Novo Diretor da 'Roscosmos' Esclarece os Planos da Rússia Para Abandonar a ISS Após 2024

Olá leitores e leitoras do BS!
 
Segue abaixo uma notícia publicada ontem (04/08) no site “Canaltech”, destacando que o novo diretor da Agência Espacial Russa (ROSCOSMOS), o ‘Sr. Yuri Borisov’, em uma entrevista para Mídia Estatal Russia-24, fez novos comentários sobre a separação de seu país da Estação Espacial Internacional (ISS). 
 
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Rússia Esclarece Planos Para Abandonar a ISS Após 2024
 
Por Danielle Cassita 
Editado por Rafael Rigues 
04 de Agosto de 2022 às 18h15 
Fonte: Space.com 
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br 
 
Fonte: NASA

Yuri Borisov, o novo diretor da agência espacial russa Roscosmos, fez novos comentários sobre a separação da Rússia da Estação Espacial Internacional (ISS). Em uma entrevista publicada com a mídia estatal Russia-24, ele destacou que o país anunciou a intenção de deixar o complexo orbital não em 2024, mas sim após aquele ano.
 
Segundo ele, os parceiros da Rússia no programa devem ser avisados com um ano de antecedência sobre as decisões do país. “Ainda não alertamos a NASA sobre isso, não há necessidade; apenas dissemos que, após 2024, vamos iniciar o processo de saída [da estação]”, explicou. Borisov observou também que a saída da Rússia deverá durar até dois anos.
 
Os comentários de Borisov não surpreendem, já que a Rússia vem sinalizando há tempos a intenção de deixar o complexo orbital. Mais recentemente, os oficiais do país apontaram que a Roscosmos deverá manter a parceria na estação por mais algum tempo — provavelmente até o fim de 2028, até finalizar sua própria estação espacial.
 
(Imagem: Reprodução/Roscosmos)
Esquema da futura estação espacial russa.
 
Borisov notou que há uma série de especialistas prevendo a possibilidade de um efeito dominó de falhas nos sistemas da estação após 2024. “O tempo que nossos cosmonautas e os astronautas norte-americanos passam procurando por possíveis falhas e eliminando-as começa a exceder qualquer limite razoável, e isso é feito aos custos de pesquisas científicas”, observou.
 
Como grande parte dos módulos dos Estados Unidos são mais novos que a maioria daqueles na seção russa, ele considera que as instalações da Rússia não têm grandes contribuições científicas úteis a fazer. “Do ponto de vista científico, não vemos mais dividendos adicionais ao estender este processo até 2030, e os fundos que vamos investir mantendo a parte russa e nossa participação são enormes”, finalizou.
 
Recentemente o congresso dos EUA aprovou uma autorização que dá a NASA recursos para continuar operando a ISS até 2030. Enquanto isso, a agência espacial dos Estados Unidos tem planos para desenvolver estações espaciais comerciais com empresas privadas. Contudo, caso a Rússia realmente deixe a ISS no ano planejado, a NASA poderá ter problemas para manter a estação pelo período planejado.

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