantes que não são astronautas, a
ideia com essa empreitada comercial é, ainda, disponibilizar recursos da
estação e da tripulação para empresas comerciais, permitir missões de
astronautas privados, e buscar oportunidades para estimular a demanda
sustentável e de longo prazo por serviços em órbita. "Estamos
transformando a maneira como a NASA trabalha com a indústria para beneficiar a
economia global e avançar na exploração espacial. É uma parceria similar à que
neste ano devolverá a capacidade de astronautas americanos serem lançados à
estação espacial em foguetes americanos a partir de solo americano",
declarou Jim Bridenstine, administrador
da agência
(Imagem: Axiom Space)
Conceito do módulo Axiom Segment que será anexado à ISS.
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Ele se refere ao Commercial Crew Program, que conta com a
SpaceX e com a Boeing (e suas respectivas naves Crew
Dragon e Starliner) para que astronautas da NASA não sejam mais enviados à ISS
por meio de foguetes e naves russas Soyuz, como vem acontecendo desde 2011 com
o fim do programa dos ônibus espaciais.
Essas naves, por sinal, poderão ser usadas por outros
clientes além da NASA no futuro. A agência espacial prevê uma variedade de
empresas privadas e até mesmo grupos universitários contando com esses veículos
para chegar ao módulo comercial habitável da ISS, que ainda não tem data
divulgada para o início de seu desenvolvimento.
A ISS atualmente está com financiamento garantido até
2024, ainda que suas operações, em seu estado atual, possam acontecer até 2028.
A Axiom, depois de enviar seu módulo comercial para lá, ainda pretende
construir e operar sua própria estação espacial, algo que já vem sendo
vislumbrado por outras empresas, incluindo a Bigelow Aerospace — esta que já
tem um módulo conectado à ISS, que é o BEAM (Bigelow Expandable Activity
Module). O BEAM chegou
lá em 2016 para validar a tecnologia de habitat expansível, e seu
desempenho satisfatório nesses quatro anos em órbita faz com que a NASA planeje
mantê-lo em uso até o final da década de 2020.
(Imagem: Axiom Space)
Conceito da Axiom Station, estação espacial da companhia
privada.
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Voltando ao módulo comercial da Axiom na ISS, a empresa
ainda negociará com a NASA para definir os termos de uso, bem como preços para
um contrato fixo com um período de desempenho que pode ser de dois ou de cinco
anos
Fonte: Site Canaltech -
https://canaltech.com.br
Comentário: Pois é leitor, enquanto isso no Brasil nada
de significativo fora a aprovação do AST ainda foi concretizado pelo Governo
Bolsonaro após um ano de governo no setor espacial, nem mesmo o básico.
Continuamos e agora sem a menor paciência (esperamos por décadas por ações realmente
efetivas enquanto o setor se apequenava) por uma verdadeira política espacial agora
voltada ao novo modelo New Space, uma governança efetiva, desburocratizada e
eficiente sob o comando de gestores preparados e realmente comprometidos por
fazer a diferença e mostrar à Sociedade Brasileira como o Programa Espacial é essencial
para o futuro de nossa sociedade, nem que profissionais estrangeiros de gestão tenham
de ser importados para essa joça funcionar direito, como ocorreu nos primórdios
do próprio ITA, e como atualmente vem ocorrendo na Agencia Espacial Portuguesa,
por exemplo. Muitas cagadas políticas leitor (desculpe-me pelo termo mas é o
que descreve com mais realidade o que ocorreu) foram realizadas no setor
espacial por essa classe política de energúmenos desde o ex-governo Fernando
Collor, potencializadas pelo desgovernos de esquerda irresponsáveis e chegamos
nesta situação em que nos encontramos atualmente, ou seja, em lugar nenhum. O
mundo leitor caminha para o espaço, e o Brasil continua brincando de fazer
Programa Espacial vendo a banda passar (e ela passa rápido) apequenando cada
vez mais o seu pífio Programa Espacial com uma mentalidade tacanha e
ultrapassada (só pensado em satélites de sensoriamento remoto, coletas de
dados, de comunicações e meteorológicos) enquanto muitas nações do mundo avançam
com planos espaciais cada vez mais ousados, e várias dessa nações bem aquém do nosso
gigantismo e pujança econômica, sendo Portugal e a Nigéria dois grandes exemplos
disso. O Brasil leitor precisa de um Programa Espacial condizente com o seu
tamanho e hoje poderíamos (com a casa arrumada, é claro) está investindo pelo menos algo
em torno de 2,5 bilhões de reais anualmente (a Argentina investia 1.2 bilhão
de dólares anualmente em seu Programa Espacial antes da esquerda assumir o governo neste
país platino) e assim fazer parte deste movimento mundial em direção ao espaço
de forma solo ou em parceria com nações como a Índia, Rússia, EUA e China, com
quem as possibilidades seriam enormes em várias áreas. Recordo-me leitor que até
poucos anos atrás, o próprio Ministro Marcos Pontes anunciou que tinha planos de comprar ou alugar
um avião para treinamento em gravidade zero, para assim preparar novos
astronautas brasileiros em uma universidade paulista, plano este que não foi a
frente, mas que já demonstrava naquela época a visão do ministro. O Brasil
precisa acordar leitor, e nossos planos espaciais podem e precisam ser mais
ousados, ou caso contrário, nossa voz como nação será cada vez menor internacionalmente.
Enfim... parabéns a Axiom Space.
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