James Webb Faz Nova Descoberta Encontrando 'Dióxido de Carbono' em Planeta Fora do Sistema Solar

Olá leitores e leitoras do BS!
 
Trago agora para vocês uma notícia postada ontem (25/08) no site ‘Olhar Digital’, destacando que o Telescópio Espacial James Webb fez mais uma grande descoberta, encontrando dióxido de carbono’ em planeta fora do Sistema Solar. 
 
Pois é caros amigos do BS, mais um gol desse fantástico instrumento astronômico, e podem ter certeza, outros virão.
 
Avante James Webb!
 
Brazilian Space 
 
CIÊNCIA E ESPAÇO 
 
Inédito: James Webb Encontra Dióxido de Carbono em Planeta Fora do Sistema Solar 
 
Por Flavia Correia
Editado por André Lucena
25/08/2022 - 19h31
Atualizada em 25/08/2022 - 20h04
Via: Website Olhar Digital - https://olhardigital.com.br
 

Uma descoberta revolucionária feita pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST) dá início a uma nova era nas pesquisas sobre planetas fora do nosso Sistema Solar – os chamados exoplanetas. Ele encontrou dióxido de carbono (CO2) na atmosfera de um desses mundos distantes – algo que nenhum outro observatório havia feito antes. 
 
De acordo com um comunicado da NASA, a detecção foi feita durante observações que tinham como alvo um gigante gasoso quente chamado WASP-39 b, localizado a cerca de 700 anos-luz da Terra, na constelação de Virgem. 
 
Imagem: NASA, ESA, CSA, Joseph Olmsted (STScI) 
Representação artística do exoplaneta WASP-39 b, que tem dióxido de carbono em sua atmosfera, o que foi descoberto pelas observações do Telescópio Espacial James Webb.

Tão massivo quanto Saturno e maior do que Júpiter, o planeta já havia sido observado anteriormente pelo Telescópio Espacial Hubble, em comprimentos de onda ópticos, e pelo agora aposentado Telescópio Espacial Spitzer, que, assim como Webb, fazia suas observações em comprimentos de onda infravermelhos.  
 
WASP-39 b completa uma órbita a cada quatro dias terrestres. Descoberto em 2011, ele só pode ser observado com base nos trânsitos que faz em torno da estrela WASP-39, causando breves variações em seu brilho. 
 
As análises anteriores revelaram a presença de vapor de água, sódio e potássio na atmosfera do planeta, mas foi só com o Webb que os cientistas identificaram a presença de dióxido de carbono, também conhecido como gás carbônico, que na Terra é um dos causadores do chamado efeito estufa (que regula as temperaturas). 
 
Imagem: NASA
Espectometria revela que a composição da atmosfera do exoplaneta WASP-39b contém dióxido de carbono.
 
Os astrônomos responsáveis pelo achado, relatado em um artigo publicado no serviço de pré-impressão arXiv nesta quarta-feira (24), esperam que o composto possa ajudá-los a entender melhor a história de formação e evolução dos planetas onde ele é encontrado. 
 
“Essa detecção inequívoca de dióxido de carbono é um marco importante para a caracterização da atmosfera de exoplanetas”, disse Laura Kreidberg, diretora do Instituto Max Planck de Astronomia na Alemanha e uma das coautoras do estudo. “O dióxido de carbono nos ajuda a medir o inventário completo de carbono e oxigênio da atmosfera, que é altamente sensível às condições do disco onde o planeta foi formado”. 
 
Ela explica que tais medições também podem ajudar a identificar o quão distante de sua estrela-mãe o planeta se formou e determinar quanto material sólido e gasoso ele acumulou enquanto migrava para sua localização atual – cerca de um oitavo da distância entre o Sol e Mercúrio, seu planeta mais próximo. 
 
A descoberta foi feita usando o Espectrógrafo Infravermelho Próximo (NIRSpec) de Webb, um instrumento altamente sensível que divide a luz de entrada em espectros semelhantes a códigos de barras que revelam como os objetos observados absorvem a luz. 
 
Os pesquisadores acreditam que o telescópio será capaz de detectar dióxido de carbono nas atmosferas de outros tipos de planetas, incluindo corpos rochosos semelhantes à Terra. “A comunidade de exoplanetas vem procurando a assinatura de dióxido de carbono há décadas”, disse Kreidberg. “Com a extraordinária nova capacidade do JWST, será possível detectar rotineiramente dióxido de carbono para Júpiteres quentes, bem como planetas menores e mais frios, mais parecidos com o nosso”.

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