Cientistas Planejam Buscar 'Asteroide Interestelar' Que Caiu no Fundo do Mar da Papua Nova Guiné em 2014
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue abaixo uma notícia curiosa publicada ontem (04/08) no
site “Canaltech”, destacando que cientistas estão planejando buscar ‘asteroide
interestelar’ que caiu no fundo do oceano no mar da Papua Nova Guiné em
2014.Curioso não é?
Pois então, vamos acompanhar com muito interesse o desenrolar dessa história ainda a ser escrita,
se é que será mesmo, enfim...
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Cientistas Planejam Buscar Asteroide Interestelar Que Caiu no Fundo do Oceano
Por Daniele
Cavalcante
Editado por Rafael
Rigues
04 de Agosto de
2022 às 19h15
Fonte: arXiv.org;
via: Universe Today
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
Fonte: NOIRLab/NSF/AURA/J. da Silva/Spa
Em abril deste ano, o Comando Espacial dos Estados Unidos
(USSC) publicou um memorando confirmando que um meteoro que iluminou o céu da
Papua Nova Guiné em 2014 era, de fato, um
objeto interestelar. Embora ainda não haja uma classificação científica
oficial, os pesquisadores Amir Siraj, Abraham (Avi) Loeb e Tim Gallaudet já
planejam um “resgate” dos detritos no fundo do oceano.
Desde a descoberta do 1I/‘Oumuamua,
o primeiro objeto interestelar a ser detectado no Sistema Solar, os astrônomos
cogitam sobre sua natureza. Enquanto isso, alguns também procuram por outros
alvos semelhantes, inclusive entre os registros de asteroides detectados
enquanto caíam em nosso planeta.
Um deles é o CNEOS 2014-01-08, que caiu no mar da Papua
Nova Guiné em 2014. Ele foi registrado por um satélite espião do Departamento
de Defesa dos EUA, projetado para monitorar as atividades militares terrestres.
O problema é que o país do Tio Sam não tem nenhum interesse em compartilhar
publicamente dados que revelem as capacidades desse tipo de instrumento.
Sem esses dados, grande parte da comunidade científica
permanece cautelosa com afirmações sobre o CNEOS 2014-01-08 e sua possível
origem interestelar. Mas Siraj e Loeb publicaram um artigo (ainda não revisado
por pares) e, agora, um novo estudo da dupla apresenta alguns planos para
procurar vestígios do asteroide.
(Imagem: Reprodução/Pixabay/Frantisek_Krejci).
Caso seja colocada em prática, não será uma tarefa fácil
— o asteroide tinha cerca de 0,4 m e viajava a mais de 210.000 km/h. Essa
velocidade é muito acima da média observada nos asteroides nativos do Sistema
Solar, daí a suspeita levantada desde 2019. Por outro lado, provavelmente se
despedaçou antes de chegar ao oceano.
Assim, procurar os detritos da rocha espacial exigirá
alguma estratégia. Para ajudar, Loeb e Siraj se uniram a uma empresa de
consultoria em tecnologia oceânica. Dados de rastreamento de satélite,
combinados com dados de vento e correntes oceânicas, podem fornecer os limites
dentro dos quais a área de pesquisa pode ser estabelecida, com cerca de 10 km
por 10 km.
Se os fragmentos forem magnéticos, um navio com um grande
ímã poderia coletá-los sem muita dificuldade — esse é o “plano A” dos
pesquisadores. Caso obtenham sucesso, os detritos podem fornecer informações
importantes sobre a composição de outros sistemas estelares.
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