Plataformas Instaladas na ISS Ajudam a Revelar Efeitos do Espaço em Materiais e Organismos
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue abaixo uma curiosa notícia publicada ontem (11/08) no
site “Canaltech”, tendo como destaque
as 'plataformas da ISS' que tanto tem contribuído para revelar os efeitos do
ambiente espacial em materiais e organismos.
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Plataformas da ISS Revelam Efeitos do Espaço em Materiais e Organismos
Por Danielle
Cassita
Editado por
Rafael Rigues
11 de Agosto de
2022 às 15h15
Fonte: NASA
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
Fonte: NASA
O espaço pode até parecer vazio e tranquilo, mas não se
engane: fora atmosfera da Terra há temperaturas extremas, altos níveis de radiação
de fundo, impactos de micrometeoroides e mais. Estes efeitos estão sendo
estudados na Instalação de Voo MISSE (MISSE-FF) e na EXPOSE-R-2,
plataformas dedicadas a estudos e pesquisas sobre a exposição espacial,
instaladas na Estação Espacial Internacional (ISS).
"Existem formas de testar os vários componentes da exposição
espacial individualmente em solo, mas a única forma de conseguir os efeitos
combinados de todos eles ao mesmo tempo é em órbita", disse Mark Shumbera,
da Aegis Aerospace, empresa responsável pela MISSE-FF. "Isso é importante,
porque os efeitos combinados podem ser bem diferentes dos individuais".
(Imagem: Reprodução/NASA)
A MISSE-FF foi instalada na estação em 2018 e recebe
missões a cada seis meses, aproximadamente. Algumas delas ajudam os
pesquisadores a entender como as tecnologias reagem ao ambiente
espacial. “Antes de usar uma tecnologia em um satélite operacional ou em um
veículo, você quer ter a confiança de que ele vai funcionar como o esperado no
ambiente espacial”, disse Shumbera.
Para isso, a MISSE-FF conta com câmeras de alta
resolução, para fotografar periodicamente os itens expostos, e sensores, que
coletam dados das condições do espaço. Depois, os itens testados retornaram ao
solo para serem analisados. A plataforma já recebeu uma série de missões
enviadas por cientistas da NASA — a MISSE-9, por exemplo, analisou como
polímeros, compósitos e revestimentos se saíram ao serem expostos
ao espaço.
(Imagem: Reprodução/Roscosmos/ESA)
Os cientistas podem trabalhar também com a EXPOSE-R-2, da
Agência Espacial Europeia. Trata-se de uma plataforma para testes de amostras
no espaço, que já expôs biofilmes, biomoléculas e organismos extremófilos a
condições espaciais e análogas às de Marte. Em um destes experimentos,
cianobactérias Chroococcidiopsis desidratadas receberam doses de
radiação ionizante semelhante àquelas de uma viagem a Marte.
Os resultados sugeriram que as bactérias
poderiam ser levadas ao planeta e reidratadas conforme a necessidade. Este
e outros estudos são de grande importância para o futuro da exploração
espacial: conforme seres humanos vão mais longe no espaço e ficam mais tempo
por lá, os testes em plataformas de exposição como essas ajudam a garantir que
os materiais e sistemas estarão preparados para missões que exijam longas
estadias no ambiente espacial.
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