Explodir? Desviar? O Que Fazer Se Um Asteroide Gigante Vier em Direção à Terra?
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada ontem (28/02) no site do “Canaltech” destacando o que a Ciência e Tecnologia Humana pode fazer se um Asteroide Gigante
vier em direção à Terra.
Duda Falcão
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Explodir? Desviar? O Que Fazer Se Um Asteroide Gigante
Vier em Direção à Terra?
Por Daniele Cavalcante
Canaltech
Fonte: Live Science
28 de Fevereiro de 2020 às 12h00
O que fazer se um asteroide gigante vier em direção à
Terra? Quais são as opções para salvar a humanidade de uma catástrofe? Bem, existem alguns métodos que podem evitar o pior e, caso uma
ameaça iminente seja detectada, será preciso escolher a melhor alternativa. Para
facilitar a decisão, uma equipe de pesquisadores criou uma espécie de guia para
os futuros defensores do planeta.
Existem muitos asteroides na vizinhança da Terra sendo
observados, e suas órbitas são razoavelmente bem conhecidas. Vários deles são
considerados como potencialmente perigosos, mas nenhum já descoberto tem muitas
chances de nos atingir nos próximos 100 anos. O problema é que constantemente
descobrimos novos pedregulhos espaciais e, portanto, seria ingenuidade pensar
que já conhecemos todos os objetos espaciais ameaçadores à nossa existência.
Caso algum desses objetos já conhecidos se aproxime
perigosamente de nós, provavelmente ficaremos sabendo com antecedência o
suficiente para agir. Os astrônomos observam as órbitas dessas rochas, principalmente
quando se aproximam da Terra, para ver se há alguma probabilidade de
atravessarem uma "fechadura" - regiões do espaço pelas quais o
asteroide precisa passar ao se aproximar da Terra durante a órbita antes entrar
em rota de colisão com nosso planeta.
Como explica Sung Wook Paek, principal autor do estudo,
"uma fechadura é como uma porta - uma vez aberta, o asteroide colidirá com
a Terra logo depois, com alta probabilidade". Então, o momento ideal para
impedir que um objeto atinja a Terra é antes que ele chegue a uma dessas áreas,
de acordo com o estudo. Caso ele passe pela “fechadura”, salvar a Terra exigirá
muito mais recursos e mais riscos.
(Imagem: NASA/JPL-Caltech)
Órbitas de asteroides potencialmente perigosos atualmente
conhecidos.
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Paek e seus colegas descartaram a maioria dos planos já
elaborados por outros pesquisadores para desviar asteroides, e mantiveram
apenas a explosão com bombas nucleares e impactadores como opções
viáveis - ainda que a explosão nuclear também seja problemática porque não se
sabe exatamente como um asteroide se comportará ao ser bombardeado. Além disso,
há preocupações políticas sobre uso de armas nucleares no espaço, então seria
bom se pudéssemos evitar essa abordagem.
No final, ficaram três opções de missões que poderiam ser
preparadas em razoavelmente pouco tempo se um asteroide fosse visto indo em
direção a uma “fechadura” do tipo:
1 - Lançar uma espaçonave pesada contra o objeto,
usando todas as informações já disponíveis sobre sua composição e trajetória
para desviá-lo da rota. O problema dessa abordagem é que os telescópios na
Terra só conseguem reunir informações aproximadas sobre asteroides distantes,
escuros e relativamente pequenos. Sem informações precisas sobre massa,
velocidade ou composição física do objeto, a missão terá que confiar em
estimativas subjetivas e corre um risco maior de não conseguir desviar
adequadamente o objeto da “fechadura”.
2 - Lançar uma espécie de sonda primeiro para
coletar dados sobre o asteroide antes de lançar o impactador principal. Com as
informações adicionais, a missão deve obter um resultado ainda mais eficaz.
Essa missão teria mais chances de sucesso porque poderia determinar a massa e a
velocidade da rocha com muito mais precisão, mas exigiria mais tempo e
recursos.
3 - Um pequeno impactador lançado ao mesmo tempo
que a sonda para desviar um pouco o objeto de sua rota. Em seguida, todas as
informações coletadas pela sonda e da nova rota criada pelo primeiro impacto
são usadas para ajustar um segundo impacto que terminará o trabalho. Essa é a
melhor abordagem, mas exigiria mais tempo e recursos para ser colocada em
prática.
(Foto: NASA)
O asteroide Bennu. Com um diâmetro de aproximadamente 493
metros, Bennu tem oito chances de atingir a Terra entre 2169 e 2199.
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Para resolver o problema da escolha, os autores do estudo
desenvolveram um método para calcular qual missão é melhor baseada em duas
variáveis: o tempo entre o início da missão e a data em que o asteroide
alcançará a “fechadura”, e a dificuldade envolvida em desviar adequadamente o
objeto de sua rota em direção ao nosso planeta.
Aplicando esses cálculos aos objetos espaciais Apophis
e Bennu
- dois conhecidos asteroides relativamente próximos da Terra e capazes de
destruir planetas -, os pesquisadores criaram um conjunto complexo de
instruções para quem quer que esteja no comando das missões de proteger a Terra
caso um desses objetos comece a vir em nossa direção. Eles descobriram que, com
tempo suficiente, o terceiro tipo de missão é a opção certa para desviar Bennu
em quase todos os cenários simulados. Se o tempo for curto, uma missão do
primeiro tipo é o ideal. Houve apenas alguns casos em que as missões do segundo
tipo faziam mais sentido.
Já no caso de Apophis, as coisas ficam mais complicadas.
Se o tempo fosse curto, uma missão do segundo tipo seria a melhor opção na
maioria dos cenários. Com mais tempo disponível, as missões do último tipo
poderiam ser melhores, dependendo da dificuldade de desviar o curso. Não houve
situações em que uma missão do primeiro tipo fizesse sentido para lidar com o
Apophis.
Essas diferenças entre as rochas acontecem por causa dos
diferentes níveis de incerteza sobre suas massas, velocidades e sobre como seus
materiais internos reagiriam a um impacto.
Estudos futuros podem incorporar outras opções de defesa
nesses mesmos princípios, incluindo armas nucleares. Quanto mais complexa a
lista de opções, mais difícil é o cálculo. Também seria útil treinar algoritmos
de aprendizado de máquina para tomar decisões com base nos dados disponíveis,
em qualquer cenário de destruição da Terra causada por asteroides.
Fonte: Site do Canaltech - https://canaltech.com.br
Comentário: Pois é leitor, você deu uma boa olhada na foto acima das órbitas desses asteroides potencialmente perigosos? E olha que esses ai só são os conhecidos. Pois então, a Situação é séria e eu já havia informado isto aqui, não é ficção científica de Hollywood e a humanidade precisa levar os esforços em torno desta
possibilidade com a seriedade que a mesma exige, ou pagará mais cedo ou mais
tarde um alto preço pela sua falta de atitude. A Comunidade Astronômica esta avisando. Enfim...
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