'Rover Curiosity' da NASA Completa '10 anos' de Exploração do Planeta Marte
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue abaixo uma notícia postada dia (05/08)
no site ‘Canaltech’, informando que
o ‘Rover Curiosity’ da NASA celebrou
nesse dia, o aniversário de 10 anos de seu pouso na Cratera
Gale, do Planeta Marte.
Pois é amigos, mais um sucesso estrondoso dessa Agencia
Espacial governamental exemplar, coisa que até parece ficção científica, mais
não é não, e é fruto de um esforço herculano de um grupo enorme de
profissionais que tem compromisso com o que faz, e principalmente, respeito aos
recursos que recebem de sua sociedade. Parabéns a NASA e a toda equipe do Rover
Curiosity, vocês são GENTE QUE FAZ.
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Rover Curiosity Completa 10 anos de Exploração de
Marte
Por Danielle Cassita
Editado por Rafael Rigues
05 de Agosto de 2022 às 15h45
Via: Website Olhar Digital - https://canaltech.com.br
Fonte: NASA
Nesta sexta-feira (5), o rover Curiosity celebra seu
aniversário de 10 anos de seu pouso na cratera Gale, em Marte. O explorador
robótico foi enviado ao Planeta Vermelho com o objetivo primário de descobrir
se o planeta teve ou não condições de abrigar vida no passado e, desde então,
proporcionou enormes avanços na compreensão do nosso vizinho.
O rover
foi lançado em 26 de novembro de 2011 e, chegou ao planeta após mais de
oito meses de viagem. Ele faz parte da missão Mars Science Laboratory, durante
a qual a NASA testou um novo método de pouso (que foi aplicado novamente no
pouso do rover
Perseverance) ao encarar o desafio de descê-lo ao interior da cratera Gale,
um local seco e desolado ao sul do equador marciano. Inicialmente, a missão
original do Curiosity deveria durar apenas dois anos terrestres.
Imagem: (Reproduçaõ/NASA/JPL-Caltech/MSSS)
Passado tanto tempo, o rover segue relativamente em bom
estado e em condições de seguir suas atividades. “Temos
um pouco de artrite, algumas dores nas articulações”, brincou Abigail
Fraeman, cientista-adjunta de projeto do Curiosity. “O que é mais
impressionante para mim é que todos os instrumentos científicos estão,
basicamente, funcionando tão bem quanto estavam quando pousamos”, comemorou
ela.
Fraeman explica que a investigação da possível
habitabilidade de Marte exigia descobrir, primeiro, a presença de moléculas
orgânicas e fontes de energia. “Descobrimos que tudo isso estava lá”, disse
ela. “Soubemos que, primeiro, Marte era habitável, e segundo, que estes
ambientes habitáveis persistiram por milhões de anos”, disse. Ao longo de sua
missão, o rover observou moléculas com carbono e hidrogênio, presentes em
rochas sedimentares na região da cratera.
Para encontrar as assinaturas de habitabilidade, o
Curiosity foi enviado ao planeta equipado com um verdadeiro arsenal de
ferramentas para perfurar a superfície marciana. Ele conta também com
instrumentos de análises dos materiais obtidos, como o Sample Analysis at Mars
(SAM) e o Chemistry and Mineralogy (CheMin).
(Imagem: Reprodução/NASA)
Proporcionadas por uma década de exploração do planeta,
as descobertas do Curiosity foram muito
além dos blocos construtores da vida. “Um dos tipos de ciência que não é
muito mencionado, mas é muito importante e muito interessante, é a ciência
ambiental que estivemos conduzindo”, explicou.
Abaixo, relembre algumas grandes descobertas do
Curiosity:
Compostos Orgânicos em Marte
(Imagem: Reprodução/NASA/JPL-Caltech/MSSS)
O instrumento
SAM descobriu moléculas orgânicas (aquelas com carbono) em amostras de
rochas coletadas na cratera Gale, que podem formar blocos construtores e até
“alimentos” para a vida. Por isso, a presença destes compostos em Marte sugere
que o planeta já teve condições de abrigar seres vivos.
É importante lembrar, contudo, que os isótopos
encontrados pelo SAM após análises do dióxido de carbono e até no metano são
consistentes com atividade biológica antiga, mas também podem ser explicados
sem relação com seres vivos. Ou seja, ainda não podemos dizer com certeza se
Marte foi, ou não, habitado no passado.
O Mistério do Metano
(Imagem: Reprodução/NASA/JPL-Caltech)
Com o instrumento Tunable Laser Spectrometer, do SAM, os
cientistas descobriram flutuações na quantidade de metano atmosférico próximo
da superfície, ou seja, onde o rover coleta as amostras. Para deixar o cenário
ainda mais misterioso, o Curiosity consegue detectar o gás acima da superfície,
mas a sonda Trace Gas Orbiter, da Agência Espacial Europeia, não encontrou
vestígios dele a altas altitudes na atmosfera.
O Curiosity não está equipado para determinar se o metano
tem origem biológica, e os cientistas seguem tentando
descobrir se as origens do gás — e o porquê de alguns instrumentos
conseguirem detectá-lo e outros não.
O Passado do Planeta
(Imagem: Reprodução/NASA/J. Stevens;
NOAA/JPL-Caltech/Washington University)
Com o SAM, os cientistas do Curiosity descobriram que a
matéria-prima das rochas ao redor da cratera Gale foi formada há cerca de 4
bilhões de anos e, depois, viajou até a região conhecida como Yellowknife Bay
na forma de sedimentos. “Ali, ela foi enterrada, e se transformou em rochas
sedimentares”, disse Amy McAdam, investigadora adjunta principal do
instrumento.
O instrumento ajudou a esclarecer um pouco mais sobre o
que aconteceu com a água marciana e como ela foi perdida: os resultados de um
experimento conduzido pelo SAM e por outro instrumento sugerem que, embora
grande parte da superfície de Marte estivesse ficando seca, parte
da água líquida continuou existindo sob a superfície da cratera. Na
prática, isso estende o período de habitabilidade para microrganismos que
possam ter existido.
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