Novos Dados da 'Sonda InSight' da NASA Revelam Que Não Há Água Subterrânea no Equador de Marte

Olá leitores e leitoras do BS!
 
Segue abaixo uma notícia publicada dia (12/08) no site “Canaltech”, destacando que dados colhidos pela Sonda InSight da NASA, revelaram que não existe gelo abaixo de seu local de pouso, ou seja, na região de Elysium Planitia, que fica localizada perto do 'Equador Marciano'.
 
Frustrante? Sim, realmente, mas vamos com calma, isso na verdade significa muito pouco, pois ainda existe uma vasta área a ser explorada no planeta vermelho. Além do que amigos, desde quando somos especialistas em processos naturais em outros planetas?
 
Ora galera, o que temos é apenas o exemplo terrestre que sequer compreendemos ainda totalmente como funciona, e não necessariamente significa que o mesmo esteja ocorrendo em Marte. Temos de parar com essa arrogância de achamos que somos o suprassumo do universo (não somos 'cara pálida' e nunca seremos), estamos engatinhando ainda com civilização, muito ainda por aprender, seja na TERRA e principalmente no ESPAÇO, um processo que será constante e gradual. Isto é, caso venhamos sobreviver como espécie as ‘cagadas’ de nossa civilização. 
 
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Frustração: Sonda InSight Não Encontrou Água Subterrânea no Equador de Marte
 
Por Daniele Cavalcante 
Editado por Rafael Rigues 
12 de Agosto de 2022 às 10h15 
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
 
Fonte: NASA

Novos dados da sonda InSight, da NASA, revelaram que não existe gelo abaixo de seu local de pouso, perto do equador marciano. Os cientistas esperavam encontrar água congelada nos 300 metros do subsolo daquela região, mas há apenas uma crosta porosa e fraca.
 
Pesquisadores têm motivos de sobra para cogitar que Marte já teve um oceano de água líquida em sua superfície. A hipótese mais aceita é que parte dela escapou para o espaço, enquanto outra parte ficou retida na forma de gelo nas camadas da crosta abaixo da superfície.
 
Contudo, as descobertas da InSight mostram que não parece haver grãos de gelo enterrado, ao menos na região de Elysium Planitia, uma planície plana e lisa perto do equador marciano, onde a sonda pousou em 2018. A temperatura média abaixo de zero seria o suficiente para congelar a água — se ela estivesse lá, mas não parece ser o caso.
 
Além disso, os cientistas foram surpreendidos com dados que contrariam outra hipótese: a de que uma grande quantidade da água se tornara parte dos minerais subterrâneos. Essa ideia é baseada nas interações conhecidas entre alguns tipos de rochas e a água — por exemplo, no caso da formação da argila.
 
(Imagem: Reprodução/NASA)
Ilustração da sonda InSight com seus instrumentos de análise do subsolo.

Em compostos desse tipo, a água deixa de ser um líquido e se torna parte da estrutura mineral, formando uma espécie de “cimento” subterrâneo. Nas análises da InSinght, “há algum cimento, mas as rochas não estão cheias de cimento”, disse Michael Manga, da Universidade da Califórnia, Berkeley, um dos coautores do novo estudo.
 
Se não há sedimentos cimentados na região estudada pela sonda, deve haver uma escassez de água nos 300 metros abaixo do local. “A água também pode entrar em minerais que não atuam como cimento”, disse Vashan Wright, da Universidade da Califórnia em San Diego. “Mas a subsuperfície não cimentada remove uma maneira de preservar um registro de vida ou atividade biológica”.
 
Assim, a busca por sinais de formas de vida antiga em Marte pode ser pouco produtiva em regiões como essa. A subsuperfície marciana é um alvo nesse tipo de pesquisa porque, se já houve vida no Planeta Vermelho, é lá que suas assinaturas estariam. Mas uma resposta conclusiva só deve vir após uma missão de coleta de material.
 
Para isso, a NASA pretende enviar a missão Mars Life Explorer na próxima década, com objetivo de perfurar dois metros na crosta marciana em locais onde gelo, rocha e atmosfera se encontram. O estudo foi publicado no Geophysical Research Letters.

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