Talentos de Tecnologia Para Ficar de Olho: Conheça a Trajetória de Paulo Fisch em Engenharia Mecânica
Olá leitor!
Segue abaixo uma interessante matéria postada dia (11/02)
no site “Na Prática.Org” tendo como tema a trajetória do jovem brasileiro Paulo
Fisch em Engenharia Mecânica.
Duda Falcão
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Talentos de Tecnologia Para Ficar de Olho: Conheça a Trajetória
de Paulo Fisch em Engenharia Mecânica
Na segunda reportagem da série “Talentos de tecnologia
para ficar de olho”, o Na Prática traz a história de Paulo Fisch, estudante de
engenharia mecânica que desenvolveu projetos premiados e possui experiências
internacionais na Alemanha e na Finlândia.
Por Tatyane Mendes
Na Prática.Org
11/02/2020
Desenvolver o protótipo de uma asa de avião mais
aerodinâmica, criar inovação em produtos na Finlândia e trabalhar no Centro
Aeroespacial da Alemanha são algumas das conquistas do estudante de engenharia
mecânica Paulo Fisch. Ele é membro do Líderes Estudar, rede de alto impacto da
Fundação Estudar. Inclusive, o programa Líderes Estudar está com as inscrições abertas para
sua edição de 2020! Além de acesso à rede, oferece bolsas de estudo, mentoria e
outras oportunidades de desenvolvimento.
Ao longo de fevereiro, o Na Prática trará uma série de
trajetórias-inspiração de talentos de tecnologia para ficar de olho. Cursando o
último ano de engenharia mecânica na Universidade de São Paulo, ele já
desenvolveu projetos de alto impacto pelo mundo e se destaca pela sua
dedicação à área. Conheça sua trajetória!
Desenvolvendo-se Como Talento de Tecnologia
O estudante de engenharia mecânica conta que desde
pequeno sempre teve muito interesse em descobrir as coisas. Com um pai
engenheiro e uma mãe arquiteta, não faltaram inspirações e estímulo para seguir
o caminho da tecnologia. “Quando eu era criança, gostava muito de criar e fazer
engenhocas. Eu lembro de fazer paraquedas para bonecos de soldado e ficava
jogando os brinquedos de um mezanino para ver qual era o melhor paraquedas. Gostava
também muito de máquinas, de tudo que se mexia, e isso foi crescendo em mim”,
recorda.
O interesse do jovem pela tecnologia foi crescendo e ele
começou a se dedicar mais a projetos na área. “Quando eu estava no ensino
médio, divulgaram no meu colégio que estavam buscando projetos para a Feira
Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE). Na época, eu tinha uma
fascinação por aviões e jogava golfe. Meu pai me deu um livro sobre projetos de
aeronaves. Tudo isso me inspirou a comparar a aerodinâmica da bola de golfe com
o que acontece na asa de um avião”, explica.
A ideia rendeu a Paulo Fisch o primeiro lugar na
categoria de engenharia. “Nessa época, eu já tinha decidido que queria ser
engenheiro. Me interessei principalmente pela área de aeronáutica e aerodinâmica.
Comecei a cursar engenharia mecânica na Escola Politécnica da Universidade de
São Paulo. Lá, eu fiz dois projetos de iniciação científica, um deles foi fazendo a análise
computacional da aerodinâmica de pontes e o outro vendo a aerodinâmica de um
caminhonete”, compartilha.
Ainda no primeiro ano da graduação, ele foi selecionado
para fazer parte da rede de Líderes Estudar. “Isso foi de extrema importância
para o meu desenvolvimento. Eu tive muita sorte de entrar no começo da
faculdade. Ter acesso à essa rede, às mentorias e conhecer pessoas que já
haviam passado pelo o que eu estava tentando fazer ou que estavam dispostas a
me dar oportunidades, facilitando meus projetos, teve um papel muito grande da
minha vida”, revela.
De São Paulo Para o Mundo
No segundo ano da faculdade, Paulo entrou em um projeto
focado em inovação e design thinking em parceira com uma universidade da Finlândia. “Eu fui para lá duas vezes e a gente desenvolveu
uma lareira de pedra sabão que era controlada por celular e você podia colocar
na parede. Comecei a ter mais contato também com a questão do empreendedorismo.
