O Telescópio Espacial James Webb Capta Incrível Fenômeno em 'Estrela Binaria da 'Constelação de Cygnus'
Olá leitores e leitoras do BS!
Trago agora para vocês uma notícia postada ontem (30/08) no
site ‘Olhar Digital’, destacando que
o Telescópio Espacial James Webb presenteou a humanidade com uma imagem
extraordinária que parecem ser anéis concêntricos de luz em torno do par binário de estrelas ‘Wolf-Rayet
(também conhecidas como WR 140)’ da Constelação de Cygnus.
Olha aí amigos, sensacional, mais um gol deste
extraordinário instrumento astronômico, realmente espetacular.
Brazilian Space
CIÊNCIA E ESPAÇO
James Webb Flagra Incrível Fenômeno em Anéis de Estrela
Por Isabela Valukas Gusmão
Editado por Lucas Soares
30/08/2022 - 17h50
Fonte: Via: Science Alert
Via: Website Olhar Digital - https://olhardigital.com.br
Mais uma vez o Telescópio Espacial James Webb presenteou a humanidade com
uma imagem extraordinária. Agora, o instrumento foi capaz de
captar uma estrela, localizada a 5.600 anos-luz de distância, cercada pelo que
parecem ser anéis concêntricos de luz irradiando para fora dela.
Essa “estrela”, na realidade, é de um par binário de
estrelas raras na constelação de Cygnus, a wolf-rayet, também conhecida como WR
140, e a estrela quente e massiva do tipo O. Quando elas interagem entre si,
ocorre uma erupção de poeira, que acaba se expandindo para o Espaço ao longo do
tempo.
As ondulações oriundas da erupção estão brilhando em
infravermelho, o que as torna passíveis de serem captadas pelo James Webb,
através do MIRI, uma câmera infravermelha média.
Créditos: JWST/MIRI/Judy Schmidt
As estrelas wolf-rayet são muito quentes, luminosas e
antigas. Além disso, elas são ricas em nitrogênio, carbono e pedem massa a uma
taxa muito alta. Já as estrelas do tipo O estão entre as mais massivas
conhecidas, e assim como as wolf-rayet elas também são muito quentes e
brilhantes. Entretanto, uma divergência entre elas está na expectativa de vida,
a estrela do tipo O vive pouco.
O que foge do padrão no caso registrado pelo James Webb é
que a órbita dessas estrelas é elíptica. Isso significa que elas não realizam
círculos em torno uma da outro, mas elipses, em que há um local em que elas
estão mais distantes (apastron) e um local em que elas estão mais próximas
(periastron).
Como os Círculos das Estrelas Se Formam
Quando elas estão no ponto mais próximo, ou seja, no
periastron, os ventos que elas produzem colidem, e isso produz choques nas
partículas ao redor das estrelas, o que leva a geração de radiação energética
como raios-x. Esse evento também induz episódios de formação de poeira à medida
que o material no vento estelar esfria, após colidir.
Essa poeira é uma forma de carbono, que absorve a luz
ultravioleta das duas estrelas. Isso aquece o material e propicia a emissão de
radiação térmica – que é o que é observado por Webb em comprimentos de onda
infravermelhos. A poeira é empurrada para fora pelo vento estelar, o que leva a
sua expansão e resfriamento, reduzindo além do calor, sua densidade.
A colisão de vento e a produção de poeira ocorrem como um
relógio a cada 7,94 anos. É possível contar os anéis da nebulosa ao redor do
par de estrelas, como os ambientalistas contam os anéis de árvores, para
determinar a idade da camada de poeira mais visível.
Por volta de 20 anéis são visíveis, portanto, são cerca
de 160 anos de conchas de poeira na imagem de Webb. Para se aprofundar na
temática, uma equipe liderada pelo astrofísico Ryan Lau do Instituto de Ciência
Espacial e Astronauta da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão está
preparando um artigo sobre essas observações. Pode ser que a comunidade
científica esteja diante de uma potencial nova descoberta sobre esse par de
estrelas.
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