Morre aos 101 Anos a Matemática Negra Que Ajudou a Apollo 11 a Chegar à Lua
Olá leitor!
Fonte: Site
do Tilt do Portal UOL - https://www.uol.com.br/tilt
Segue
abaixo uma triste notícia publicada dia (24/02) no site TILT do UOL destacando
que aos 101 anos de idade morreu a Matemática negra americana que ajudou a
Apollo 11 a chegar à Lua.
Duda
Falcão
ASTRONOMIA
Morre aos
101 Anos a Matemática Negra Que Ajudou a Apollo 11 a Chegar à Lua
Por Tilt,
em São Paulo
24/02/2020
- 12h56
Imagem:
Getty Images
Katherine Johnson.
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Sem tempo,
irmão
* Katherine
Johnson foi uma das matemáticas retratadas no filme “Estrelas Além do Tempo”
* Ela
iniciou trabalho em engenharia espacial ainda na NACA, agencia que antecedeu a
NASA
* Nos anos
1960, segundo ela mesma contava, ‘os computadores (da NASA) usavam saias’
* Ela
fazia parte do time de matemáticas que quebrou barreiras dentro da agência
Katherine
Johnson, uma das matemáticas que ajudou a colocar a Apollo 11 em órbita, morreu
nesta segunda-feira (24), informou a NASA, agência espacial norte-americana em
que ela trabalhou durante 33 anos.
O trabalho
de Katherine e de outras mulheres afro-americanas ficou desconhecido para o
grande público durante anos, até a chegada do filme "Estrelas Além do
Tempo" (2016).
“A família
da NASA nunca esquecerá a coragem de Katherine Johnson e os feitos que não
conseguiríamos alcançar sem ela. Sua história e sua graça continuam a inspirar
o mundo.
Jim
Bridestine, administrador da NASA”
Katherine
foi uma das mulheres negras que formavam uma equipe no Centro de Pesquisa
Langley para calcular a trajetória dos primeiros lançamentos espaciais. Essas
operações hoje são feitas por computadores, mas nos anos 1960 os
"computadores usavam saias", segundo suas palavras, recolhidas em
vários documentos que a NASA dedica à cientista especial em seu site na
internet.
Foram seus
cálculos que ajudaram a missão Apolo 11 a ter sucesso e Neil Armstrong a pisar
na Lua (1969), mas também os que estabeleceram a trajetória da primeira viagem
ao espaço de um norte-americano, Alan Shepard (1961).
Quando a NASA
começou a usar computadores para a missão em que John Glenn orbitou a Terra
pela primeira vez (1962), Katherine foi consultada para verificar os cálculos
da máquina. "Se ela diz que são bons, então estou pronto para ir",
disse o astronauta, segundo lembrou a própria Katherine. De fato, a NASA
reconhece em seu site que "não teria sido possível fazer essas coisas sem
Katherine Johnson e seu amor pela matemática".
“Ficamos
tristes com a morte da célebre matemática Katherine Johnson. Hoje, comemoramos
seus 101 anos de vida e honramos seu legado de excelência que derrubou
barreiras raciais e sociais.
NASA”
“We're
saddened by the passing of celebrated #HiddenFigures mathematician Katherine
Johnson. Today, we celebrate her 101 years of life and honor her legacy of
excellence that broke down racial and social barriers: https://t.co/Tl3tsHAfYBpic.twitter.com/dGiGmEVvAW
-- NASA (@NASA) February 24, 2020”
Estudiosa
e Líder Nata
Katherine
foi uma menina curiosa e brilhante, nascida em 26 de agosto de 1918 em White
Sulphur Springs (Virgínia, EUA), que aos dez anos já cursava o ensino médio.
Entrou
para a Universidade Estadual de West Virginia onde se graduou em Matemática e
Francês com honras máximas em 1937 e aceitou um trabalho como professora em uma
escola pública para negros.
"Sempre
estava cercada de gente que estava aprendendo coisas, eu adoro aprender. Você
aprende se quiser", afirmou.
A vida
tomaria um novo rumo para Katherine quando em 1952 um parente lhe disse que
havia vagas na seção de computação da ala oeste (onde trabalhavam os afro-americanos)
do Laboratório Langley da NACA - a agência que antecedeu a NASA, Por isso, ela
e seu marido decidiram se mudar para Hampton, na Virgínia.
Mulher
decidida e com habilidades de liderança, Katherine não se limitou a fazer
cálculos, mas pediu para participar das reuniões com os engenheiros, algo
inédito para uma mulher e afro-americana, mas finalmente o conseguiu, o que lhe
abriu o caminho e fez com que ganhasse o respeito de seus colegas.
A questão
racial Eram os anos 1950 e haviam leis de segregação racial nos EUA, mas
Katherine garante que "não tinha tempo para isso", lembrando que o
pai lhe ensinou: "você é tão boa como qualquer um nesta cidade, mas não é
melhor".
Imagem:
Divulgação/NASA
Katherine Johnson, matemática negra que ajudou a Apollo
11 a chegar à Lua.
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Katherine
também não sentiu a segregação em seu trabalho. "Lá você pesquisava. Tinha
uma missão e trabalhava nela", afirmou. No entanto, quando ela começou a
trabalhar com brancos, seus colegas exigiram que ela usasse uma cafeteira
diferente.
Essa é uma
das histórias do livro "Hidden Figures", de Margot Lee Shetterly, no
qual se baseou o filme "Estrelas Além do Tempo", e que tirou
Katherine e duas de suas companheiras, Dorothy Vaughan e Mary Jackson, do
anonimato.
Katherine
trabalhou no centro Langley até 1989, tempo durante o qual participou de
projetos como o da nave Space Shuttle e foi autora e coautora de mais de 20
relatórios científicos.
Homenagens
Sua longa
carreira foi homenageada em 2015, quando, já com 97 anos, ela recebeu das mãos
do então presidente Barack Obama a Medalha da Liberdade, a condecoração civil
mais importante do país. Além disso, no ano passado, a NASA deu seu nome a um
novo centro de pesquisa computacional.
Comentário:
Pois é leitor, não poderia também de deixar de homenagear essa grande mulher
que escreveu seu nome na história da humanidade. Veja que a Sociedade Americana pode até
demorar, por uma razão ou outra, mas acaba reconhecendo os seus heróis, coisa que deveríamos
aprender com eles. Quem ainda não assistiu o filme “Estrelas Além do Tempo”,
sugiro que assista, pois é uma aula de cidadania, determinação, trabalho em grupo e uma parte
importante da história da conquista da Lua. Aproveito para agradecer ao nosso leitor Rui
Botelho pelo envio desta matéria.
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