Em Artigo Publicado Agência Espacial da China Critica Programa Artemis da NASA

Olá leitores e leitoras do BS!
 
Trago agora para vocês uma notícia postada ontem (25/08) no site ‘Olhar Digital’, destacando que no último final de semana a Agência Espacial Chinesa publicou um artigo criticando o ‘Programa Artemis’, demonstrando não confiar nos prazos divulgados pela NASA.
 
Bom leitor, estabelecer metas nessa área é uma postura motivacional utilizada há décadas por nações sérias que tem compromisso com o que fazem. Neste caso específico, a NASA não me parece estar estabelecendo metas inatingíveis, como por exemplo, faz a SpaceX com o seu tanque de água estilizado, até porque a tecnologia da NASA é derivada em grande parte do bem sucedido Programa Apollo e não é de agora que eles vem trabalhando em varias frentes para resolver os problemas inerentes a uma desejada colonização lunar.
 
Na verdade o que os Chineses estão fazendo é puramente jogo político, pois já perceberam que os Estadunidenses estão muito mais próximos de se estabelecer na superfície da Lua do que eles queriam. A guerra começou amigos, e a propaganda também faz parte dela. No final das contas, desde que não passe disso, quem ganhará será a própria humanidade.
 
Brazilian Space 
 
CIÊNCIA E ESPAÇO
 
China Critica Programa Artemis e Não Confia em Prazos da NASA
 
Por Isabela Valukas Gusmão
Editado por Lucas Soares
25/08/2022 - 15h55
Fonte: Via: Arstechnica
Via: Website Olhar Digital - https://olhardigital.com.br
 

A agência espacial chinesa, que está trabalhando em seu próprio programa de exploração lunar, publicou, no último final de semana, um artigo em que ressalta alguns pontos curiosos a respeito das missões da NASA à Lua. Segundo a publicação, a agência espacial norte-americana está estabelecendo prazos irrealistas para efetuar a missão. 
 
De acordo com o artigo, é incomum que empresas espaciais estabeleçam prazos específicos para realizar uma exploração de natureza tão complexa, como as missões no Espaço Profundo. 
 
A NASA está prestes a lançar a missão Artemis I, que não é tripulada, entretanto, a empresa espera realizar, nos próximos anos, o lançamento da missão Artemis III, esta sim, tripulada. Quando o projeto foi anunciado, a agência havia estabelecido uma meta ambiciosa de pousar humanos na Lua até 2024, porém essa meta foi reajustada para 2025. 
 
O estabelecimento de metas, não é algo exclusivo da NASA, outras empresas espaciais, como Agência Espacial Europeia (ESA), também acordam prazos e metas de lançamentos de foguetes, espaçonaves e missões específicas. Essas datas podem ser inspiracionais, pois servem como uma forma de motivar funcionários e contratados a trabalharem por um objetivo comum. 
 
Ambiente Espacial Hostil 
 
Outro ponto levantado no artigo ressalta uma preocupação entre possíveis hostilidades entre a China e os Estados Unidos, no que poderia ser uma nova corrida espacial, já que, de acordo com a empresa espacial chinesa, os interesses entre as agências são distintos, pois a missão perpetrada pela China está mais alinhada com “princípios científicos”, enquanto a missão norte-americana quer manter sua liderança global no campo da exploração lunar. 
 
Resta saber se o programa espacial da China está alinhado com os “princípios científicos”, já que o controle do espaço civil e militar do país está misturado dentro das mesmas organizações governamentais. Nos Estados Unidos, há uma demarcação bastante clara entre a agência espacial civil, a NASA, e a recém-criada Força Espacial dos EUA. 
 
Acordos Entre Agências Espaciais 
 
Quando a NASA propôs a missão Artemis, aproximadamente 20 nações assinaram os acordos para integrarem o programa lunar, somente dois países não farão parte desta empreitada, a Rússia e a China. Apesar do contato da NASA com a Roscosmos, a alta cúpula da agência espacial russa rejeitou a participação, e com a guerra entre Rússia e Ucrânia em curso fica ainda mais difícil qualquer tipo de cooperação. No caso da China, o congresso norte-americano impede qualquer tipo de colaboração espacial com o país asiático. 
 
Essa situação levou a uma coalizão entre a China e a Rússia, que assinaram entre si, um acordo para cooperar nos esforços lunares. A China particularmente vê em seu programa espacial, cada vez mais robusto, um meio de aumentar seu prestígio no cenário mundial e avançar com seus interesses geopolíticos. 
 
A cooperação internacional das agências espaciais em busca de uma exploração pacífica deveria ser o objetivo de todos os países envolvidos, o que significa que os Estados Unidos deveriam ser autorizados a cooperar com a China em questões importantes, como o rastreamento e a mitigação de detritos espaciais, por exemplo. Assim como a China precisaria ser mais transparente sobre seus programas.

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