Segundo Pesquisadores Estonianos a 'Poeira Lunar' Poderá Ajudar a Produzir Energia Para Futuras Missões Tripuladas
Olá leitores e leitoras do BS!
Pois então, segue abaixo uma notícia publicada ontem (23/08) no
site “Canaltech”, destacando que
segundo uma equipe de pesquisadores da Universidade Tallinn de Tecnologia, na
Estônia, a ‘Poeira Lunar’ poderá ajudar a produzir energia para futuras Missões
Espaciais.
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Poeira Lunar Pode Ajudar a Produzir Energia Para
Futuras Missões Tripuladas
Por Danielle
Cassita
Editado por Rafael
Rigues
23 de Agosto de
2022 às 15h15
Fonte: Universe Today, Acta Astronautica
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
Fonte: NASA
Uma equipe de pesquisadores da Universidade Tallinn de
Tecnologia, na Estônia, liderada pela pesquisadora Kätriin Kristmann, descobriu
que astronautas podem conseguir produzir painéis solares na Lua usando o regolito
lunar como fonte de matéria prima, no caso a pirita. Como há diferentes
agências espaciais planejando levar seus astronautas à Lua em missões que vão
exigir o uso de recursos locais, os resultados do estudo podem ser de grande
importância.
Segundo Kristmann, a pesquisa da equipe examinou uma
necessidade significativa para as futuras missões lunares: a habilidade de
gerar energia sem depender da Terra. Consequentemente, isso significa usar
fontes de energia renováveis e, em último caso, baterias. “Produzir
energia na Lua é essencial se temos o objetivo de estabelecer um
assentamento permanente por lá”, explicou ela.
Como a maioria das fontes de energia convencionais
disponíveis na Terra não podem ser usadas na Lua, a energia solar é uma das
principais opções. “O desafio principal é usar os recursos disponíveis no
local, a partir do regolito lunar, para construir uma estação de energia e
levar a menor quantidade possível de materiais da Terra”, disse.
(Imagem: Reprodução/Mike Petrucci)
A equipe descobriu que a Lua tem os elementos necessários para a produção de células de energia solar com camada de monogrãos. |
Kristmann e seus colegas da universidade vêm trabalhando
com a pirita, um composto que tem potencial como substrato (a camada colocada
no topo de células fotovoltaicas para melhorar a absorção delas) de painéis
solares. Para o estudo, a equipe aproveitou os resultados de trabalhos
anteriores e projetou uma estrutura de célula solar com uma camada absorvente
de pirita, acompanhada de uma camada de óxido de níquel grafite e óxido
condutor transparente.
No estudo, eles indicaram que a Lua tem elementos
adequados para criar camadas de monogrão (“MGL”, na sigla em inglês) para
painéis solares com a pirita.
Essas camadas são formadas por materiais em pó microcristalino, o que as torna
leves e flexíveis — e, para completar, a pirita é formada por um átomo de ferro
junto de dois de enxofre; ambos são abundantes na superfície lunar.
O processo de produção da pirita em pó, necessária para
os MGLs, pode ser executado com tecnologias que as agências espaciais já
planejam enviar para a Lua. “Esse processo pode ser facilmente ajustado para o
ambiente lunar, porque não usa nenhum equipamento complicado e nem há
dificuldades para obter pré-requisitos, como câmaras a vácuo de alta pureza ou
campos magnéticos fortes”, destacou ela.
(Imagem: Reprodução/ESA)
Por ser um país membro da Agência Espacial Europeia
(ESA), a Estônia está colaborando com a agência para criar o Vilarejo
Lunar, um projeto de habitat em nosso satélite natural. A ESA mostrou
interesse no projeto da pesquisa de células solares, e iniciou uma parceria com
a universidade. Por meio da colaboração, a equipe testou a tecnologia para
verificar se podia ser aplicada no espaço.
Depois de provar que o projeto poderia funcionar no
ambiente da Lua, eles vêm se dedicando a descobrir formas de implementar as
células de energia solar MGL para alimentar uma futura instalação Lunar. Além
disso, eles estavam investigando como podiam produzir as estruturas com o regolito
lunar — e o estudo mais recente mostrou ser possível usar a poeira lunar
para isso.
O artigo com os resultados do estudo foi publicado na
revista Acta Astronautica.
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