James Webb Traz Novidade Sobre a Estrela Mais Distante Já Observada no Universo
Olá leitores e leitoras do BS!
Trago agora para vocês uma notícia postada ontem (25/08) no
site ‘Olhar Digital’, destacando que
o Telescópio Espacial James Webb (JWST) trouxe mais uma novidade sobre a tal
estrela ‘Earendel’, , e também conhecida como WHL0137-LS, que é considerada
como a mais antiga já observada no universo.
Pois então, o James Webb não para de trazer novidades, sensacional
e leiam a matéria para entender melhor.
Brazilian Space
CIÊNCIA E ESPAÇO
James Webb Traz Novidade Sobre a Estrela Mais Distante Já Vista no Universo
Por Flavia Correia
Editado por André Lucena
25/08/2022 - 12h25
Atualizada em 25/08/2022 - 12h46
Via: Website Olhar Digital - https://olhardigital.com.br
No início deste mês, o Olhar
Digital noticiou que o Telescópio Espacial James Webb (JWST) captou a estrela mais antiga já observada no universo. Chamada de Earendel, e também conhecida como
WHL0137-LS, ela está tão distante que sua luz demorou mais de 12,9 bilhões de
anos para chegar até aqui, motivo pelo qual seu brilho é extremamente fraco,
tornando muito difícil sua detecção.
Imagem: NASA/ESA/CSA/STScI
WHL0137-LS ou Earendel, a estrela mais distante conhecida do universo, em uma captura do Telescópio Espacial James Webb. |
Antes do mais novo e festejado
observatório espacial em operação da NASA, um velho conhecido nosso já havia
enxergado a longínqua estrela: o telescópio Hubble, aliás, foi o responsável
por localizar Earendel pela primeira vez, em março deste ano.
De acordo com um comunicado da
NASA, ela vem dos primeiros quatro bilhões de anos após o Big Bang, o que a
classifica como um remanescente da “infância” do universo.
Para encontrar esse tipo de
estrela, os cientistas utilizaram as chamadas “lentes gravitacionais”, que
ampliam o alcance dos telescópios, como o James Webb e o Hubble, e permitem uma visão maior daquilo que é visto, com
riqueza de detalhes.
De forma resumida, essa técnica
aproveita de um “distúrbio” no tecido do tempo e do espaço, cujo efeito imediato
é ampliar um objeto como se ele fosse visto através de uma lupa. Imagine que
você joga uma pedra em uma piscina cheia d’água em um dia de muito Sol: as
ondas causadas pelo impacto da pedra concentram a luz do Sol para maximizar o
brilho vindo do fundo da piscina, facilitando você enxergá-lo com mais detalhe
mesmo estando fora dela.
No caso em questão, a estrela
só pôde ser observada graças a um agrupamento de galáxias (WHL0137-08)
posicionado entre ela e a Terra. A distorção causada por ele gerou esse efeito
de lupa, ampliando grandemente a luminosidade do objeto que estava por trás:
Earendel.
Uma ou Duas Estrelas?
Agora, um novo artigo,
divulgado no servidor de pré-impressão arxiv e
aguardando a revisão por pares para publicação no The Astrophysical Journal,
traz novos detalhes sobre esse astro.
Conduzido por uma equipe
internacional de pesquisadores liderados por Brian Welch, estudante de
Doutorado em Astronomia na Universidade Johns Hopkins responsável por ter
descoberto Earendel, ela provavelmente não está sozinha.
“Aqui
apresentamos imagens de Earendel feitas com o instrumento Near Infrared
Camera (NIRCam) do Telescópio Espacial James Webb (JWST) em 8 filtros.
Nestas imagens de maior resolução, ela continua sendo um ponto de única fonte
não resolvida na curva crítica de lente gravitacional. Essas novas observações
reforçam a conclusão de que Earendel é melhor explicado por uma estrela
individual ou pode ser um sistema de estrelas múltiplas”, escreveram os cientistas
na apresentação do artigo.
Isso
quer dizer que é possível que Earendel tenha uma estrela companheira. No
entanto, elas não teriam a mesma temperatura, sendo uma aproximadamente três
vezes mais quente do que a outra.
“Permitir
duas estrelas com temperaturas diferentes pode render melhores ajustes à
fotometria em detrimento do aumento dos parâmetros livres, levando a
temperaturas não únicas e adequadas de 29.700°C e 9.900ºC para os componentes
mais quentes e mais frios, respectivamente”, explicou Welch.
Ele
diz ainda que a nova imagem também confirma a estimativa fotométrica anterior
do desvio vermelho de 6.2, solidificando a interpretação de Earendel como uma
fonte estelar nos primeiros bilhões de anos do universo.
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