Depois, eu passei um ano na Alemanha estudando engenharia aeroespacial na Rwth
Aachen, que é a maior universidade tecnológica da Alemanha. Trabalhei no Centro
Aeroespacial Alemão e foi uma época de muito aprendizado”, garante.
O projeto desenvolvido na Alemanha, que consiste em
analisar o fluxo térmico de um avião hipersônico, virou também parte do
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Paulo. A iniciativa foi aceita para ser
apresentada na Conferência da Agência Aeroespacial Europeia, que será realizada
em abril deste ano. Atualmente, o estudante de engenharia mecânica está no
Brasil terminando seus estudos. “Eu estou bastante animado com tudo que está
acontecendo. Quero seguir carreira com foco em engenharia aeroespacial,
pretendo fazer uma pós-graduação na área e, posteriormente, abrir a minha
própria empresa”, relata.
Para Paulo, a maior diferença entre a produção
tecnológica que existe no Brasil e no exterior é o incentivo das organizações e
a visão sobre a tecnologia. “Os brasileiros realmente são bem capacitados, mas
a maneira que as instituições funcionam faz com que elas não fomentem muito bem
esse potencial. Isso acaba criando um êxodo de cérebros, o que dificulta a
contratação de bons profissionais no Brasil. Na Alemanha, por exemplo, era
muito mais fácil ter acesso à infraestrutura necessária para desenvolver os projetos.
Mas o pessoal daqui muitas vezes possui qualificações extras que não aparecem
lá fora”, avalia.
O estudante de engenharia mecânica também percebe que os
estrangeiros olham para a tecnologia com o potencial de transformação social,
enquanto os brasileiros acreditam que seja pesquisa por pesquisa. “O que também
é algo muito nobre, mas ter essa visão do potencial de transformação tanto para
a sociedade como economicamente é um grande diferencial. É uma questão muito
cultural. Falta estrutura para fomentar mais casos de sucesso em relação a
trabalhos com tecnologia”, aponta.
O Que é Preciso Para Ser Bem-Sucedido na Área de Tecnologia?
Para Paulo, a primeira coisa que quem quer trabalhar na
área de tecnologia precisa ter é curiosidade. “Precisa ser uma pessoa
extremamente curiosa porque as descobertas das tecnologias vem de pessoas que
se perguntam: o que acontece se eu fizer X? Ou se eu misturar V e Y, o que dá?.
As competências de matemática e de conhecimento você adquire. Mas a essência
mais importante de quem mexe com tecnologia é ser curioso, não ter medo de
experimentar e ser determinado”, define.
Uma habilidade essencial para quem quer trabalhar na área
é falar um segundo idioma. “Principalmente o inglês porque quase toda a
literatura científica hoje exige que você saiba inglês. No meu caso, o alemão
também foi importante mas, quanto mais línguas você falar, mais portas você irá
abrir no seu caminho. O que percebi muito nas minhas experiências é que as
empresas não se importam muito com de onde você vem, mas com o que você sabe
fazer. Se você tiver uma capacidade ou uma qualidade que interessa, que vai
agregar valor, eles não vão pensar duas vezes em te contratar, contanto que
você se destaque no que faça”, observa.
Ele também aponta que existe um leque muito grande de
áreas que podem ser trabalhadas, cada uma com suas
especificidades. Tratando-se de carreira em tecnologia, o estudante
analisa que desenvolver projetos é uma estratégia essencial para que portas sejam
abertas. “O protótipo que eu fiz no ensino médio me deu muitas outras
oportunidades e foi o que começou a solidificar a paixão que eu tinha por
máquinas e me fez perceber que eu poderia ser um agente transformador”,
finaliza.
Fonte: Site da Na Prática.Org - https://www.napratica.org.br
Comentário: Pois é, espero que essa reportagem com o
exemplo desse jovem brasileiro possa despertar em outros jovens o interesse
pelo desenvolvimento científico e tecnológico, especialmente na área espacial.
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