Segundo o Site 'Olhar Digital', Saiba Como o Brasil Pode Participar do Programa Artemis

Olá leitores e leitoras do BS!
 
Trago agora para vocês uma matéria postada ontem (26/08) no site ‘Olhar Digital’, que segundo a sua autora, trata como deverá ser realizada a participação brasileira no Programa Artemis.
 
Bom amigos, que me perdoe à jornalista Flavia Correia, uma profissional que merece meu respeito pelo bom trabalho que vem realizando no site Olhar Digital, mais infelizmente essa sua matéria de ontem deixou muito a desejar, pois só relatou a assinatura do acordo, o passeio da comitiva do presidente deste vergonhoso e ineficiente órgão espacial a Washington e algumas fantasias propagadas pelo mesmo.
 
Afinal amigos, a verdade é que, enquanto os outros países que assinaram o acordo (creio que mais de vinte nesse momento) se movimentam para colaborar de alguma forma ou mesmo para se beneficiar do programa (vide as notícias já publicadas no BS), no período desde a assinatura do mesmo, nem o MCTI e nem essa piada espacial governamental fizeram qualquer ação construtiva no âmbito desse programa, a não ser que a jornalista em questão considere a ‘viagem de passeio a Washington’ como construtiva.
 
Sugiro a jornalista Flavia Correia que se queres realmente realizar uma matéria séria e com relevância, sobre as reais possibilidades brasileiras na Lua, faça contato com o Eng. Lucas Fonseca da startup Airvantis, para entrevistá-lo sobre a 'Missão Lunar Brasileira Garatéa-L', esta sim uma ação concreta e com possibilidades de colocar o Brasil em órbita do nosso satélite natural. Existe também a 'Missão SelenITA', que está sendo proposta pelo Centro Espacial ITA (CEI) do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), mas como disse é ainda apenas uma proposta, e que infelizmente está sujeita a esses vendedores de ilusão, mas que eu creio a senhora possa colher informações junto ao Dr. Luis Eduardo Vergueiro Loures da Costa, caso seja do seu interesse.
 
Enfim, segue a matéria.
 
Brazilian Space 
 
CIÊNCIA E ESPAÇO
 
De volta à Lua: Saiba Como o Brasil Pode Participar do Programa Artemis
 
Por Flavia Correia
26/08/2022 - 19h30
Via: Website Olhar Digital - https://olhardigital.com.br
 

Na próxima segunda-feira (29), será lançada a missão Artemis 1, um voo teste não tripulado que servirá de demonstração das capacidades do complexo veicular formado pelo megafoguete Space Launch System (SLS) e a cápsula Orion rumo à Lua.
 
Imagem: FoxPictures – Shutterstock
Na próxima segunda-feira (29), acontece o lançamento da missão Artemis 1, a primeira do novo programa de exploração lunar da NASA.
 
Esse será o primeiro lançamento do novo programa da NASA que visa não apenas levar astronautas para pisar novamente em solo lunar, mas, principalmente, estabelecer uma presença humana sustentável e de longa duração no satélite natural da Terra.
 
O Programa Artemis será regido por diretrizes determinadas pelos Acordos Artemis, que estabelecem boas práticas para exploração da Lua, Marte e outros corpos celestes do espaço profundo no futuro. Atualmente, 21 países são signatários do documento, entre eles, o Brasil.
 
Isso não significa que nós vamos mandar astronautas para a Lua. Essa possibilidade não consta nem nos planos a longo prazo do projeto. Na adesão ao acordo, as nações apenas concordam que, ao explorar o espaço, seguirão um conjunto de princípios comuns para garantir a cooperação mútua e pacífica entre elas.
 
Entre outros deveres, os países membros se comprometem a compartilhar informações e descobertas científicas, usar padrões em vigor para garantir a interoperabilidade de estruturas e sistemas, prestar assistência humanitária a tripulações em perigo, preservar artefatos de valor histórico, extrair recursos de forma sustentável e restringir o máximo possível a produção de lixo espacial.
 
Imagem: IEDNlab (fundo) – estudio Maia (bandeira) / Shutterstock.
Embora o Brasil não esteja nos planos da NASA para enviar astronautas para a Lua, nosso país assinou o acordo Artemis de cooperação mútua entre as nações para exploração do espaço.

Embora o Brasil não esteja nos planos da NASA para enviar astronautas para a Lua, nosso país assinou o acordo Artemis de cooperação mútua entre as nações para exploração do espaço.
 
Não existe nenhuma cláusula no contrato estipulando o compartilhamento de tecnologia de foguetes ou garantindo a participação dos membros em missões futuras. Ainda assim, a adesão do Brasil ao Acordo Artemis é importante, principalmente do ponto de vista do compartilhamento de informações científicas, já que elas podem impulsionar o trabalho de nossos pesquisadores e da nossa indústria aeroespacial, que ainda está engatinhando. 
 
Como o Brasil pode se beneficiar e ajudar o Programa Artemis? 
 
Após a inserção do Brasil no Acordo Artemis, que aconteceu em junho do ano passado, a Agência Espacial Brasileira (AEB) formou uma comissão para estabelecer a conjuntura da participação brasileira no referido acordo e quais seriam as contribuições do país para a realização do projeto. 
 
Em março deste ano, houve um encontro da comitiva brasileira com os representantes da NASA, que contou com a presença do presidente da AEB, Carlos Augusto Teixeira Moura. De acordo com informações do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), a reunião teve o intuito de discutir o escopo da participação brasileira, procurando delimitar a área mais técnica de sua cooperação. 
 
Ainda segundo o MCTI, por causa da adesão do Brasil ao acordo, o Programa Artemis integra o Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE), para o período 2022-2031. “A iniciativa do projeto Artemis vai ajudar a concretizar objetivos pré-estabelecidos pelo PNAE, como a promoção do desenvolvimento técnico e científico no setor espacial e a consolidação, em todos os setores da sociedade brasileira, da compreensão dos potenciais benefícios diretos e indiretos da exploração do setor espacial para o Brasil”, diz um comunicado do ministério.
 
De acordo com o ex-ministro do MCTI e ex-astronauta da NASA, Marcos Pontes, existem muitas áreas em que o Brasil pode cooperar com o Programa Artemis. “O desenvolvimento de sistemas não tripulados para a Lua é uma delas, assim como o desenvolvimento de subsistemas de estações. Eu gostaria que o Brasil buscasse expertise na área de radiação ou proteção contra a radiação. A área de engenharia fina e controle também é bem interessante”.
 
Segundo Pontes, a adesão ao acordo Artemis ajudaria muito o programa espacial brasileiro, como um todo, mas, principalmente, para incentivar o interesse dos jovens pela ciência. “Temos que usar este programa para motivar jovens a seguirem carreiras de ciência e tecnologia. O Brasil pode participar sob vários aspectos do programa, e a gente vai fazendo essas participações à medida que tivermos condições técnicas, científicas e financeiras”. 

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