AEB Prioriza Lançamentos de Microssatélites no Centro de Alcântara

Olá leitor!

Segue abaixo uma notícia postada ontem (14/02) no site “Telesíntese”, destacando que a Agência Espacial Brasileira (AEB) irá priorizar os lançamentos de Microssatélites no Centro de Alcântara.

Duda Falcão

DESTAQUE - NEGÓCIOS

AEB Prioriza Lançamentos de Microssatélites no Centro de Alcântara

Segundo o presidente da Agência Espacial Brasileira, Carlos Moura, o Centro de Lançamento do Maranhão deve começar a operar com esse nicho que envolve aparelhos menores para telecomunicações e observações

Por Abnor Gondim
Telesíntese
14 de Fevereiro de 2020

Foto: AEB
Base de lançamentos de Alcântara (Maranhão).

Após a aprovação do  Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST) com os Estados Unidos, no ano passado, o Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, já está na rota de negociações de contratos para o lançamento de microssatélites e constelações de aparelhos desse porte para observações detalhadas da superfície da Terra e telecomunicações. Os entendimentos são preliminares, mas já há termos de confidencialidade de dados assinados para a evolução de contratos envolvendo equipamentos com peso inferior a 100kg. Em meados deste ano devem ser discutidas as condições dos contratos. Especialistas apontam que esse segmento vai se consolidar e movimentar R$ 320 bilhões por ano até a próxima década.

“O setor de microssatélites é o nicho preferencial. De tudo que nós já estudamos, acreditamos que isso seja mais viável para o Brasil, neste momento”, afirmou ao Tele.Síntese o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Carlos Moura, referindo-se a negociações com pequenas e médias empresas estrangeiras. “Isso é uma tendência mundial irreversível. Inclusive já se discute se o setor de comunicações, praticamente todo absorvido pelos satélites geoestacionários, realmente não vai perder espaço para constelação de satélites em baixa órbita. A tecnologia está permitindo movimentos nesse sentido nos quatro cantos do mundo, envolvendo empresas americanas, europeias e chinesa”, avaliou.

Segundo Moura, as negociações com potenciais clientes estão na fase do “pré-flerte”, sem a divulgação dos interessados. A assinatura de termos de confidencialidade de informações segue as normas do acordo firmado com os EUA, que é detentor da maioria das patentes de equipamentos usados no setor espacial. Além disso, o presidente da AEB destacou que o centro poderá oferecer às empresas interessadas lançamento tanto por veículos lançadores quando por aeronaves.

Ele diz que Alcântara tem vantagens geográficas para atrair esses investimentos de menor porte por causa das vantagens geográficas que oferece por estar bastante próxima da linha do Equador, o que reduz os custos em 30%, e por já contar com uma estrutura mínima para os lançamentos. Além de plataformas, o centro já oferece radares e aparelhos de meteorologia.

“Esse mercado está crescendo muito. O investimento é de pequeno porte. São necessários pouquíssimas melhorias em Alcântara para entrar nesse mercado”, calculou. Ele disse que cerca de R$ 180 milhões relativos a emendas parlamentares e do Ministério da Defesa serão investidos para melhorar a infraestrutura de Alcântara, como o aeroporto do centro, e estimular a criação de um ecossistema de empresas do setor no Maranhão. 

Reposição 

O nicho dos microssatélites é avaliado como a nova onda do mercado aeroespacial que aproveita o embalo da miniaturização dos componentes, abrindo forte concorrência com os grandes satélites, que envolvem investimentos maiores. Em termos de constelações, estima-se que gravitam hoje cerca de 2.500 satélites em órbita. Nas próximas décadas, só a Space X quer lançar 42 mil. E tende a bombar na próxima década.

As constelações de satélites são outro atrativo do segmento de microssatélites pela necessidade de reposição dos aparelhos entre três a cinco anos. “Provavelmente haverá  problema de reposição desses satélites. Então, para Alcântara, essas constelações abrem o mercado muito interessante porque é um trabalho continuado”, projetou. Depois disso, Moura espera que a experiência puxe a fila para lançamentos de projetos maiores.


Fonte: Site Telesíntese - http://www.telesintese.com.br 

Comentário: Pois é, volto a insistir com o Ministro Marcos Pontes, antes de definir o caminho adotado para o ‘Plano de Negócios’ que será implementado no futuro CEA, a sua equipe tem de levar em conta o estudo INSTALAÇÃO DO ESPAÇOPORTO DOS AÇORES E A CONCORRÊNCIA COM ALCÂNTARA apresentado que foi pelos profissionais Rui C. Botelho e Ademir L. Xavier Jr. Afinal Ministro, é bom lembrar que se dé merda lá na frente, a Sociedade Brasileira saberá quem são os culpados.

Comentários

  1. eu queria entender o motivo de por o VLS-1 como exemplo de foguete do brasil se nunca funcionou como orbitador, deveriam por as fotos do projeto do VLM-1 , seria mais sensato !.

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    1. Olá Unknown!

      Simples, não há fotos do VLM-1 para isso, só imagens de concepção artística, e do VLS-1 foram feitos três protótipos onde dois deles chegaram a voar, fora a maquete da "Operação Salinas". Essa por exemplo é a foto desta maquete montada na plataforma de lançamento durante esta operação.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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  2. Entrando na questão do finado VLS-1...nunca entendi a finalização do projeto após os 21 sinistros ocorridos em 2003 uma vez que para a FAB esse seria um possível projeto finalizado,eu digo POSSÍVEL uma vez que não foi posto para voar más na cabeça dos técnicos era algo que ia funcionar.
    Porquê então o projeto foi largado de lado sem ao menos ter voado na mão de outros técnicos nos anos seguintes uma vez que os projeto deve estar guardado nos arquivos da FAB e não somente na cabeça dos técnicos falecidos. Se o motivo for um projeto obsoleto, mesmo sendo obsoleto se tivesse voado e tido sucesso teria dado outro patamar ao Brasil que certamente teria evoluído e não teria parado como está até hoje.

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    1. Olá Anônimo!

      Também simples de se entender, o projeto envelheceu, tornou-se inviável tecnologicamente e economicamente falando, e assim foi finalizado. Houve muito blá-blá-blá, muita conversa fiada, escolhas estúpidas como no caso do Cyclone-4 da ACS e o tempo foi passando, passando, passando e o projeto envelheceu.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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